Dona de um diâmetro entre 240 e 540 metros, a rocha espacial mede o equivalente a 1,4 vez a altura do icônico Empire State Building de Nova York, nos EUA.
Apelidado de 216258 (2006 WH1), o asteroide passará por nosso planeta por volta das 12h17, no horário de Brasília, do dia 20 de dezembro, de acordo com a NASA.
Segundo o tabloide britânico Mirror, o objeto celeste passará a cerca de 5,8 milhões de quilômetros de distância da Terra, e, felizmente, é extremamente improvável que ele nos atinja durante sua passagem.
Apesar de isso parecer longe, na verdade é classificado como uma "abordagem aproximada" pela agência espacial norte-americana.
Além disso, a agência advertiu que seu catálogo de Objetos Próximos à Terra (NEO) não está completo, o que significa que um impacto imprevisto pode ocorrer a qualquer momento.
A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) formam uma equipe para impedir que os asteroides assassinos atinjam o Planeta Azul.
É "100%" certo que um asteroide atingirá a Terra, mesmo que não seja possível prever quando ou onde isso acontecerá.
De acordo com Lembit Opik, presidente do Parlamento de Asgardia, o assunto é questão de vida ou morte e que é hora de pensar em proteger a Terra dos asteroides, segundo o tabloide Express.
"É uma questão de vida ou morte. A chance de um impacto é de 100%, apenas não se sabe quando", afirmou Opik.
Opik antes atuou na política britânica e agora trabalha com a nação espacial Asgardia para preparar a Terra para lidar com um perigo inevitável, ou seja, os asteroides.
Imagem artística do asteroide duplo 1999 KW4 criada com base na fotografia tirada pelo telescópio VLT
"Isso raramente acontece, mas quando acontece é catastrófico e acabará com 70% a 95% de toda a vida. Aparentemente, como aconteceu antes", ressaltou Opik.
Além disso, ele afirma que a Asgardia tem como principal objetivo criar uma guarda espacial para proteger o planeta das ameaças cósmicas.
Sendo assim, a agência pretende estabelecer a presença humana no espaço, através da construção de postos avançados e concedendo a primeira criança fora do mundo dentro dos próximos 25 anos.
Mas, para atingir esses objetivos grandiosos, os cientistas de Asgardia precisam provar que os seres humanos que vivem no espaço podem ser mantidos a salvo de ameaças como asteroides.
Opik ainda destaca que os asteroides não são a única ameaça que há no espaço, pois ainda há muitos outros elementos perigosos, porém mais fáceis de prever.
Astrônomos de diferentes partes do mundo enfrentaram o desafio de calcular como desviar um asteroide da rota da Terra
Um asteroide se aproxima rapidamente da Terra. Mede entre 100 e 300 metros e, se atingir nosso planeta, liberará até 800 mil quilotoneladas (800 milhões de toneladas) de energia, provocando uma destruição sem precedentes.
O cenário é, de fato, apocalíptico. Mas que fique claro: não é real. Ainda assim, só imaginar isso é assustador.
A quantidade de energia liberada por esse asteroide poderia alcançar o equivalente a até 53 mil bombas de Hiroshima. Lançada pelos Estados Unidos contra o Império do Japão já no final da Segunda Guerra Mundial, a bomba atômica tinha "apenas" 15 quilotoneladas.
Data marcada
A Rede Nacional de Alerta de Asteroides (IAWN, na sigla em inglês) calculou que um asteroide poderia passar muito perto da Terra em oito anos – mais precisamente no dia 29 de abril de 2027 – e estimou haver 10% de chance de o objeto destruir o planeta.
Diante dessa ameaça, cientistas tiveram que correr para evitar uma catástrofe sem precedentes.
Calma. Como dissemos lá em cima, todo esse panorama é fictício. Ele faz parte de um exercício que mobilizou, na semana passada, astrônomos de diferentes partes do mundo.
Direito de imagemGETTYImage captionA simulação organizada pela Nasa fixou para 29 de abril de 2027 o dia em que um asteroide se aproximaria da Terra com 10% de chance de nos atingir
A Conferência de Defesa Planetária, convocada pela Academia Internacional de Astronáutica em Washington, nos EUA, reuniu pesquisadores para simular como reagir ao cenário fictício criado pela Nasa, a agência espacial americana.
Os especialistas tiveram que elaborar estratégias preventivas para o caso de algum dia um asteroide se aproximar, de forma real e perigosa, da Terra.
"Essa é uma ameaça que pode acontecer, ainda que seja muito pouco provável", disse Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, (CNEOS, na sigla em inglês), à rede americana NPR. Foi Chodas o responsável pelo exercício.
"Nosso objetivo é seguir todos os passos necessários", disse Chodas, referindo-se ao cenário real de um asteroide se aproximando da Terra.
Direito de imagemGETTYImage captionO impacto seria devastador se um asteroide com mais de 100 metros atingisse a Terra
Missão: salvar o planeta
Segundo Chodas, o objetivo da simulação era ajustar o sistema de tomada de decisões e encontrar a melhor forma de enfrentar uma ameaça desse tipo.
Ainda que o prazo de oito anos para tomar uma decisão assim pareça longo, Chodas adverte que, na realidade, é muito pouco tempo.
Assuntos de defesa planetária, explica Chodas, são muito diferentes de missões espaciais, em que pesquisadores escolhem qual asteroide querem analisar. "É o asteroide que te escolhe", disse Chodas, referindo-se à missão de evitar uma colisão com a Terra.
O desafio dos astrônomos que se reuniram em Washington era calcular com precisão as características do asteroide e, a partir daí, propor medidas práticas.
Entre as possíveis estratégias para salvar a Terra estavam desviar sua trajetória com uma nave espacial ou com uma explosão nuclear.
De acordo com o CNEOS, o desafio maior era desviar a rota do objeto sem parti-lo em pedaços, que poderiam cair sobre a Terra.
Direito de imagemGETTYImage captionEntre as possíveis estratégias para salvar Terra do asteroide, cientistas sugeriram usar uma nave ou uma explosão nuclear para desviar a trajetória do objeto
Estamos em risco?
De acordo com a Nasa, diariamente caem sobre a Terra cerca de 100 toneladas de material interplanetário. A maioria desse material é pó liberado por cometas.
Contudo, a cada 10 mil anos em média, existe a possibilidade de que asteroides com mais de 100 metros atinjam a Terra e causem desastres localizados ou ondas capazes de inundar zonas costeiras.
A Nasa também estima que uma vez em "vários milhares de anos" um asteroide com mais de 1 km poderia se chocar com o nosso planeta.
Se isso acontecesse, a violência do impacto lançaria escombros para a atmosfera. Isso causaria chuva ácida, bloquearia parcialmente a luz do sol e, depois de algum tempo, essas rochas voltariam a cair em chamas sobre a Terra.
A tecnologia atual já permite identificar um objeto que se aproxima do planeta com vários anos de antecedência.
Mas, em todo caso, especialistas dizem que ninguém deveria se preocupar demais com o impacto de um asteroide.
O CNEOS esclarece que, neste momento, não se sabe de nenhum asteroide que tenha uma "probabilidade significativa" de cair sobre a Terra nos próximos 100 anos.