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Planetas e Orixás regentes de 2023

domingo, 31 de julho de 2011

A beleza do Ifá


Tempo e espaços são coisa geradas nas limitações que nos são impostas pelo encarceramento na matéria e, em outros planos talvez não existam ou existam de forma diferente. A tentativa de estabelecer parâmetros entre as figuras oraculares de Ifá e a noção de espaço-tempo torna-se infrutífera e se perde num emaranhado de teorias confusas e sem a menor consistência. Por outro lado, Odu não pode ser considerado como "espaço místico" e muito menos podem significar "coisas diferentes em tempos diferentes" . Os Odus seriam muito mais, utilizando-se apenas como ilustração figuras bem modernas, espécies de "arquivos" nos quais está distribuído e perfeitamente organizado, todo o tipo de conhecimento que já foi e que será ainda acessado pela humanidade.

Na verdade os odús são os arquivos, qua atuam como um "banco de dados" de um computador, onde está depositada toda a Sabedoria Divina personalizada na figura de Orunmilá, que seria o grande "processador" do sagrado oráculo. Sendo Exu o canal que liga o ser espiritual ao fisico, ou o Astral Superior a matéria.

Sob um outro prisma, os Odus podem ser vistos, ainda, como coletâneas de leis naturais e das conseqüentes sanções impostas a quem as desrespeita. O Odu pessoal de um ser humano, fala de sua essência natural e de tudo o que a ela está ligado originalmente e sobre isto, nada mais pode ser dito de público. É bem verdade que o sistema matemático constante das configurações dos Odu-Ifá e da seqüência de seus surgimentos não é um sistema vigente no ocidente, até porque matemática é ciência exata e. como tal, não sofre influência cultural de nenhuma espécie.

E à cultura ocidental ou oriental, é a ciência do Universo, a Ciência Divina na qual tudo está embasado e que nos ensina que: " A unidade (1) representa o princípio de tudo. Representa, primordialmente a Deus que, sendo um só, é a Infinita Unidade do Ser. Esta Unidade Infinita, desdobrando-se, cria a natureza que, sendo o plano da criação, é representada pelo numero dois (2). É na dualidade que surge a distinção entre os opostos: bem e mal, positivo e negativo, quente e frio, macho e fêmea, luz e treva, ação e inércia.

Quando a unidade age sobre a dualidade , gera o número 3, considerado como o número da forma, já que não pode existir forma sem três dimensões: comprimento , largura e espessura. Cada ação pressupões três condições: o agente, o processo da ação em si e o objeto em que se reflete a ação. A ação da unidade (1) sobre a tríade (3) gera o quaternário (4) e aí a obra está completa. O 4 representa a harmonia, é o número dos elementos da natureza, dos pontos cardeais. Daí, nas figuras de Ifá ncontrarmos quatro combinações de sinais simples e duplos representando, de acordo com suas combinações, os elementos da natureza e não os seres elementais que a eles correspondem. É útil lembrar, ainda, que quatro são as estações do ano, e existem quatro planos de existência: Físico, Mental, Psíquico e Espiritual. o tetragrama é a representação simbólica, de tudo isto. Completada a obra, tudo retorna à unidade. O ciclo se reinicia e o início é o 1. Esta é a matemática de Ifá, que é a matemática do universo e que nada tem a ver com aritmética ou com calendários. Aí estão revelados os ensinamentos contidos nos quatro primeiros Odus de Ifá: Ogbe, Oyeku, Iwori e Odi.

Ifá, é o nome de um oráculo africano. É um sistema de adivinhação que se originou na África Ocidental entre os yorubas, na Nigéria. É também designado por Fa entre os Fon e Afa entre os Ewe. Não é propriamente uma divindade (Orixá), é o porta-voz de Orunmilá e dos outros orixás. O sistema pertence as religiões tradicionais africanas mas também é praticado entre os adeptos da Lukumí de Cuba através da Regla de Ocha, Candomblé no Brasil através do Culto de Ifá, e similares transplantadas para o Novo Mundo.

Da Nigéria são dois os listados como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade: O Gelede, que também é praticado no Benin e Togo, e os Ifa Divination System, e em estudo na Nigéria um sistema de Tesouros Humanos Vivos e esforços para salvaguardar o suas línguas ameaçadas.

O Orixá Orumilá é também chamado de Ifá, ou Orunmila-Ifa e também é denominado frequentemente Agbonniregun ("Aquele que é mais eficaz do que qualquer remédio"). Em caso de dúvida Ifá é consultado pelas pessoas que precisam de uma decisão, que queiram saber sobre casamentos, viagens, negócios importantes, doenças, ou por motivo religioso. Para os yorubas o sacerdote é o babalawo e entre os Fons e Ewes recebe a designação de bokonon, e o sistema de adivinhação é o mesmo. O babalawo (pai do segredo) recebe as indicações para as respostas através dos signos (odù) de Ifá.

Orunmilá é o orixá e divindade da profecia. Ifá é o nome do Oráculo utilizado por Orunmilá. O Culto de Ifá pertence a religião yoruba. O culto do vodun Fa é originário de Ile Ifè, e chegou ao antigo Dahomey pelas mãos de sacerdotes imigrados do território yoruba já a partir do século XVII, mas sua instalação oficial como uma das divindades reconhecidas pelo rei de Abomey teria se dado ou através do babalawo Adéléèyé, de Ile Ifè que chegou a Abomey no reinado de Agadjá (1708-1732) , junto com outros (Gongon, Abikobi, Ato e Gbélò), ou pela princesa Nà Hwanjele, mãe do rei Tegbessu (1732-1775), que era de origem yoruba. Os sacerdotes de Fá são chamados em fon de bokonon, o correspondente a babalawo dos yoruba. O bokonon da corte de Abomey é um dos dignitários do rei reconhecido na categoria de príncipe e está entre os poucos autorizados a vestir djelaba em público e a permanecer com a cabeça coberta diante do rei e da rainha-mãe.

O Babalawo (pai que possui o segredo), é o sacerdote do Culto de Ifá. Ele é o responsável pelos rituais, iniciações, todos no culto dependem de sua orientação e nada pode escapar de seu controle. Por garantia, ele dispõe de três métodos diferentes de consultar o Oráculo e, por intermédio deles, interpretar os desejos e determinações dos Orixás. Òpelè-Ifá, Jogo de Ikins.

Opon-Ifá, tábua sagrada feita de madeira e esculpida em diversos formatos, redonda [2], retangular, quadrada, oval,[3] utilizada para marcar os sígnos dos Odús (obtidos com o jogo de Ikins) sobre um pó chamado Ierosum. Método divinatório do Culto de Ifá utilizado pelos babalawos. Irofá de Orula instrumento utilizado pelo babalawo durante o jogo de Ikin com o qual bate na tábua Opon-Ifá.

O Òpelè-Ifá ou Rosário de Ifá é um colar aberto composto de um fio trançado de palha-da-costa ou fio de algodão, que tem pendentes oito metades de fava de opele, é um instrumento divinatório dos tradicionais sacerdotes de Ifá. Existem outros modelos mais modernos de Opele-Ifá, feitos com correntes de metal intercaladas com vários tipos de sementes, moedas ou pedras semi-preciosas.[4][5]

O jogo de Opele-Ifá é o mais praticado por ser a forma mais rápida, pois a pessoa não necessita perguntar em voz alta, o que permite o resguardo de sua privacidade, também de uso exclusivo dos Babalawos, com um único lançamento do rosário divinatório aparecem 2 figuras que possuem um lado côncavo e outro convexo, que combinadas, formam o Odú.

O Jogo de Ikin só é utilizado em cerimônias relevantes, só pode ser consultado pelo babalawo. O jogo compõe-se de 21 nozes de dendezeiro Ikin, são manipuladas pelo babalawo com a finalidade de se apurar o Odú a ser interpretado e transmitido ao consulente. Dos 21 Ikins, 16 são colocados na palma da mão esquerda, com a mão direita rapidamente o babalawo tenta retirá-los de uma vez. A determinação do Odú é a quantidade de Ikin que sobrou na mão esquerda, o resultado seja qual for, terá que ser riscado sobre o ierosun que está espalhado no Opon-Ifa, para um risco usa o dedo médio da mão direita e para dois riscos usa dois dedos o anular e o médio da mão direita. Deverá repetir a operação quantas vezes forem necessárias até obter duas colunas paralelas riscadas da direita para a esquerda com quatro sinais, se não sobrar nenhum ikin na mão esquerda, a jogada é nula e deve ser repetida.

O oráculo consiste em um grupo de cocos de dendezeiro ou Búzios, ou réplicas destes, que são lançados para criar dados binários, dependendo se eles caem com a face para cima ou para baixo. Os cocos são manipulados entre as mãos do adivinho , e no final são contados, para determinar aleatoriamente se uma certa quantidade deles foi retida. As conchas ou as réplicas são freqüentemente atadas em uma corrente divinatória, quatro de cada lado. Quatro caídas ou búzios fazem um dos dezesseis padrões básicos (um odu, na língua Yoruba); dois de cada um destes se combinam para criar um conjunto total de 256 odus. Cada um destes odus é associado com um repertório tradicional de versos (Itan), freqüentemente relacionados à Mitologia Yoruba, que explica seu significado divinatório. O sistema é consagrado aos orixás Orunmila-Ifa, orixá da profecia e a Exu que, como o mensageiro dos Orixás, confere autoridade ao oráculo.

O sistema inteiro traz uma semelhança superficial com os sistemas ocidentais de geomancia. Suspeita-se que a geomancia ocidental é um empréstimo de um sistema criado pelos Árabes e trazida para o norte da África, onde foi aprendida pelos europeus durante as Cruzadas. Muito embora possua um número diferente de símbolos, o sistema carrega também alguma semelhança com sistema chinês do I Ching.

O Babalaô brasileiro William de Ayrá (Mestre Obashanan, discípulo de Mestre Arapiagha) foi o primeiro a realizar um estudo comparativo sério e eficaz entre o Ifá, o I-ching, Geomancia e o cabalismo de diversas culturas, com resultados filosóficos e divinatórios comprovados.

Os primeiros a escreverem sobre Ifá no Brasil foram sacerdotes Umbandistas. W.W. da Matta e Silva, conhecido como Mestre Yapacani já descrevia em 1956 um dos inúmeros sistemas de Ifá em suas obras. Seus discípulos, Francisco Rivas Neto (Mestre Arapiaga) e Ivan H. Costa (Mestre Itaoman) escreveram, nos anos 90, obras descritivas sobre o oráculo. A tradição africana de Ifá só chegou ao Brasil via africanos e Cubanos muito mais tarde.

Cada odù é formado por um conjunto constituído por duas colunas verticais e paralelas de quatro índices cada. Cada um desses índices compõem-se de um traço vertical ou de dois traços verticais paralelos que o babalawo traça no pó (iyerosun) espalhado sobre um tabuleiro de madeira esculpida (Opon-Ifá) à medida que vai extraindo os resultados pela manipulação dos cocos de dendezeiro ou ikin-ifá. O babalawo detecta esse odù manipulando caroços de dendê (Ikin) ou jogando o rosário de Ifá chamado (Opele-Ifa). Existem 256 odù, correspondendo cada um a uma série lendas (Itan).

A Geomancia Árabe e, por conseqüência, a Geomancia Africana (Oráculo de Ifá), têm sim, suas origens no I-Ching - o Livro das Mutações. – cujo círculo mágico primordial é composto de dezesseis figuras onde se encontram combinados em número de quatro, traços inteiros e traços bipartidos. São estes tetragramas que, combinados, irão proporcionar o surgimento dos hexagramas que compõem o I - Ching.

A poderosa Lei de Pemba


A pemba, de origem africana, é um instrumento ritualístico de alto significado. É normalmente utilizada para riscar pontos pelas entidades e pelo médium, visando estabelecer contatos vibratórios com as esferas espirituais. Se for aplicado de forma incorreta, poderá produzir resultados diferentes daqueles esperados.

Grafia Sagrada dos Orixás, é muito ampla e apresenta a necessidade de exposição pessoal e, por sua vez, poderia ser até desastroso pessoas sem "Ordens e Direitos" manipulá-la. A pemba praticamente é usada em quase todos os rituais de umbanda. Por carregar o axé, a pemba é saudada como um divino instrumento, dedicando-se até pontos cantados e reverências específicas.

Na Umbanda, em seus diversos momentos de entendimentos, encontramos várias formas de apresentação desses Yantras, sendo os mais comuns, os de cunho exotérico (externo/aberto), aqueles onde são utilizados estrelas, ondas, flechas, cruzes, luas, etc, que têm os seus resultados em suas aplicações; e, encontramos, também, os de cunho esotérico (interno/fechado) onde são utilizados : direcionamentos, Raízes e chaves, através da grafia Adâmica e afins (leia o Arqueômetro de Saint Yves - Edições em português, espanhol e francês). Apenas para sua referência, esta grafia são clichês (Yantras), os quais são utilizados pelas entidades e Médiuns Magistas (com a presença ou não de espíritos) para acionarem/projetarem no Plano Astral a movimentação de forças sutis com um determinado fim.

A pemba, através do seu elemento ígneo, fogo, manipula as energias psíquicas do ser humano; pela água lava, limpando o espiritual da áurea; pelo ar transporta para o campo de origem; pela terra, através de seus filtros, retorna suas funções equilibrantes.

Seu uso estabelece relação entre o universo da forma e o espiritual ou etérico. A pedra encerra os quatro elementos naturais e suas manifestações. Assume aspecto neutro e, devido a isso, significa Lei e Justiça. Imutável mediante a terra e o ar, a pedra é sensível à água, mudando de tom quando está molhada, deixando ser levada pela correnteza dos rios.

Pela pureza, a pemba é um dos poucos elementos que pode tocar acabeça do médium, sendo utilizada para lavagens de cabeça, banhos de descarrego, etc. Confecciona-se a pemba com uma substância chamada "caulim" (argilapura de cor branca), importado da África. Com o tempo, o "caulim"foi substituído pela dificuldade de importação, pelo "calcário" e a "tabatinga".

É misturado ao caulim, pós resultante da torra e trituração de algumas sementes como o Alibê, a Nóz-moscada, Dandá da Costa, Ataré, Aridan, Obi e Orogbô. Existem pembas de varias cores (adição de corante) mas a branca é a mais utilizada. É suma importância o cuidado em escolher e em como usar a pemba! Não é apenas um giz!

Porém há "traços" que indicam a desarmonia do médium, em geral são "riscos" desarmônicos e sem sentidos. O nosso coração e a aproximação de uma entidade de fato poderá trazer e decifrar o seu significado. Alguns destes traços são parecidos com o do alfabeto adâmico, sânscrito ou de vanagário.

Em relação aos ditos "traços" realizados pelas entidades ou médiuns de fato, há além de um grande significado uma abertura "atemporal" para a emanação de energia. A Pemba é sagrada, serve também pra descarregos do corpo e do terreiro, pra cruzar os quatro cantos, etc... A pemba e importantissima sim, mas muitos encaram apenas como um "giz" esquecendo todo o ero que envolve este objeto ritualistico.

Como na umbanda não e permitida a pratica das curas, com navalhas ou bisturis, a pemba faz a cruxa dos chacras, simbolizando o corte de abertura dos mesmos para receber o amassi. A pemba tem várias finalidades e formas ou modelos para serem confeccionadas. No culto de nação da derivante KETO é utilizada também com a mesma finalidades dos umbandistas.

A sua confecção trata-se de um processo muito difícil. Faz-se necessário uma espécie de retiro para a concentração e equilíbrio do material preparado. Nos dias atuais ela é similar ao GIS , o mesmo utilizado em lousas nas escolas. Formas de Apresentação:










Reajustadas: São Entidades que se apresentam de forma diferente do que foram na última reencarnação, por força de suas missões espirituais ou até por medida disciplinar. Exemplo: Um Caboclo Reajustado foi Negro em sua última encarnação (ou de outra raça). Autênticas: São Entidades que realmente se apresentam da forma que foram na última reencarnação. Exemplo: Um Caboclo Autêntico foi Caboclo na sua última encarnação. Sacrificial: São as Entidades que se apresentam em uma das Três Formas de Apresentação da Umbanda mas nunca tiveram passagem pela Terra (nunca foram encarnados). Exemplo: Um Caboclo Sacrificial (em missão sacrificial) nunca esteve encarnado na Terra. 

Chave
A Chave - identifica a Vibração Original

 
 
 
 
 

Raiz
A Raiz - identifica o plano da Entidade, as Ordens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos, etc.










Esquematicamente, dividimos um PONTO em 5 setores.

O setor A - Refere-se ao sinal que identifica a Entidade Espiritual, o plano e o grau da mesma. (Raiz)
O setor B - As Ordens e Direitos que essa Entidade traz.
O setor C - As atividades que ela ordena ou é ordenada, comanda ou é comandada.
O setor D - Os elementos fixadores ou dissipadores.
O setor E - O movimento executado - o tipo de trabalho (este sinal é afeto somente aos Orixás e Guias).

Pontos Riscados:







Referências
Sugestão de livro: O Arqueômetro - Autor Saint-Yves
Pemba: a grafia sagrada dos orixás, Autor: Mestre Itaoman, Editora : Thesaurus Editora, 1990
Umbanda - A Proto-síntese cósmica - Epistemologia, Ética e Método da Escola de Síntese, Yamunisiddha Arhaoiagha, F. Riva Neto

sábado, 30 de julho de 2011

A importancia do ponto riscado


O ponto riscado é uma espécie de primeira identificação símbolo do ritual religioso. Ele revela o deus, suas caracteristicas e funções. Cada motivo será interpretado, combinado e quantificado diferentemente, resultando num conjunto visual que tambem sintéticamente fala do deus como uma biografia visual. Refletem-se os pontos riscados nos bordados das roupas e toalhas utilizadas nos rituais da Umbanda, como também nos atabaques, pinturas sobre paredes, além de placas de sinalização dos terreiros.

Uma das manifestações mais ocorrentes de fundo heráldico, é o elenco variadíssimo de pontos riscados. Geralmente com o uso da Pemba nas cores simbólicas específicas de deuses, guias, santos, entre outros. Os pontos são firmados ou riscados com ordem e execução cerimonial. O ponto poderá ser individual, de uma familia ou linha, de um estilo de culto, de um terreiro. O desenho ocorrerá sobre tábuas em madeira ou no chão, próximos a altares ou a outros marcos de culto, dentro e fora do âmbito do terreiro.

Os pontos riscados tradicionalmente são de liturgia da Umbanda, Umbanda de Raiz como dizem os adeptos que seguem esse modelo de forte assimilação banta e assimilação católica. Também a Umbanda assumiu elementos do Candomblé, ganhando assim uma estética hibrida, ampliando símbolos e objetos, e isto reflete-se também nos pontos riscados que variaram os repertórios originais. O ponto riscado será tabem de função iniciática e para rituais purificadores.

Há ainda uma combinação de pontos riscados com velas, copos d´água, garrafas de bebidas, utensílios de barro e diferentes oferecimentos de animais e comidas. Muitas vezes o ponto riscado é a base para uma obrigação ou ainda para invocar um deus. O ponto riscado é tambem resposta à invocação, sendo firmado pelo próprio deus, autenticando sua chegada e atestando quem é e o que é também capaz - uma autenticação de identidade ritual.

Um Ponto O Ser Supremo, a origem.

Uma Linha Reta O Mundo Material.
Duas Linhas Retas O Princípio. o Masculino e o Feminino.
Uma Linha Curva A Polaridade.
Dois Traços Curvos As duas polaridades – positiva e negativa.
Um Triângulo de Lados Iguais A Força Divina – Pai, Filho e Espírito Santo – Santíssima Trindade.

Isosceles
Dois Triângulos (Hexagrama) Estrela de seis pontas – todas as Forças do Espaço.

Hexagrama
Um Quadrado O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar).

Quadrado
Um Pentagrama A Estrela de Davi e o Signo de Salomão. A Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.

Pentagrama
Três estrelas representam os Velhos e Almas.

Três Estrelas
Círculo O Universo, a Perfeição.

Circulo
Um Círculo com Dois Diâmetros Entre Si O Plano Divino, o Quaternário Espiritual.
Círculos Menores e Semicírculos A fases da lua (símbolo de Iemanjá), forças de luz, inclui Iansã.
Círculo com Estrias Externas O sol (símbolo de Oxalá).

Sol
Espiral Para fora indica chamamento de força, retirando demanda.

espiral
Seta Reta ou Curva e Bodoque Irradiação de Oxossi (caboclo).

caboclo
Balança, Machado ou Nuvem Símbolos de Xangô e do Oriente.

balança

nuvem

machado
Raio (condições atmosféricas) Símbolo de Iansã

Raios
Espada Curva Símbolo de Ogum.

espada
Espada Reta Símbolo de Iansã.

espada
Bandeira Branca com Cruz Grega Vermelha Símbolo de Ogum.

Bandeira Branca com Cruz Grega Vermelha
Flôr ou Coração Símbolos de Oxum.

Flor e Coração
Coração com uma Cruz no Interior Símbolo de Nanã.

Coração cruz
Traços Pequenos na Vertical (chuva) Símbolo de Nanã

Chuvas
Folhas ou Plantas Símbolos de Ossain.

Folhas e Plantas
Tridentes Símbolos para Exu e Pomba-gira; garfos curvos para a Calunga e retos para a Rua. (Pode haver ou não caveira)

Tridente Reto

Tridente Curvo
Cruz Latina Branca Cruz de Oxalá.

Cruz de Oxalá
Cruz Grega Negra Com pedestal, símbolo de Omulu.

espiral
Arco-íris Símbolo de Oxumaré.

Arco-iris
Estrela Branca (Oriente) Luz dos espíritos.

estrela
Estrela Guia (com cauda) Símbolo da capacidade de acompanhamento (Oriente).

estrela guia
Um Oito Deitado (Lemniscata) Símbolo do Infinito.

leminiscata
Cordão com Nó ou um Pano Símbolo das crianças.
Conchas do Mar Símbolo das crianças.

conchas
Águas Embaixo do Ponto Símbolo de Iemanjá (mar).

Mar
Pequenos Traços de água Símbolo de Oxum.
Traço ou Linha Curva com Círculo nas Pontas Símbolo de força, amarração e descarrego.
Rosa dos Ventos Chamamento de força ou descarrego.

Hexagrama
Palmeiras ou Coqueiros Força dos Velhos
Traço com Três Semicírculos nas Pontas Descarrego e força também.

Orixás e historia: Jeje e Nago-Vodun


O Jeje teve dois importantes centros, Bahia e Rio. Na Bahia, mais precisamente em Cachoeira e Salvador, a titularidade seguiu o sistema matriarcal, ou seja, sempre dirigido por mulheres, cuja denominação possuía variantes de acordo com a iniciação que seria feita. Doné, Mejitó e Gayaku, esta última com a finalidade de definir as iniciações de orixás dos candomblés Ketu, validando a expressão Nago-Vodun.

Essa fusão de crenças não se deu no Brasil, exatamente. Já havia ocorrido em África. Eram povos vizinhos próximos, e nos mapas atuais podemos verificar um traçado vertical que delimitou os dois países a partir de 1885 através de um tratado político. Como conseqüência, algumas cidades nagôs ficaram localizadas em território do que é hoje o Benin, e a outra com a República da Nigéria. Nago-Vodun, como o próprio nome indica, é uma modalidade de candomblé com elementos conjuntos, Jeje e Ketu. Foi uma maneira criada para que as práticas complexas do ritual Jeje não se tornassem esquecidas pela força da mídia que via nas casas de candomblé Ketu, ou Nago o melhor exemplo de culto africano aqui instalado.

Esta vizinhança permitiu um sincretismo cultural-religioso entre os dois, facilitado pelas guerras e capturas de escravos, a convivência de vida e o casamento com mulheres prisioneiras. A assimilação entre Vodun e orixá surgiu aí e foi trazida na lembrança pelo tráfico escravo.

Já foi afirmado que os Inkises da nação de angola seriam os mesmos Orisás yorubá com outras denominações. Seria a mesma coisa com determinados Voduns do Jeje? Acreditamos que os Voduns tenham suas qualificações e atitudes próprias, mas que diante destas “assimilações”, a identidade cultural que possuem venha sendo perdida. Esta pode ser uma idéia para investigação profunda entre os estudiosos identificados com os candomblés Jeje.

Terapia espiritual em Umbanda com Apometria


Podemos definir apometria como um conjunto de técnicas e procedimentos de aplicação anímico-mediúnica, representada pelo desdobramento (separação) entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano, podendo ser aplicada a qualquer pessoa, não importando saúde, idade, estado de sanidade mental, etc., sempre e incondicionalmente respeitando o livre-arbítrio de cada um. Quando há resistências, conscientes ou não, o trabalho é interrompido imediatamente: a equipe de voluntários se limita a realizar somente aquilo que é permitido.

O trabalho voluntário é feito com amor e respeito profundos, não interessando a nenhum dos trabalhadores envolver-se ou comentar problemas pessoais e particularidades dos assistidos. Um dos principais objetivos da apometria é identificar e estruturar os níveis de consciência (personalidades do passado), que estejam desarmonizando (influenciando negativamente) a encarnação atual.

Ao se submeter a um tratamento apométrico realizado sob essa ótica, o indivíduo adquire consciência de suas potencialidades, identifica "ferramentas", e em consequência supera as próprias limitações, o que favorece o auto-equilíbrio e maior disponibilidade para colaborar com o equilíbrio do próximo; caminha melhor na vida, melhora sensivelmente a auto-estima, identifica seus pares, compreende melhor seus desafetos e trabalha para transmutar essas relações, revê os próprios valores, percebe seus erros e defeitos sem se penalizar por isso: adota atitudes positivas e comportamentos condizentes em direção a mudanças, sabendo que tem sob seu comando as rédeas de sua vida.

Parece muita coisa, uma verdadeira panacéia, algo um tanto fantasioso, mas na verdade é tudo muito simples, não há mistério, apenas transmutações energéticas nos centros de memória, atuais e ancestrais. Do ponto de vista científico esse trabalho é explicado pela quântica: podemos dizer que é a ciência de mãos dadas com a religiosidade.

Os trabalhos apométricos são realizados num plano intermediário, sutil, o que podemos considerar de certa forma uma interdimensão. Prepare-se para seu tratamento: nesse dia, evite alimentação pesada e carne vermelha. ÁLCOOL É PROIBIDO – se ingerir bebidas alcoólicas entre em contato conosco para marcar nova data para seu tratamento. CIGARRO deve ser evitado no dia com pelo menos 3 horas antes do atendimento. Não trajar roupas escuras: roupas claras "facilitam" as transmutações energéticas. Se o seu tratamento for à distância, uns quinze minutos antes do horário permaneça em local isolado, desligue telefone, celular, tv, computador, procure criar um ambiente tranqüilo e harmonico, coloque uma jarra com água a seu lado. Acomode-se confortavelmente, se quiser deitar e dormir não há problema. Procure ler um trecho do evangelho ou outra leitura no gênero que a agrade.

O sucesso do tratamento depende fundamentalmente da participação do atendido, do contato que faz com seu mentor espiritual, de sua vontade firme, da predisposição real para mudanças, da consciência com respeito à própria responsabilidade e evolução. No horário do atendimento a pessoa deve relaxar, não se preocupar com sensações, fazer uma prece para ligar-se ao plano espiritual através de seu mentor, pedindo que o acompanhe, oriente, ajude a ativar seus centros de memória, atuais e ancestrais. Acreditar que podemos ser seres humanos melhores é o primeiro passo para isso.

Podem aparecer eventualmente alguns sintomas decorrentes do trabalho realizado. Todos eles, embora possam trazer um pequeno desconforto, são extremamente benéficos e passarão em poucos dias, são sinais de limpeza, ajustes, expurgos energéticos necessários para o seu equilíbrio. Lembre-se: tudo o que está acontecendo refere-se aos seus conteúdos internos. Na homeopatia isso é chamado de exoneração, quando o corpo põe para fora o que necessita ser eliminado. Portanto, dores de cabeça, angústia, depressão, constipação intestinal, aumento de apetite, alteração do sono, cansaço, indisposição, mal estar e etc. não devem ser nem supervalorizados e nem subestimados.

Mantenha um padrão de pensamento equilibrado, elevado, sintonize-se com pessoas e coisas positivas. Afaste idéias e pensamentos negativos, perdoe-se e desenvolva atitudes de compreensão em relação os outros - pratique o perdão e lembre-se: aceitar é o primeiro passo para mudanças reais, verdadeira, sólidas. Nada irá favorecê-lo se você não refletir sobre si mesmo, suas atitudes, comportamentos e pensamentos.

Além dessa vigilância de pensamentos, sugeri-se que coloque diariamente um copo com água perto de você e faça o mesmo exercício da consulta, relaxando e conversando com seu mentor sobre seus problemas, pedindo a ele para ajudá-lo a ter lucidez em relação à sua vida: pessoas, acontecimentos, etc. Ao terminar tome um pouco da água e vá tomando o restante durante o dia, ou no dia seguinte se fizer o exercício à noite. Ao tomar banho, imagine a água que cai com um feixe de luz crística limpando as impurezas, equilibrando seus chakras, alinhando seus corpos. Projete a cor que vier a sua mente: violeta que transmuta, azul que acalma, laranja que energiza, traz alegria, verde para saúde ou qualquer outra que vier a sua mente, pois a sua centelha divina tudo sabe. Seu corpo é composto de quase 80% de água! A água é nossa grande aliada, um excelente condutor de energias, elétricas e metafísicas: com nossos pensamentos e intenções podemos modificar nosso estado emocional e físico e conquistar o equilíbrio.

É uma iniciativa muito positiva que eu recomendo a quem tá  passando uma fase dificil, carmica e que precisa superar desafios que trazem desconfortos a alma. No entanto, não basta apenas fazer esse tratamento de apometria sem tomar algumas atitudes, como por exemplo o perdão! E ao falar em perdão, não é apenas citar o perdão mentalmente. Na verdade procurar aqueles que o fizeram mal, o que você sabe no fundo do ser que fez muito mal é um dos maiores segredos para o sucesso. Muitas pessoas orgulhosas, egoistas e cheias de magoas, preferem sofrer ou procurar este tipo de terapia, numa tentativa de não se curvar, não baixar a cabeça e não pedir perdão a quem precisa se humilhar.

Umbanda no mundo, apesar de ser uma só tem varios seguimentos e cruzamentos. Normalmente, na Apometria  utiliza-se a Umbanda Branca. Na abertura dos trabalhos invoca-se a proteção das Sete  Linhas de Umbanda, criando o anel de aço, contendo os sete pontos, correspondentes ás sete linhas principais dos Orixás Maiores. O anel de aço tem um eixo imaginário, criado no espaço. E quando ele gira, em alta velocidade, transforma-se numa esfera de repulsão e de proteção aos trabalhadores. Quando invocamos as sete linhas, entramos na frequência dos
Orixás, que ficam á nossa disposição. Quando o trabalho inicia, todas as falanges ficam de prontidão.


A missão da Umbanda junto á Apometria é penetrar na quimbanda, buscar o espírito e trazer o quiumba fazendo com que ele desmanche o trabalho. Neste momento ele já estará recebendo luz, mesmo que ainda não tenha se arrependido do que fez. A forma de pagamento aos espíritos na Apometria é diferente, no sentido de que tudo ocorre não no plano físico e sim, através da criação mental utilizando a energia disponível no cosmos. Também se utiliza a mesma energia para mudar a forma animalesca que eles tem por terem passado tanto tempo sem reencarnar e lhes dá novas roupas, água e as comidas que tanto gostam.

Durante os trabalhos também se utilizam os Mantras de umbanda, chamados de Pontos, que são cantados para aumentar o padrão vibratório e promover a limpeza dos resíduos que porventura tenham permanecidos no ambiente. É muito comum termos a presença de Pretos e Pretas Velhas que, com sua humildade, vêm nos dar grandes lições sobre tudo o que está acontecendo. Por vezes eles aparecem, trabalham e vão embora no anonimato, sem alardear o que estão fazendo, e nos dando uma lição de humildade. Seu conhecimento sobre ervas, chás, curas e desmanche de magias é de inestimável valor nos trabalhos de Apometria e agradecemos por podermos contar com seus ensinamentos. São muito sábios e conciliadores.

Importante também a participação da Linha dos Ciganos, chefiada pela cigana Esmeralda, que tem atuação nos trabalhos principalmente quando surgem trabalhos que foram originados há milhares de anos pelo próprio povo cigano, especialista nas artes de adivinhação, cartas com previsão do futuro e leitura de mãos. A Linha do Oriente, Ori, normalmente atua de forma discreta, intuindo seus médiuns para que entendam o que está
se passando. São importantíssimos na transmissão de mensagens de entidades ou espíritos de nível hierárquico superior, devido á linha de desenvolvimento mental da qual participam. Também atuam na destruição de templos e de magias do passado, libertando o espírito. São essenciais na manutenção da harmonia dos grupos de trabalho de Apometria, trabalhando constantemente nesse sentido, harmonizando o ambiente e aparando brechas kármicas porventura existentes entre os membros dos grupos. São extremamente discretos mas eficientíssimos, principalmente na intuição dos médiuns e na regulagem e harmonização dos chackras e dos corpos.

Para não confundir a técnica da Hipnometria com a hipnose, rebatizou-a com o nome Apometria. Não  considerava o espiritismo uma religião e sim uma realidade cósmica e muito trabalhou para que fosse compreendido como ciência e filosofia. Considerava a umbanda como uma filosofia de vida. Permitia a incorporação e o trabalho de entidades habitualmente chamadas como de umbanda, manifestadas como caboclos e pretos velhos, assim como costumava cantar os pontos de umbanda durante o trabalho apométrico para harmonização.

Na associação com o mediunismo depende a sua eficácia e reside o sucesso de sua aplicação na caridade. Não basta somente a moral do grupo e a conduta evangélica. Nós todos, retidos no ciclo carnal, em processo de retificação moral-espiritual, não temos condição evolutiva de avaliarmos o merecimento de cada consulente e estabelecermos a abrangência terapêutica da apometria. Sem amparo e cobertura dos mentores espirituais a apometria está fadada ao fracasso ou a mais nefasta magia negra.

Quem primeiro experimentou o desdobramento induzido por um operador encarnado foi o Dr. LUIZ RODRIGUES, farmaceutico-bioquímico, natural de Porto Rico, radicado no Rio de Janeiro. O Dr. LUIZ RODRIGUES chamava sua técnica de Hipnometria. Em 1965 apresentou-a a um grupo de espíritas eminentes, em Sessão realizada no Hospital Espírita de Porto Alegre (HEPA), então presidido pelo Sr. Conrado Rigel Ferrari. O Dr. Luiz Rodrigues não era espírita e dele não mais tivemos notícias até seu desencarne.

A Apometria não faz parte da Doutrina Espírita. O termo apometria é derivado do grego Apó- preposição significando além de e fora de e Metron- relativo à medida. Segundo aqueles que a aplicam, representaria o clássico desdobramento entre o corpo físico e os "corpos" espirituais do ser humano. Não seria propriamente uma técnica mediúnica e sim uma "técnica de separação desses componentes".

“Apometria é uma técnica que permite com razoável facilidade, a um grupo de médiuns treinados, a indução para estados de desdobramento dos corpos mediadores; em especial o etérico, o astral e o mental. É também importante ferramenta de criação de campos de força. Não basta somente o conhecimento da técnica em si, mas é fundamental a egrégora que se forma durante os trabalhos, pois, é proveniente de cada elo da corrente, a sustentação mental para que “o lado de cá” possa agir em padrões vibracionais, que normalmente exigiriam grande dispêndio de energia e esforço das falanges socorristas, que dão apoio a esses trabalhos de cura desobsessivos”. “Ramatis”

Orixás: ORIXÁ JAGUN - Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro, Soldado.


Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro, Soldado. Jagun Orixá Agbará Esé Egi Iroko. Pela ordem do meridilogun, Jagun responde no Odú Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no qual também respondem outros Guerreiros Brancos como Ogun-Já e Oxaguiã Ajagunãn. Pela ordem de chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu Okaran.

Trata-se de um Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá separado de Omolú. Antes dele ter ido para as terras de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde era sua terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun teve passagem não só nas terras de Omolú, mas também nas terras de Ifé (Terra de Ogun) e Elegibô (Terra de Osayan).

Os filhos de Jágun, tem aparência jovem, são autoritários, arrogantes, guerreiros, justiceiros, briguentos e agitados, fortes na adversidade, costumam fazer tudo à sua maneira, ouvem conselhos dos outros, mas costumam seguir sua própria vontade. Possuem grande proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos. Possuem comportamento delicado, são honestas, dedicadas e atenciosas.

Segundo as lendas e itans, conta-se que Jagun, era Guerreiro dos Exércitos de Obatalá e que foi enviado às Terras de Omolú para lutar pela páz em nome de Oxalá. Por isso, ele é cultuado em algumas nações como “Qualidade de Omolú”, por ter passado vários anos em terras de Omolú.

São pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exigem asseio, limpeza; são pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; são dados a paixões violentas e passageiras, são curiosos, adoram viajar. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar e defender os amigos. Quando são repudiados ou sofrem algum tipo de traíção podem se tornar extremamente vingativas e amargas. Apesar de serem guerreiras e obstinadas, as pessoas de Jágun, às vezes se isolam preferindo ambientes calmos e tranquilos. A personalidade dos filhos de Jágun é um misto de caracteristicas de Ogun, Omolú e Oxaguiã.

Jágun é Orixá Jovem,quase chega ser um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a Obatalá (Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já, Oxaguiã – Ajagunãn, e Ayrá. Jagun é um Orixá ambicioso, luta para conquistar posição alta sem ver de que maneira…Apesar de ser Orixá Funfun (branco), é considerado e cultuado como Santo de Guerra, “santo quente”, carrega uma lança prateada na mão e um facão ao adaga e muitas das vezes dependendo do caminho de Jagun ele usa até um ofá nas mãos,pois conta se um itan que Oxalá o nomeia como o guerreiro de todas as armas veste-se somente de branco.

Por ser considerado Orixá Funfun (branco) não leva azeite de dendê, e sim azeite doce , banha de ori, adin e as vezes mel e de preferencia a banha de Ori, suas comidas são todas brancas, aceita pipocas feitas na areia, bolas de inhame cozido, bolas de arroz, acaçá, obí funfun (claro), come também do Ebô (canjica) de Oxalá, assim como seus bichos também devem ser todos brancos, por ser ligado ao rei do pano branco (Obatalá ).

Usa contas brancas rajadas de preto e dependendo da qualidade, intercalada com contas brancas, gosta também de contas feitas de buzios e marfin. Jágun é Orixá Jovem,quase chega ser um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a Obatalá (Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já, Oxaguiã – Ajagunãn, e Ayrá. Jágun dança com outros Orixás, acompanha na dança; Ogun e principalmente Oxaguiã e Oxalufã. A dança de Jágun é extremamente guerreira, começa com movimentos lentos, dança empunhando sua lança e adaga, seu momento de “êxtase” é quando salta e se sacode todo empunhando a lança de um lado para outro, tamanha é sua fúria guerreira nessa hora.

Tem caminhos também com Yemanjá e quase todas as Yabás, pois elas acalmam sua fúria.Quem traz Jágun ao barracão é Oxaguiã. Ele é considerado o “protetor” e “guardião” de Oxalufã. Carrega consigo o Odú Ejionilê. Jágun dança com outros Orixás, acompanha na dança; Ogun e principalmente Oxaguiã e Oxalufã. A dança de Jágun é extremamente guerreira, começa com movimentos lentos, dança empunhando sua lança e adaga, seu momento de “êxtase” é quando salta e se sacode todo empunhando a lança de um lado para outro, tamanha é sua fúria guerreira nessa hora.

Conta o itan de Ogi-Ogbé/Okaran que existiam três irmãos: Já, Jágun e Ajagunãn. Eram três Guerreiros que pertenciam aos exércitos de Obatalá, lutavam e venciam todas as guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os Guardiões deste Orixá. Eram chamados de Guerreiros Brancos, por se vestirem somente com trajes brancos em homenagem a Obatalá. Eram considerados invencíveis, por sua bravura e coragem, nunca perderam uma batalha sequer. Sempre muito unidos, nunca se separavam. Mas um belo dia, os três irmãos guerreiros, foram guerrear contra a cidade de Oxun.

Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro, assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam isso. Oxun com a grande sabedoria dos poderes de Ya mi, foi avisada que seu reino seria atacado. Oxun ficou desesperada e foi até Ifá para saber o que faria.

Orumila mandou ela fazer um ebó, sacrificar oito Igbis à Oxalá e com o casco fizesse um pó e soprasse nas terras de Osogbo. Assim Oxun fez, quando os guerreiros chegaram para invadirem as terras, eles ficaram tontos e se perderam um do outro. Aí que Jagun foi para as terras de Omolú, Já para as terras de Ifé Ogun, e Ajagunã para as terras de Oxagyan. Mas mesmo assim, os três irmãos sempre estão juntos, respondem um pelo outro, eles continuam a ser Guerreiros Brancos, ou seja, são considerados Orixás Funfun, e sempre ligados a Obatalá, seus caminhos se cruzam…os três irmãos Guerreiros continuam nas batalhas, sempre guerreando pela Páz.

Jagun teve uma trajetória muito grande e bonita nas terras de Omolú, mas depois de anos retornou as terras do Ekiti-Efon, onde Oxun era rainha e Osagyan grande gurreiro e protetor do palácio e cidade de Oxun. Conta-se também que Jagun foi às terras de Osogbo, para destruir a cidade e buscar Oxun, pois Oxun tinha sua cidade onde era rainha Ekiti Efon, entao por ordem de Olooke ele fui buscá-la.

Deram essa característica guerreira aos seus filhos. É por isso que o culto a Jagun foi assimilado ao de Omolú, sendo que depois disso conta o Itan que ele viveu alguns anos nas terras de Omolú e que lá encontrou uma linda mulher que também nao era das terras, mas estava lá por outros motivos, e se apaixonou por ela, tiveram filhos e se amam até hoje, e essa linda mulher era Yewá . Lá, ele se juntou com o Orixá Osayn e passou a ser um grande curandeiro, e em tempos de guerra ele cuidava dos guerreiros feridos com as porções e ervas mágicas que Osayn o ensinou.

Depois disso tudo ter acontecido, Jagun viveu anos nas terras de Omolu, Oxagyan trouxe Oxun de volta para Ekiti-Efon, por isso muitos acabaram se equivocando ao falar que foi Oxagyan quem deu as terras de Ekiti para Oxun, mas nao foi isso que aconteceu, ele apenas trouxe Oxun de volta a terra onde ela nasceu e era dona junto com Olooke seu pai. Orixá Olooke vendo o prejuizo que Jagun teve e o tempo que ficou em outras terras, por causa de seu pedido de buscar Oxun, intitulou Jagun Olu Efon (Guerreiro senhor de Efon), para retribuir o tempo que Jagun ficou afastado de sua terra que tanto amava (Ekiti – Efan).

Jagun possui caminhos próprios, como Jagun Odé, Arawe, Agaba e outros..Jagun um Orixá exclusivo do axé Efon, mas que foi migrado para as terras de Gege Mahí e Ketú….Jagun é um lindo Orixá de grande valor no Axé Efón, lembrando que o culto à Jagun no Efón (efan) é separado de Obaluaye. Orixá Jagun foi muito confundido com o culto à Omolu e Obaluaye, e foi por esse motivo que muitos de seus fundamentos se perderam, mas graças a Olorum e ao Axé Efón, está sendo resgatado todos os preceitos e orôs.

Jagun Arawê, ligado a Ossayn e Oxaguian; Jagun Igbonan, ligado a Ayrá,Oya e Obá; Jagun Algbá, ligado a Exú, Oxaguian, Oxalufan e Oxun Yeye Ayalá; Jagun Odé, ligado a Odé Inlé, Ogun Jáe todos os caçadores; Jagun Agbá funfun, ligado a Oxalufan, Iyemanjá e Oxun; Jagun Seji Onan ou Ajoji, ligado a Exu e Ogun; Suas folhas: Akoko, algodão, saiao fortuna. folha de obi, folhas de iroko , folhas oguegue e todos folhas de Oxalá…

Jagun Olu Efón

Jagun Olu Efón´

Jagun Efón Jagun Efón
Awure Babá Jagun

Awure Babá Ajagun o

A bela cultura yorubá é uma das principais influências e códigos que formaram os cultos afro-brasileiros


Os ritmos ea música do povo iorubá ter influenciado toda a música popular como a conhecemos hoje. Os ritmos eA música do povo iorubá ter Influenciado Toda uma música Como um popular Hoje conhecemos. A música do Ilê Aiyê é parcialmente música ritual registrado durante a filmagem das danças cerimoniais, bem como canções populares influenciados pela Candomblé e as personalidades dos Orixás e música trilha sonora original de David Byrne ligando imagens e seções.

A religião dos iorubás da África Ocidental, o candomblé foi trazido para o Novo Mundo durante as operações de escravos do século 16. A Religião dos iorubás da África Ocidental, o candomblé trazido FOI n º Durante o Novo Mundo como OPERAÇÕES de Escravos do Século 16. Embora proibido de praticar sua religião nativa pelos colonos, os iorubás foram capazes de esconder os seus rituais com ícones católicos, e, assim, preservar suas práticas. Embora proibido de praticar SUA Religião Nativa Pelos colonos, OS capazes de iorubás FORAM OS SEUS esconder Ícones com rituais católicos, e, ASSIM, Práticas Preservar SUAS.

Os ritmos dos tambores e sinos sagrados, uma dança de êxtase espiritual, oferecendo e sacrifícios, adivinhações e da visitação dos Orixás, através do transe, fazem parte da cor e da vida do candomblé. Os ritmos dos tambores e dos Sinos Sagrados, Uma dança de Êxtase Espiritual, oferecendo sacrifícios e, adivinhações e dos Orixás da Visitação, atraves do transe, da cor Fazem Parte da Vida e do candomblé.

Se o candomblé pode ser considerado um tipo de análise espiritual interior para que se possa cantar e dançar, onde um lugar entre as forças da natureza são aceitas, então pode haver algo ainda para o mundo "moderno" de aprender com os "deuses." Se o candomblé PoDE hum serviços considerado Tipo de Análise interior Espiritual Para quê SE POSSA Dançar e cantar, Entre Lugar Onde eh como Forças da Natureza São aceitas, entao PoDE Haver Algo Ainda para o Mundo "moderno" de sO com Aprender "deuses." .

No Brasil e em vários lugares do mundo existem milhares e milhares de pessoas que, maravilhadas pelo mistério dos Òrìsà. Quer sejam descendentes de africanos, europeus, asiáticos ou de qualquer outra raça do planeta, acabam transpondo as portas da iniciação, surpreendidos pelo paradoxo de defrontar-se com crenças alicerçadas em rituais de rebuscada complexidade e ao mesmo tempo simples de entendimento na sua essência.

Iniciar-se (popularmente no Brasil diz-se "fazer santo") é possibilitar através de rituais próprios que o lado divino da criatura transpareça; é libertar o Deus Interior (Ori Inu) que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir à tona e provocar impulso irresistível capaz de conduzir a individualidade à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, com a Natureza, com o Criador, enfim, com a própria Vida, em seu pulsar infinito.

As cerimônias são alegres, coloridas, embaladas pelo som dos tambores nos quatro cantos do mundo, agregando pessoas de todas as camadas sociais; contudo, o aprendizado ritual e filosófico requer estudos sérios e contínuos, que acompanharão o iniciado pela vida afora.

Corpo físico, mente e alma são ritualisticamente preparados para componentes da manifestação divina. Condições propícias são estabelecidas para que a memória ancestral possa florescer nos recessos do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, em suas mais variadas formas e também variados graus. "Fazer santo" é nascer de novo, renascer como indivíduo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condições para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, lançar-se inteiro na busca da realização pessoal.

Conhecer a si mesmo: pressuposto básico para a realização pessoal em todos os níveis. Desde sua origem o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo desespero frente ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do amanhã, o ciclo da vida, a morte. Todo esse processo destina-se a criação de ambiente propício ao tão sonhado encontro. A história da humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida.

Há milhares de anos, o nativo do continente africano já tinha os mesmos anseios: conhecer seu Deus, os mistérios do Universo, a origem da Vida. Olodumárè (o Criador), em sua Graça e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelação): a Criação do Universo e dos seres humanos, os princípios que regulam as relações entre Ilú Aiyé (a Terra) o Orún (mundo espiritual) e o conhecimento dos Òrìsa, divindades partícipes da Criação e intermediárias entre Deus (Olodumárè) e os homens.

A compreensão clara de que destino é possibilidade e não fatalidade é a base dessa realização. O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios que regulam essa interação é o caminho da Iniciação.

A felicidade é perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza: "Quero ser feliz, mas não sei bem o que é felicidade". E o ser humano continua a colocar a própria felicidade longe de si mesmo, em circunstâncias exteriores: dinheiro, posição, poder, fama, ou na dependência de outras pessoas: "Se ele - ou ela - me amar, serei feliz".

Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos Òrìsà, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivíduo e estabeleça a ponte com o Cosmos, tão necessária à realização pessoal, tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em relação à vida e aos semelhantes, na construção da própria felicidade.

Na África o culto está realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a miscigenação, trouxe para toda a população a denominação afro-descendente. A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias. Conhecimentos acerca de seu próprio Òrìsà lhe são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò) (quando houver), as virtudes que deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evitados para atrair influências benéficas e uma relação harmoniosa com a divindade pessoal.

O momento do chamado é diferente para cada pessoa. Para alguns, uma doença difícil de ser curada: outros, as dificuldades do próprio caminho; outros ainda buscam fugir às religiões tradicionais por concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade.

A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias. Esse período é comparável a gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e restritas.

Ampará-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente, também as materiais. Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Òrìsà, nos recessos da própria alma. Muitos são descendentes de africanos, mas não é regra. Ocorre muitas vezes a pessoa acabar fazendo escolhas erradas e sofrendo consequências desastrosas. Pode ser fruto de um destino ruim, que exigirá tempo e determinação para ser superado. A dor transforma-se em companheira constante.

O Destino é dado a cada ser na forma de possibilidade, nunca como fatalidade. Desse modo, quem antes de voltar ao mundo escolheu, por exemplo, ser médico, ao renascer na Terra encontrará em seu caminho situações que o direcionem para essa profissão. O Òrìsà pessoal, nesse particular, pode influenciar e muito, prevenindo ou mesmo remediando tais situações, conferindo força e equilíbrio ao seu tutelado, restaurando-lhe as energias, estendendo-lhe proteção e orientando-o quanto ao melhor caminho a seguir.

Entretanto, isto não quer dizer que necessariamente venha a exercer a medicina. Ele pode a qualquer tempo mudar os rumos da própria vida através do exercício do livre-arbítrio (o que, aliás, é um conceito universal). Cada qual constrói a própria história. O conjunto acaba provocando sentimentos de impotência frente aos obstáculos e encruzilhadas da vida, ou simplesmente solidão, carência de aconchego, de orientação, de coragem. Carência de fé.

Òrìsà não representa problema no caminho de ninguém - pode significar a solução. Através do seu apoio divino o ser humano pode criar condições para vencer as barreiras internas e externas para a construção de um futuro melhor. O ritual de iniciação não decorre de desejo próprio, mas depende de prescrição oracular e conforme o próprio termo, marca, não a concretização, mas o início de um aprendizado e desafios constantes que requerem disciplina e dedicação espiritual pelo resto da vida.

A presença do orisa na vida de uma pessoa depende do fortalecimento do ori para acoplamento do seu ase, através do ritual de iniciação. Após diversos tipos de ebo, banhos de folhas e Ebori, o iniciando está purificado e fortalecido para ter plantada no seu corpo a energia do seu orisa tutelar. Trata-se de ritual complexo e com características sob medida para a entidade única que é o iniciando em questão e o seu orisa.

O orisa não necessita infringir castigos, primeiro porque, como energia da natureza, não depende da adesão de devotos - nós é que precisamos do orisa - segundo, porque a sua simples ausência em nossas vidas, já se caracteriza por si só, como desgraça. Não implica em qualquer tipo de submissão contrariada, pois o ori é soberano no seu livre-arbítrio. No entanto, uma vez tendo vivenciado a sublime e divina presença do orisa, o afastamento deste, mesmo que voluntário, se faz sentir como um vazio sombrio que pode até ser confundido – errôneamente - com castigo.

Em religião, não se pode ter uma visão estática, como se houvesse uma crença pura e imutável no tempo. Por isso, não seria correto afirmar que o calundu é uma base, com seus ritos e valores, que seriam depois transformados em candomblé e umbanda, cada uma delas com sua ortodoxia singular. São expressões dinâmicas, que muitas convivem entre si, intercambiando valores e símbolos. Sabemos bem disso! Sabemos que tudo é mutavel, mas, assim como os códigos de programação do Windows, que vai sendo melhorado sempre, mas, que parte sempre de uma base de dados, também a religião tem seus códigos, leis e tradições imutaveis que dão sustentação a fé.

Sabemos bem que da cultura yorubá muita influencia veio para religiões no Brasil, só que seus códigos, ancestralidade não mudaram, apenas se adaptaram. Por isso sabemos bem que por traz da tradição oral, há naverdade um código ancestral que serviu para manter vivo todo conceito, conhecimento e o sagrado contidos na cultura yorubá como um todo.

Temos que reconhecer que a presença, desde os primeiros momentos, de pessoas de todas as cores e classes sociais nas religiões afro-brasileiras. No entanto, essa mescla, que poderia parecer uma abertura à tolerância, muitas vezes se mostrou um motivo a mais para a recusa dos credos. No entanto sabemos que a mediunidade não existia apenas na Africa, mas, ela é milenar, tem raizes na Africa, no Oriente e na Europa, assim também como em nossa terra Ancestral das Americas! Por isso querer formar conceito de uma Umbanda composta apenas de entidades negras, acho além de ser uma intolerancia uma distorção do preconceito para o outro lado!

Se o candomblé é uma religião africana em origem, a umbanda se constitui no Brasil uma autêntica crença da unidade nacional, reproduzindo em sua formulação as três vertentes da nacionalidade brasileira. Na umbanda se juntam os elementos das três raças, espelhando o mito da democracia racial. Assim, estão presentes nos cultos umbandistas a herança dos negros (orixás do candomblé), dos brancos (o espiritismo kardecista e o catolicismo popular) e as fontes da cultura indígena. Manifestação mais recente, a umbanda se mostra ainda interessada em codificar seus ritos e interpretações, gerando uma literatura teórica expressiva.

Na verdade o conhecimento é uma arma eficiente contra a discriminação. “No Brasil, o preconceito contra as religiões afro-brasileiras já foi do próprio Estado, da Igreja Católica e, mais recentemente, por parte dos evangélicos neopentecostais”, explica. E lembra que, mesmo os evangélicos que demonizam os cultos africanos usam de linguagem que vem de seu repertório, com pastores usando práticas como fogueira santa e descarrego, que evidenciam o trânsito com os ritos umbandistas.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo, Pesquisador e mago de Umbanda Astrologica

A macumba é mais um dos códigos de Umbanda


No passado o culto ou cultos oriundos da interação das três matrizes sofreram perseguições, principalmente pelo Santo Ofício da Inquisição, acusados de “bruxaria”. Ao contrário das religiões do livro (possuem livros sagrados) – Bíblia, Torá e Corão, as religiões Afro-brasileiras tem seu conhecimento calcado na tradição oral, sendo também preconceituadas por este motivo. E eu concordo que esse é o ponto fraco das religiões afro-brasileiras. Apesar de muitos defenderem a importância da Tradição Oral pra Umbanda, pra mim, foi justamente por essa porta, onde adentraram as enganações, as superstições e onde se macularam todo conhecimento verdadeiro. Por que deixa-se margem pra cada um fazer o que bem entende, dizer o que lhe vem a cabeça, como também não fornece-nos um código seguro pra acessarmos quando precisamos tirar uma dúvida, assim como acontece com o cristianimos que recorre a Biblia quando o cristão tem duvidas, ou no judaismo onde se consulta a Torah, no Islamismo se consulta o Alcorão e em outras religiões, até mesmo na bruxaria mundo à fora!

Na verdade se não fosse o valioso trabalho de antropologos, historiadores e mestres como o Senhor Da Matta, a Umbanda poderia até ter sumido do mapa, como varias outras religões antigas. Nos séculos mais próximos dos dias de hoje houve preconceitos e violências várias cometidas contra as religiões Afro-brasileiras, como invasão de terreiros e a prisão de seus membros acusados de praticar curandeirismo, charlatanismo, entre outros. Atualmente há também a intolerância das religiões neopentecostais (declarada) e de outras religiões (tácitas), que invadem e depredam terreiros.

Todo esse problema enfrentado pelos adeptos de cultos afro-brasileiros, tem por um lado a malignidade de muitos que se incomodam com a busca espiritual dos outros, sendo assim ferramentas do Diabo, tentando atrapalhar a busca de cada um, tanto por intolerância, quanto por ignorancia e maldade. Mas, por outro lado há também culpa por parte de muitos dos perseguidos, por que grande parte usou mal os conhecimentos, inseriu absurdamente a supertição, magia negra e manipulação que assusta muita gente até hoje. Isso sem falar nos charlatões, nos mentirosos que usam a fé pra roubar o tempo e o dinheiro dos outros, como també enormes distorções que implementaram ao longo do tempo. De um lado por falta de conhecimento e por outro por maldade e ambição pra vender aquilo que não são donos.

As religiões Afro-brasileiras se baseiam na tradição oral, no transe mediúnico ou de possessão, culto aos Orixás (Voduns, Inkices); culto aos Ancestrais Ilustres (espíritos desencarnados - denominados de eguns no Candomblé e espíritos protetores em outros cultos), o canto sacro, a música sacra, a dança sacra, podendo alguns cultos ter sacrifício animal e o uso de bebidas que propiciam “estado superior de consciência”. Até ai tudo bem! No entanto o que nos chama atenção é a limitação, ou seja, não temos como comprovar que o que uma entidade diz a um medium seja mesmo verdade; ou que a tradição oral tá correta, sem macula ou distorções! Enfim, temos que aceitar sim que tudo é mutavel, mas, que tudo também tem coisas predeterminadas, tem códigos e leis que são imutáveis. Na verdade o que é mutavel é o mundo físico, mas, o mundo espiritual tem hierarquia, parametros cosmicos e sabedoia. E até mesmo no mundo materia, vemos que algumas coisas não são mutaveis. Veja que o ser humano tem seu codigo genético, que o sistema solar tem seu ritimo e que há um ciclo existencial que nos revela o processo de nascimento, evolução e morte!

O verdadeiro mago é aquele que ao elervar-se em sabedoria sabe observar o tempo, obedecer a lei e flutuar entre o mutavel e o imutável com imensa maestria. Creio que a tradição oral tem sim sua importancia, mas, não pode ser colocada como regra principal. Por isso admiro muito o trabalho dedicado de Mestre Mata e Silva em tentar decodificar a Umbanda, tornando-a mais esoterica, mais convergente e mais organizada.

Pela riqueza de detalhes doutrinários e ritualísticos somados com a imensa diversidade, os cultos nem sempre foram bem compreendidos pelos forâneos, que estão eivados de preconceitos firmados em seus pontos de vistas, sem nenhuma isenção. Mas, não devemos culpá-los tanto, pois, a propria Umbanda e os demais cultos tem muita culpa disso, por que nunca se fizeram compreender como deveria. Felizmente, a sociologia e a antropologia de hoje afirmam que não há religiões superiores ou inferiores, certas ou erradas, de deus ou do demônio, pois quem assim julga, o faz de forma preconceituosa, principalmente por ser adepto de outras religiões, que não as Afro-brasileiras. No entanto, temos que aceitar os fatos que também mostram que se há algumas religiões que resistem ao tempo, outras decaem, deixam de existir, perde grande parte de sua importancia ou simplesmente se transformam, enquanto outras surgem, ou se fortalecem. Por isso sabemos bem que se o homem tem o poder de escolher, por outro lado há a necessidade de ajustes, ou seja, temos que seguir aquilo que mais nossa alma se adapta e se sente bem. Só que essa escolha tem que ser sábia, não manipulada ou carregada de uma fé cega.

Afirmamos que a macumba era a Umbanda, a sua primeira manifestação ou pelo menos assim foi entendida. Com isso estamos dizendo que ela deu formação as várias religiões afro-brasileiras ou também as várias Escolas, não como algo instituído, mas sua manifestação. Podemos concluir que a maioria das religiões afro-brasileiras ou Umbanda deve sua formação a maior proximidade com as religiões indígenas em conjunção com alguns grupos africanos (Angola, Congo, Cabinda). Entre esses cultos citamos a Pajelança, o Catimbó, a Umbanda Traçada, o Candomblé de Caboclo (Angola), entre muitos outros.

O riquíssimo panteão das religiões afro-brasileiras com seus Pais Divinos (Orixás) e Pais Ancestrais (entidades espirituais) e toda gama de entidades que pululam no imaginário, no simbolismo de seus prosélitos tem como concretizador aquele que é patrono do movimento, dos limites, dos caminhos, das trocas simbólicas – Exu, Sr. do Mercado das Tradições afro—brasileiras, entidade presente em todas as religiões afro-brasileiras. Outros cultos como o Tambor de Mina, o Xangô Pernambucano, o Batuque Gaucho e outros, receberam fortes influências de grupos Jejes e Nagôs.

As religiões afro-brasileiras estão em contínua mudança, transitando da primeira interação (assimétrica), no século XVI ao fenômeno da convergência (iniciado no final do século XX, sem data para o término). No entanto essa mudança não pode se dar calcada no modismo, no sectarismo, nas alucinações de sensacionalistas ou na mentira. Na verdade não podemos confundir reajuste com mudanças bruscas. O que deve ocorrer na verdade são adaptações para uma melhor compreensão, para uma melhor fluidez e aceitação. Vamos repelindo o que é simples superstição, vamos excluindo o que é apenas engodo e vamos incorporando o que traz conhecimento com evolução. Assim como fez o grande Mestre Matta e Silva, Rivas Neto e Itaoman. Mas, sem ficarmos reféns da tradição oral e sim estudando e nos aprofundando nos códigos sagrados do divinismo, pois, não tenham duvida, existe sim um!

O motivo das partes (matrizes) não representar o todo (as religiões afro-brasileiras)deve-se as mesmas não manterem sua identidade quando estão separadas de sua função e lugar no todo. Pelo texto concluímos que as religiões afro-brasileiras têm maior adesão a matriz ameríndia e a matriz africana. As religiões afro-brasileiras respeitam e conciliam os fundamentos cristãos (Kardecismo e Catolicismo) e os não cristãos (cultos africanos e indígenas), talvez por não serem maniqueístas. Só que essa adesão apenas com esses cultos, que carregam em si grande sectarismo, muitas vezes fanatismo e um alto grau de incompreensão ou primitividade, a Umbanda perdeu grande parte de seu lado mais forte que é o de decodificadora! Temos que admitir que Kardec fez um grande trabalho ao tentar decodificar a espiritualidade, pois, assim como Matta e Silva, captou que tudo no universo tem uma ordem, mas, mesmo acessando conceitos hindus e budistas, ficou amarrado no lado preconceituoso, exclusivista e limitador do cristianismo. Por isso considero que o trabalho de Matta e Silva, profundamente invejado por certos autores ficcionista foi uma grande sacada, ao imprimir cabala, astrologia e elaborar muito bem com africanismo, pajelança e magia! Salva Matta e Silva.

Um outro grande erro da Umbanda foi ignorar ou totalmente excluir a importancia dos anjos, arcanjos e do Deus Supremo. Na verdade Matta e Silva em sua grande sabedoria imprimiu o nome dos arcanjos, captando bem a grande importancia desses seres poderosos. O erro foi coloca-los a serviço dos orixás e não os orixás atuando nas vibrações deles! Orixás na verdade atuam na faixa vibratoria ancestral da humanidade, já os anjos, são seres celestiais, cosmicos e atuam na faixa da divindade mais elevada, por isso os considero mais poderosos e comandantes dos raios, como bem enxergou Blavaski e outros esotericos da Fraternidade Branca.

A História, mais especificamente a historiografia das religiões Afro-brasileiras, afirma que as mesmas surgiram da maior ou menor influência que tiveram do encontro ou interação de três matrizes: o catolicismo europeu (com um sistema de culto popular e com rico imaginário de seus fiéis); as religiões de povos indígenas brasileiros (sincretismo endógeno) e, finalmente, das religiões de povos africanos, também sincretizados, ainda em África. Mas, sabemos bem que a Ancestralidade e mediunidade são bem mais antigos, não dependem exclusivamente da cultura de qualquer continente. 

Na verdade a Macumba é um dos códigos da Umbanda, do Candomblé e dos demais cultos afro-brasileiros ou amerindios. A Macumba foi na verdade, junto com a incorporação a primeira manifestação desses cultos. Só que muita gente movida pelos desejos pessoais, pela ganancia ou pela desinformação nem notou que grande parte do conhecimento verdadeiro ou importante foi distorcido, incorporado a outros seguimentos, muitos deles mentirosos, e que muito da macumba que conhecemos hoje não passa de superstição. 
A Umbanda, a incorporação, os ritos, a tradição oral, cantos, danças,   caracterização de entidades e outras práticas na verdade são códigos. E o verdadeiro mago de Umbanda sabe bem seguir e destinguir os códigos que são realmente importantes, ao contrário dos tolos e mentirosos. e os oraculos como o maravilhoso Orumilá Ifá, Buzios,  Tarô e a belissima Astrologia, entre outros, são ferramentas importantissimas pra ajudar-nos a compreender mais facilmente esses códigos fantásticos.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarólogo e Pesquisador
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