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Os Orixás regentes de 2025

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domingo, 6 de fevereiro de 2022

Saiba como é um terreiro e o que acontece no ritual

O terreiro é o local sagrado dos umbandistas, onde acontecem o culto aos orixás e as "giras", sessões em que os médiuns incorporam espíritos e atendem o público. Um terreiro típico tem uma "equipe" de 20 pessoas e costuma receber 100 fiéis em noite de rito, que dura de 2 a 4 horas. É um ambiente simples, sem ostentação (principalmente quando comparado a uma igreja católica ou um templo evangélico). Tudo é muito branco, iluminado e limpo. Aliás, precisa ser, para favorecer o fluxo de energia espiritual.

Toda noite de rito é precedida de um dia de muito trabalho para os sacerdotes e auxiliares. Eles têm de chegar horas antes, vestir o traje cerimonial (quase sempre branco), preparar oferendas, purificar tudo e todos com defumador. Antes, depois e principalmente durante as giras é preciso ter sob controle o estoque de velas, flores, ervas, charutos, cachimbos, doces, chás e bebidas alcoólicas, itens usados para receber as entidades.

A umbanda é uma organização descentralizada, ou seja, cada terreiro é independente para ditar suas próprias regras. Dependendo da casa, o ritual pode ser mais católico, mais espírita, mais indígena ou mais do candomblé. O altar pode ter figuras de santos, orixás, entidades ou não ter imagem alguma. Álcool, fumo e percussão, fundamental para muitos terreiros, são proibidos por outros. E é tudo umbanda, "a religião brasileira", variada como seu país.

PORTEIRA
A entrada do templo. Quem entra é defumado e descalço, para permitir a troca de energia com o chão
COMÉRCIO
Muitos templos têm lojinhas com livros de umbanda, velas e essências, além de lanches para antes e depois do ritual
BASTIDORES
Alguns santuários possuem anexos onde o pessoal de terreiro troca de roupa e se prepara espiritualmente antes dos rituais. Em terreiros onde ocorre mais de uma gira por noite, esse anexo serve como um local de descanso onde os médiuns literalmente recarregam as energias
CONGÁ
O espaço sagrado do terreiro, onde o rito acontece (mais detalhes na página ao lado). Geralmente um salão retangular de paredes brancas. Na frente ficam médiuns e auxiliares, e atrás, o público. Na hora da incorporação, a plateia vai até os médiuns para se consultar. Em alguns locais, o piso é de chão batido ou areia
QUINTAL
Nos arredores do congá geralmente há altares individuais com imagens das entidades incorporadas. Alguns terreiros também possuem horta própria, onde são colhidas ervas usadas na defumação do templo, nas oferendas sagradas e durante o ritual.

MESTRE
O pai ou mãe-de-santo é o médium principal, que comanda a ordem dos eventos e se dirige diretamente ao público. Abre e encerra o culto falando como ele mesmo, mas, durante a incorporação, assume a personalidade, a voz, os trejeitos e os acessórios da entidade que baixou nele
MÉDIUNS
Ficam na linha de frente, para atender os fiéis. Geralmente, os homens ficam à direita do mestre, e as mulheres, à esquerda. Em algumas casas, essa divisão também é feita no público. Tudo para equilibrar as energias
OGÃS
Os percussionistas que dão ritmo ao ritual, transmitindo vibrações com seus atabaques. Um cantor próximo a eles é quem puxa cada um dos "pontos cantados", em seguida entoados por todo o terreiro
CAMBONES
Coordenam o atendimento ao público e auxiliam os médiuns, fornecendo os itens necessários (charutos, bancos, colares) quando eles incorporam as entidades
CONSULTA
Você conta seu problema, e a entidade incorporada passa "o preceito", a prescrição que deve ser cumprida, muitas vezes envolvendo oferendas. Dependendo, o médium "faz o passe", ou seja, anula as suas vibrações negativas
CONSULENTES
Quem chega cedo senta, o resto precisa aguardar na fila a hora de ser atendido.

Esse esquema, é visto nos terreiros, que trabalham como comunidade, onde se associam muitos membros, médiuns e é o sistema tradicional. No entanto, nos conceitos modernos, podemos ser umbandistas, individuais, trabalhar em nossa casa, com toda força e axé, da mesma forma, desenvolver um grande trabalho espiritual. É por isso que a Umbanda Astrológica, faz cada vez mais sucesso, pois, muita gente, que vai se adentrando no mundo da espiritualidade e entra em contato com a Umbanda, descobre, que incorporar espíritos, ou agir como nos terreiros tradicionais, não é uma imposição, ou regra. O que se busca é conhecimento e outras formas de conhecimento.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador/Mestre de Umbanda Astrológica
 
 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Magia na Umbanda

Os Símbolos Sagrados de Umbanda (Lei de Pemba) não são meros sinais gráficos materiais. Na verdade, eles reproduzem as estruturas esquemáticas dos Campos de Forças do Mundo Astral e, assim, refletem o fluxo e a atuação das Forças Sutis Astrais sobre as Forças Elementares Cósmicas, Planetárias e Terrestres. 
 
Desta forma, com os Símbolos Sagrados de Umbanda, podemos invocar, fixar e/ou irradiar a Força Astral (Axé) de uma Entidade Espiritual em determinados Pontos Riscados que, ritualisticamente fixados em suportes materiais bem preparados, passam a se constituir em Meio de Comunicação entre a Entidade Espiritual e seus devotos, tal e qual acontece com um Médium, um Congá ou um Assentamento. 
 
É dentro dessas condições que os Símbolos Sagrados de Umbanda têm larga aplicação na Magia Talismânica, mormente no preparo e consagração de Guias, Sinetes e outros Talismãs. O Ser Humano é, por excelência, o Ponto de Junção entre o Plano Espiritual e o Plano Material porque suas funções cerebrais transmitem a percepção do Mundo Físico, captadas por seus cinco sentidos básicos, à sua Consciência Individual, a qual tem o poder de aperceber-se, para além dos reflexos instintivos, daqueles substratos astrais contidos nesses contatos, gerando a percepção extra-sensorial. Por isso mesmo, a Matemática Pitagórica relacionou o Ser Humano à Entidade Matemática Cinco (número 5) , justamente pela existência dos cinco sentidos humanos : visão, audição, tato, olfato e gosto. Daí decorre o fato da Geometria Esotérica relacioná-lo com o Polígono Piramidal por este objeto ter cinco (5) superfícies: quatro verticais inclinadas e uma base horizontal plana. 
 
A Magia Talismânica Heleno-Semita simboliza-o pelo Pentagrama, a famosa Estrela de Cinco Pontas, por assim melhor poder expressá-lo em sua Dupla Polaridade : Positiva - Uma só de suas pontas apontando para cima; Negativa - Uma só de suas pontas apontando para baixo. ] O Pentagrama em posição positiva é o símbolo do Ser Humano harmônico e evolutivo, com seus desejos e instintos submetidos à sua consciência; o Pentagrama em posição negativa é o símbolo do Ser Humano desajustado e regressivo em conflito consigo mesmo, cuja consciência está subjugada aos seus instintos. 
 
O pentagrama apresenta-se nas duas posições antagônicas, positiva e negativa, conforme se veja seu verso ou seu anverso : Os nomes de Adam e Eve, personagens míticos semitas, contrapõem-se aos nomes de Samael e Lilith, o Arcanjo do Sol e a Potestade da Lua Negra; Uma figura humana contrapõem-se à figura do Bode Expiatório. No círculo exterior, apresentam-se letras do alfabeto hebraico, as quais têm relações específicas com a Kabalah e que podem ter caráter defensivo ou retaliatório. Assim, a Estrela de Cinco Pontas é um símbolo talismânico universal da Raça Humana e tem-se notícias de seu uso no Tantrismo (Índia e Tibet), na Cabala (Judéia), no Pitagorismo (Grécia), na Magia (Europa Medieval), na Teosofia (nas modernas Europa e Américas). 
 
Então, também nós o utilizamos no Esoterismo da Umbanda. Pois, sendo o Ponto de Junção por excelência entre o Material e o Imaterial, qualquer Ser Humano na condição de “médium” precisa e depende de manter atuante, equilibrada e benéfica a sua condição de “receptor de percepções extra-sensoriais” procurando sempre repor as energias bio-elétricas que seu corpo físico dispende na prática de cultos esotéricos, caritativos ou não. Para isso, ele precisa estar em sintonia harmônica com a Vibração Sutil que emana de seu Orixá Regente Planetário, cuja Força Sutil dinamizava os Astros Celestes que regiam a Natureza no momento em que aquele Ser Humano sorveu o primeiro Hausto de Vida em seus pulmões, ou seja, no momento de seu nascimento. 
 
Precisa, também, saber conjugar eficientemente esta Vibração de seu Orixá Regente Planetário com a Vibração de seu Orixá de Cabeça, ou seja, aquele a quem, por escolha própria antes de sua atual reencarnação, seu Espírito imortal (Ori Orun = Cabeça no Além), ajoelhado perante Olorum (Deus), decidiu ou precisou dedicar sua futura “Cabeça na Terra” (Ori Aiye = intelecto ou personalidade). Como vimos, o Orixá Regente Planetário é determinado pela data de nascimento e a ele estão ligados seu Arcanjo e Anjo de Guarda; mas, seu Orixá de Cabeça”, a quem estão ligados seu “Santo” e seu “Eshu Guardião”, só pode ser determinado por um Babalaô, através de um Jogo Divinatório como o Tabuleiro de Ifá, o Colar de Ifá ou, como último recurso, os Búzios. Para esta determinação, não há outra alternativa ou escapatória. 
 
 A Magia Talismânica de Umbanda tem seus próprios símbolos sagrados para representar aos seus Ôrixás, Guias e Protetores, aos Planetas e Signos Zodiacais, às Forças Elementares da Natureza, à Numeralogia e Grafia Sagrada com que cria e grafa Nomes Próprios e/ou Iniciáticos, bem como pode representar os Vórtices e Canais de Energias Sutis que percorrem o organismo intra e supra corpóreo do Ser Humano, caminhos de energias estes que são, também, controlados pelo Imolé Eshu Bara, o Senhor Guardião do Corpo e dos Caminhos do Destino de cada um de nós, os quais ele abre ou fecha conforme os méritos e os deméritos de nossas ações conscientemente perpetradas. 
 
 Com o conjunto desses Símbolos e com sua Grafia Sagrada, à qual os Umbandistas denominam por Lei de Pemba, a Umbanda não precisa recorrer à simbologias de origem egípcia, tântrica, hebraica, grega ou latina para compor seus Sinetes ou Talismãs. O material em que devem ser confecionados é aquele referido como o metal característico do Signo Zodiacal. Sobre um dos seus lados, cada Sinete Astral tem gravado os Símbolos Umbandistas relativos ao Signo Zodiacal, o Planeta Regente, o Orixá de Nascimento, a Força Sutil do Elemento da Natureza, o símbolo do Vórtice Astral captador de energias sutis de seu organisno extra-corpóreo e o símbolo astral sintético da Entidade Espiritual Guardiã de seu corpo físico e astral, ou seja, seu Imole Eshu Bara. 
 
Cada um desses Sinetes Astrais é, pois, comum a todas pessoas nascidas sob esse mesmo Signo Astral e por todas elas podem ser utilizados, é evidente que para grafá-los magisticamente é necessário ter-se sido iniciado na Lei de Pemba de Umbanda, a Grafia Sagrada dos Orixás. Com muito mais razão, a Individualização, a Graduação Astral, o Nome Iniciático e demais possibilidades de defesa e/ou retaliação inerentes à Simbologia Astral de um Sinete Talismânico de Umbanda, só devem ter confiada sua elaboração a um verdadeiro Babalaô da Corrente Astral do AumBhanDan, ou seja, a um militante graduado da Umbanda Esotérica.
 
 
 
 
 Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador. 15/02/2009

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Os ritos de passagem

Os Ritos de Passagem, nas suas várias modalidades, formas e funções, não se encontram apenas nas etapas cronológicas da vida, nascimento, infância, puberdade, maturidade, velhice e morte, mas nos ritos de crises existenciais, e em outras facetas do cotidiano. Através dos ritos são marcados os estados da alma. Ajudam a celebrar bons momentos e atravessar os maus, as alegrias e as agonias.
 Para Gennep, os Ritos de Passagem compreendem uma sucessão de etapas, o que não significa que estas sejam estáticas ou imutáveis. Pelo contrário, são dinâmicas e recriadas. O simples fato de perceber que o indivíduo modificou-se traz atrás de si a passagem por diferentes etapas da vida e a travessia de diversas fronteiras.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Para ter boas energias em 2012, se prepare na virada do ano


Muitas pessoas, muito mais do que se pensa ou que elas revelem se interessa e muito com rituais, mandingas, simpatias e ficam doidas pra saber tanto previsões para o novo ano, quanto pesquisas sobre o que fazer na virada do ano! Se não fará bem fazer rituais, garanto que mal também não faz, a não ser que desvairadamente, prestem-se a trabalhos escusos noturnos e de magia negra pra fazer mal aos outros ou a sua propria alma. Mas, no que se refere a buscar boas energias nas cores, nos rituais, nas orações e na arrumação do ambiente onde se pretente passar a noite da virada é muito mais positivo do que simplesmente ignorar tudo, apegando-se apenas ao materialismo cruel.

Bem, sempre nesse periodo recebo muitas perguntas, em especial sobre dicas, mas, também questionam sobre coisas que viram na TV, divulgadas por "especialistas" e apesar de minha ética aconselhar-me a não comentar, a insistência de meus leitores é tão grande que só me resta como pesquisador responder aos que entram em contato, como aqueles que não tem coragem de perguntar mas também querem saber! Algumas perguntas que chegaram ao Climazen nesses dias finais de 2011 foi sobre mantras gerados pela numerologia. A meu vêr, mantras só tem valor se for gerado com uma fonte sagrada, um alfabeto magistico como o Sanscrito, o Devaganari ou se for através da numerologia com o alfabeto latino que seja no minimo coerente. 

Em primeiro lugar a numerologia baseada no número do ano já não tem lá muita sustentação, pois, como já disse aqui não temos um unico calendário e nem sabemos na verdade em que ano real estamos hoje. Outra coisa é que somar as letras pra montar uma frase e depois querer chamar de mantra é uma coisa no minimo sem sentido. Isso por que milhões de configurações com palavras variadas pode  coincidir a mesma soma, sincronizada as chamdas "salas" reveladas pelos números. Além do mais magia, essa essa babozeira de indução por pensamento positivo, ou tentar inutilmente acessar os códigos do inconciente com frases imbecís, será impossivel.

Uma leitora do blog me disse de um numerologo que trabalha com esse estilo e perguntou-me o que eu achava. Bem no minimo considero uma patacoada, talvez ele pratique a númerologo alienigena que só a mente dele conhece. Disse-me ela que ele afirma o tempo todo que pode comprovar, que tem mais de trinta anos de trabalho e que já mudou até nome de carro e empresas. Bem o Inri Cristo também diz ter certeza que é o Salvador, igrejas são montadas todo dia em cada esquina onde os  demagogos de seus líderes afirma que fazem milagres á toda hora e nem por isso ninguem é obrigado a levar isso como verdade imutavel. Se a numerologia usada sadicamente dessa forma serve pra mudar nomes de carros, esta´explicado o por que dos carros brasileiros terem nomes tão feios! Além do mais, os carros e empresas  de sucesso, independem dos nomes.  O Bil Gates seria rico, mesmo se se chamasse "Bil Cates" pois ele enricou com o talento e criatividade  e não com o nome!

Mantras e palavras realmente tem poder como diziam os celtas, mas, se dizer "cientista" e criar mantras absurdos como "me dá um sapo doido" ou "tiro certo governador" e dizer que isso gera energia capaz de "mexer" com o universo, é no minimo sandice!

Os budistas, hinduistas ou outros mestres que criam mantras nos templos, não criam de forma alusiva ou com frasezinhas inventadas, mas, tem uma raiz nos alfabetos sagrados e conceitos amplamente espiritualistas.  Bem mas deixando essas pirotecnias de lado, respondo a perguntas que segue sobre cor, vibração e possivel rito a fazer!

Bem, essa história de dizer que é o ano das mulheres só por que o numero do ano tem dois (2) e apeas um (1), não faz sentido, pois o que vale é a soma total que gera o 5. Mas, astrologicamente realmente teremos um favorecimento das mulheres pela vibração da Lua. A cor do ano no entanto é o azul e não o laranja só por que o 5 tem ligação com a casa 5 astrologica, nada tem haver com as cores do sol, nem precisa colocar mesa com objetos de ouro e farturas pra ter sorte em 2012. Agora como a Lua tá ligada a alimento, sendo ela regente do ano, uma boa ceia na virada pode sim trazer bençãos.

Assim a cor da sorte do ano é o azul, mas, a cor pessoal de cada pessoa pode ser outra que não azul. Mas, de qualquer forma entrar o ano com uma calcinha azul marinho servirá pra quem quer casar no proximo ano, já para quem quer só sexo a calcinha tem que ser prata ou cinza, o mesmo servido no que se refere a cuecas para os homens.

Rezar o Salmo do anjo que rege o ano, ascender um incenso com a essência lunar e ouvir uma boa musica, também trazem boa vibração, mas, o importante é tá de bom humor, bem acompanhado e abusar das frutas frescas, em especial romãs e se possivel tomar um banho de jasmim no dia 31.

E mais uma coisa, o orixá regente do ano é Iemanjá e não Oxum ou Oxaguiã e o arcanjo é Gabriel.

Veja as previsõs para 2012:

Ano 2012 e as energias cosmicas vibrando e regendo sobre todos nós!



sábado, 30 de julho de 2011

A macumba é mais um dos códigos de Umbanda


No passado o culto ou cultos oriundos da interação das três matrizes sofreram perseguições, principalmente pelo Santo Ofício da Inquisição, acusados de “bruxaria”. Ao contrário das religiões do livro (possuem livros sagrados) – Bíblia, Torá e Corão, as religiões Afro-brasileiras tem seu conhecimento calcado na tradição oral, sendo também preconceituadas por este motivo. E eu concordo que esse é o ponto fraco das religiões afro-brasileiras. Apesar de muitos defenderem a importância da Tradição Oral pra Umbanda, pra mim, foi justamente por essa porta, onde adentraram as enganações, as superstições e onde se macularam todo conhecimento verdadeiro. Por que deixa-se margem pra cada um fazer o que bem entende, dizer o que lhe vem a cabeça, como também não fornece-nos um código seguro pra acessarmos quando precisamos tirar uma dúvida, assim como acontece com o cristianimos que recorre a Biblia quando o cristão tem duvidas, ou no judaismo onde se consulta a Torah, no Islamismo se consulta o Alcorão e em outras religiões, até mesmo na bruxaria mundo à fora!

Na verdade se não fosse o valioso trabalho de antropologos, historiadores e mestres como o Senhor Da Matta, a Umbanda poderia até ter sumido do mapa, como varias outras religões antigas. Nos séculos mais próximos dos dias de hoje houve preconceitos e violências várias cometidas contra as religiões Afro-brasileiras, como invasão de terreiros e a prisão de seus membros acusados de praticar curandeirismo, charlatanismo, entre outros. Atualmente há também a intolerância das religiões neopentecostais (declarada) e de outras religiões (tácitas), que invadem e depredam terreiros.

Todo esse problema enfrentado pelos adeptos de cultos afro-brasileiros, tem por um lado a malignidade de muitos que se incomodam com a busca espiritual dos outros, sendo assim ferramentas do Diabo, tentando atrapalhar a busca de cada um, tanto por intolerância, quanto por ignorancia e maldade. Mas, por outro lado há também culpa por parte de muitos dos perseguidos, por que grande parte usou mal os conhecimentos, inseriu absurdamente a supertição, magia negra e manipulação que assusta muita gente até hoje. Isso sem falar nos charlatões, nos mentirosos que usam a fé pra roubar o tempo e o dinheiro dos outros, como també enormes distorções que implementaram ao longo do tempo. De um lado por falta de conhecimento e por outro por maldade e ambição pra vender aquilo que não são donos.

As religiões Afro-brasileiras se baseiam na tradição oral, no transe mediúnico ou de possessão, culto aos Orixás (Voduns, Inkices); culto aos Ancestrais Ilustres (espíritos desencarnados - denominados de eguns no Candomblé e espíritos protetores em outros cultos), o canto sacro, a música sacra, a dança sacra, podendo alguns cultos ter sacrifício animal e o uso de bebidas que propiciam “estado superior de consciência”. Até ai tudo bem! No entanto o que nos chama atenção é a limitação, ou seja, não temos como comprovar que o que uma entidade diz a um medium seja mesmo verdade; ou que a tradição oral tá correta, sem macula ou distorções! Enfim, temos que aceitar sim que tudo é mutavel, mas, que tudo também tem coisas predeterminadas, tem códigos e leis que são imutáveis. Na verdade o que é mutavel é o mundo físico, mas, o mundo espiritual tem hierarquia, parametros cosmicos e sabedoia. E até mesmo no mundo materia, vemos que algumas coisas não são mutaveis. Veja que o ser humano tem seu codigo genético, que o sistema solar tem seu ritimo e que há um ciclo existencial que nos revela o processo de nascimento, evolução e morte!

O verdadeiro mago é aquele que ao elervar-se em sabedoria sabe observar o tempo, obedecer a lei e flutuar entre o mutavel e o imutável com imensa maestria. Creio que a tradição oral tem sim sua importancia, mas, não pode ser colocada como regra principal. Por isso admiro muito o trabalho dedicado de Mestre Mata e Silva em tentar decodificar a Umbanda, tornando-a mais esoterica, mais convergente e mais organizada.

Pela riqueza de detalhes doutrinários e ritualísticos somados com a imensa diversidade, os cultos nem sempre foram bem compreendidos pelos forâneos, que estão eivados de preconceitos firmados em seus pontos de vistas, sem nenhuma isenção. Mas, não devemos culpá-los tanto, pois, a propria Umbanda e os demais cultos tem muita culpa disso, por que nunca se fizeram compreender como deveria. Felizmente, a sociologia e a antropologia de hoje afirmam que não há religiões superiores ou inferiores, certas ou erradas, de deus ou do demônio, pois quem assim julga, o faz de forma preconceituosa, principalmente por ser adepto de outras religiões, que não as Afro-brasileiras. No entanto, temos que aceitar os fatos que também mostram que se há algumas religiões que resistem ao tempo, outras decaem, deixam de existir, perde grande parte de sua importancia ou simplesmente se transformam, enquanto outras surgem, ou se fortalecem. Por isso sabemos bem que se o homem tem o poder de escolher, por outro lado há a necessidade de ajustes, ou seja, temos que seguir aquilo que mais nossa alma se adapta e se sente bem. Só que essa escolha tem que ser sábia, não manipulada ou carregada de uma fé cega.

Afirmamos que a macumba era a Umbanda, a sua primeira manifestação ou pelo menos assim foi entendida. Com isso estamos dizendo que ela deu formação as várias religiões afro-brasileiras ou também as várias Escolas, não como algo instituído, mas sua manifestação. Podemos concluir que a maioria das religiões afro-brasileiras ou Umbanda deve sua formação a maior proximidade com as religiões indígenas em conjunção com alguns grupos africanos (Angola, Congo, Cabinda). Entre esses cultos citamos a Pajelança, o Catimbó, a Umbanda Traçada, o Candomblé de Caboclo (Angola), entre muitos outros.

O riquíssimo panteão das religiões afro-brasileiras com seus Pais Divinos (Orixás) e Pais Ancestrais (entidades espirituais) e toda gama de entidades que pululam no imaginário, no simbolismo de seus prosélitos tem como concretizador aquele que é patrono do movimento, dos limites, dos caminhos, das trocas simbólicas – Exu, Sr. do Mercado das Tradições afro—brasileiras, entidade presente em todas as religiões afro-brasileiras. Outros cultos como o Tambor de Mina, o Xangô Pernambucano, o Batuque Gaucho e outros, receberam fortes influências de grupos Jejes e Nagôs.

As religiões afro-brasileiras estão em contínua mudança, transitando da primeira interação (assimétrica), no século XVI ao fenômeno da convergência (iniciado no final do século XX, sem data para o término). No entanto essa mudança não pode se dar calcada no modismo, no sectarismo, nas alucinações de sensacionalistas ou na mentira. Na verdade não podemos confundir reajuste com mudanças bruscas. O que deve ocorrer na verdade são adaptações para uma melhor compreensão, para uma melhor fluidez e aceitação. Vamos repelindo o que é simples superstição, vamos excluindo o que é apenas engodo e vamos incorporando o que traz conhecimento com evolução. Assim como fez o grande Mestre Matta e Silva, Rivas Neto e Itaoman. Mas, sem ficarmos reféns da tradição oral e sim estudando e nos aprofundando nos códigos sagrados do divinismo, pois, não tenham duvida, existe sim um!

O motivo das partes (matrizes) não representar o todo (as religiões afro-brasileiras)deve-se as mesmas não manterem sua identidade quando estão separadas de sua função e lugar no todo. Pelo texto concluímos que as religiões afro-brasileiras têm maior adesão a matriz ameríndia e a matriz africana. As religiões afro-brasileiras respeitam e conciliam os fundamentos cristãos (Kardecismo e Catolicismo) e os não cristãos (cultos africanos e indígenas), talvez por não serem maniqueístas. Só que essa adesão apenas com esses cultos, que carregam em si grande sectarismo, muitas vezes fanatismo e um alto grau de incompreensão ou primitividade, a Umbanda perdeu grande parte de seu lado mais forte que é o de decodificadora! Temos que admitir que Kardec fez um grande trabalho ao tentar decodificar a espiritualidade, pois, assim como Matta e Silva, captou que tudo no universo tem uma ordem, mas, mesmo acessando conceitos hindus e budistas, ficou amarrado no lado preconceituoso, exclusivista e limitador do cristianismo. Por isso considero que o trabalho de Matta e Silva, profundamente invejado por certos autores ficcionista foi uma grande sacada, ao imprimir cabala, astrologia e elaborar muito bem com africanismo, pajelança e magia! Salva Matta e Silva.

Um outro grande erro da Umbanda foi ignorar ou totalmente excluir a importancia dos anjos, arcanjos e do Deus Supremo. Na verdade Matta e Silva em sua grande sabedoria imprimiu o nome dos arcanjos, captando bem a grande importancia desses seres poderosos. O erro foi coloca-los a serviço dos orixás e não os orixás atuando nas vibrações deles! Orixás na verdade atuam na faixa vibratoria ancestral da humanidade, já os anjos, são seres celestiais, cosmicos e atuam na faixa da divindade mais elevada, por isso os considero mais poderosos e comandantes dos raios, como bem enxergou Blavaski e outros esotericos da Fraternidade Branca.

A História, mais especificamente a historiografia das religiões Afro-brasileiras, afirma que as mesmas surgiram da maior ou menor influência que tiveram do encontro ou interação de três matrizes: o catolicismo europeu (com um sistema de culto popular e com rico imaginário de seus fiéis); as religiões de povos indígenas brasileiros (sincretismo endógeno) e, finalmente, das religiões de povos africanos, também sincretizados, ainda em África. Mas, sabemos bem que a Ancestralidade e mediunidade são bem mais antigos, não dependem exclusivamente da cultura de qualquer continente. 

Na verdade a Macumba é um dos códigos da Umbanda, do Candomblé e dos demais cultos afro-brasileiros ou amerindios. A Macumba foi na verdade, junto com a incorporação a primeira manifestação desses cultos. Só que muita gente movida pelos desejos pessoais, pela ganancia ou pela desinformação nem notou que grande parte do conhecimento verdadeiro ou importante foi distorcido, incorporado a outros seguimentos, muitos deles mentirosos, e que muito da macumba que conhecemos hoje não passa de superstição. 
A Umbanda, a incorporação, os ritos, a tradição oral, cantos, danças,   caracterização de entidades e outras práticas na verdade são códigos. E o verdadeiro mago de Umbanda sabe bem seguir e destinguir os códigos que são realmente importantes, ao contrário dos tolos e mentirosos. e os oraculos como o maravilhoso Orumilá Ifá, Buzios,  Tarô e a belissima Astrologia, entre outros, são ferramentas importantissimas pra ajudar-nos a compreender mais facilmente esses códigos fantásticos.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarólogo e Pesquisador

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sem ritual não há magia!


A Magia cerimonial é absolutamente idêntica a nossa ciência oficial. Nosso poder é quase nulo comparado ao do vapor, ao da eletricidade, da dinamite; no entanto, por combinações adequadas, por forças naturais de igual poder, armazenamos essas potências, constrangemo-las a transportar ou estraçalhar massas que nos aniquilariam, a reduzir a alguns minutos de tempo distâncias que levaríamos vários anos a percorrer, enfim, a prestar mil serviços. A Magia cerimonial é uma operação pela qual o homem procura obrigar, pelo próprio jogo das forças naturais, as potências invisíveis, de diversas ordens (sim, porque na Umbanda toda operação mágica esta implicitamente ligada a potências espirituais ou a seres espirituais de várias categorias), e agir de acordo com o que pretende  obter das mesmas.

Então fixemos a nossa regra: para toda operação mágica, é necessário que haja ritual, é necessário que haja elementos materiais de ligação, fixação e projeção... em coordenação com vontade, pensamento e fluido-magnético. E por assim dizer, projetando, por efeito das correspondências que a Unidade de Criação deixa imaginar, forças de que ele mesmo não é senhor, mas as quais podem abrir sendas extraordinárias. Daí esses símbolos mágicos, essas substâncias especiais, essas condições rigorosas de tempo e de lugar que se torna precioso observar sob pena de correr graves perigos, pois se houver alguma falha, ainda que ínfima, no modo de dirigir a experiência, o audacioso estará exposto à ação de potencias em comparação com as quais não passa de um grão de areia. A Magia cerimonial é absolutamente idêntica a nossa ciência oficial. Nosso poder é quase nulo comparado ao do vapor, ao da eletricidade, da dinamite; no entanto, por combinações adequadas, por forças naturais de igual poder, armazenamos essas potências, constrangemo-las a transportar ou estraçalhar massas que nos aniquilariam, a reduzir a alguns minutos de tempo distâncias que levaríamos vários anos a percorrer, enfim, a prestar mil serviços.

Não há magia ou força mágica em ação, sem Ritual. Magia foi e é a ciência-mãe. Dela extraíram todas as ciências subseqüentes, ou melhor, ela foi a base, o ponto de partida. Na Magia foram buscar os mantras, as orações cabalísticas de defesa e mesmo de ataque aos maus gênios, aos espíritos satânicos, também as formulas de prece etc., para doutrinar os espíritos dos mortos perturbados e perturbadores; e ainda as rezas misteriosas que ainda hoje em dia existem e são empregadas pelos  curandeiros, rezadores, benzedeiras etc., aliadas à terapêutica ou ao uso de ervas (Moisés) na cura de mordidas de cobra, bicheiras, enfim, a uma série de males do corpo humano (como o chamado “ventre-virado ou emborcado” que a medicina denomina gastrenterite aguda e geralmente não cura, pois esses males tem um prazo de 9 dias de ataque agudo, findo os quais é fatal, se não rezar, assim como as doenças chamadas de “sete-couros, fogo-selvagem” etc.), bem como as que partem do corpo astral: quebranto ou mau-olhado, encosto etc. Enfim – tudo veio da Magia e é magia. Só que egocêntricos, excêntricos, sensacionalistas e insanos, confundem buscar a magia para elevação, com buscar poder para dominar! A magia deve ser sempre buscada pra crescimento e não pra arrogancia ou ambições desenfreadas.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador

domingo, 15 de maio de 2011

O QUE É UM GONGÁ?

Primitivamente era o lugar sagrado das cerimônias, o local da moradia dos orixás, onde os magos brancos praticavam os seus rituais. Atualmente tomou-se um simples altar das orações cheios de imagens e ídolos. (fugiu muito da verdadeira realidade da Urnbanda).Existiam. 10 mandamentos que deviam ser seguidos, tipo: violar as mulheres, ferir o próximo, roubar, mentir, dissimular, injuriar, desejar mal ao próximo, desejar bens alheios, não se compadecer das misérias do próximo, adorar ídolos. O Gongá tem 2 finalidades específicas: ponto de fixação para os consulentes e ponto de fixação e eliminação as operações de magia.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A magia desperta naturalmente no iniciado ou escolhido



Os antigos já sabiam que na natureza os maiores segredos se ocultavam, e maravilhosos poderes ativos estavam adormecidos, a não ser animado pela faculdade vigorosa da mente do homem, mas como, nestes últimos dias, os homens têm-se quase totalmente se voltado até ao vício e busca de luxo , para os seus entendimentos tornaram-se mais e mais depravados; sendo engolido pelos sentidos grosseiros, eles se tornam totalmente impróprios para contemplações divinas e especulações profundas na natureza, a sua faculdade intelectual sendo afogado na obscuridade e apatia, em razão da sua preguiça , intemperança, ou apetites sensuais.

Os seguidores de Pitágoras intimou em silêncio, e proibiu a ingestão da carne dos animais, o primeiro, porque eles eram cautelosos e conscientes da vaidade dos falatórios inúteis e infrutíferas atitudes: eles estudaram o poder dos números para o mais alto grau, que proibia o consumo de carne não tanto sobre a pontuação da transmigração, como para manter o corpo em um estado saudável e temperado, livre de humores brutos, por estes meios qualificaram-se para questões espirituais, e chegaram aos grandes mistérios excelentes, e continuaaram no exercício das artes de caridade, a prática de todas as virtudes morais: mas, vendo que eram pagãos, que não chegou até as luzes altas e inspirada de sabedoria e conhecimento que foram concedidos sobre os apóstolos, e outros, após a vinda de Cristo, eles mortificados em seus desejos, viveram sobriedade, castos, honestos e virtuosos.

No entanto, vamos deixar Pitágoras e seus seguidores, para da magia na Umbanda Astrológica, e do qual vamos primeiro explicar no fundamento da Magia Natural. Magia é o ato de evocar poderes e mistérios divinos e coloca-los em ação, beneficiando-nos ou aos nossos semelhantes.

Todo grande iniciado já encarna preparado em espirito, e tudo para ele é tão natural que, dispensando os procedimentos religiosos. magisticos, ocultistas ou iniciaticos existentes, dá início aos “seus” pró prios procedimentos, pois traz em si uma outorga divina e é iniciador natural das pessoas que se afinizam com ele e o adota como tal. Pois todo grande iniciado é um mensageiro Divino e traz em si atributos e atribuições divinas não encontradas nas outras pessoas, as quais beneficiam com suas revelações.

Muitas são as magias já reveladas e abertas ao plano material da vida. Há magias astrológicas. lunares, solares, elementais, espiri­tuais, telúricas, aquáticas, ígneas, eolicas, minerais etc. Ninguém sabe ao certo quem as recebeu e as iniciou no plano material. Mas grandes iniciados cujos nomes se imortalizaram na história religiosa, iniciática, esotérica e ocultista da humanidade, com certeza foram os responsavcis por elas e foram os seus doadores.

Só ativa ou desativa magias quem já ti ver sido iniciado magisticamente, porque as divindades só reconhecem como aptos para este mistério quem cumpriu as etapas iniciáticas estabelecidas por seu iniciador.

- Magia é o ato de ativar ou desativar mistérios de Deus.. - Magia é a ‘‘manipulação’’ metital, energét ica, elemental e na­tural de mistérios e poderes Divinos. - Macia é o ato de a partir de um ritual evocatório especifico ativar energias e mistérios que só assim são colocados em ação. - Nagia é um procedimento paralelo aos religiosos ou mesmo parte deles.

O verdadeiro iniciado, sabe que ele não é dono dos poderes mediunicos, ele é apenas um instrumento em serviço do astral e da sua propria evolução. Por isso o verdadeiro mago, diferentemente do bruxo insensato, não evoca, não invoca e não tenta usar os espiritos pra conquistar seus propositos mesquinhos.

Carlinhos Lima - Atrológo, Tarologo e Mago de Umbanda Astrológica

sábado, 16 de outubro de 2010

Iniciação: Caída de kelê


Finalizando o ritual de Apanã este ritual com outro rito chamado Kàrô (juramento feito diante do obi e uma quartinha). Porém a Iaô ainda não terminou as obrigações terá ainda que cumprir um resguardo normalmente de três meses e continuar usando o kelê (uma gargantilha de contas) que foi colocada em seu pescoço no início da feitura de santo. Durante esses três meses o Iaô continuará dormindo numa esteira, usará roupas brancas e seguir uma série de restrições denominada de ewo. Terminado o período de quelê, é feita a retirada do mesmo e outra festa é feita para comemorar a comumente chamada "caída de quelê".
É o período mais difícil para o Iaô que precisa voltar a trabalhar, muitos se iniciam no período de férias do trabalho e quando termina as férias precisam voltar para um ambiente onde sem dúvida será notado por todos, discriminado por alguns e terá que se manter calado, terá muitos problemas na hora das refeições, pois está proibido de entrar em bares e restaurantes, terá que levar uma marmita e aceitar os olhares de curiosidade.
Algumas casas atualmente por esse motivo têm feito alguns acordos com os Orixás para que o Iaô que precisa trabalhar já saia da roça sem o kelê, mas terá que cumprir todos os itens do resguardo nos mínimos detalhes. Nesse caso não precisará usar somente branco, poderá usar roupas de cores bem claras como azul, rosa, beje, cinza, tudo para não chamar muito a atenção. Existem casos de firmas que o uniforme é preto, marrom, azul marinho, nesses casos o Orixá permite, não vai querer que seu filho perca o emprego.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ritual do Panã. Iniciação

O iaô ainda desorientado devido ao longo período de transe e clausura, com os movimentos ainda trôpegos, recebe orientação do seu Babalorixa ou Yalorixa para executar as tarefas que serão usadas em seu dia a dia, tais como varrer, costurar, lavar, passar, sentar-se à mesa, cozinhar, etc. Numa dramatização muito divertida onde todos da comunidade tem um grande prazer de participar, rindo e até mesmo ajudando o novo iniciado. O ritual de apanã tem a finalidade de fazer com que o noviço reaprenda as atividades do mundo profano e cotidiano, para que nada lhe seja prejudicial no futuro e também entenda que já é hora de voltar à sua vida normal, apesar de aproveitar mais um pequeno período do seu mundo sobrenatural, estabelecendo neste momento o ewo temporário ou permanente, que o noviço terá a responsabilidade de obedecer, finalizando este ritual com outro rito chamado Kàrô (juramento feito diante do obi e uma quartinha).

Seguimento da iniciação chamado Urupim.

No mesmo dia ou não, dependendo do costume da casa, as luzes elétricas são desligadas, e inúmeras velas são acesas, ouve-se um cântico tristonho como nos rituais fúnebres axexê, o Iaô cercado dos mais velhos, Iyaefun, Iyadagan, iyamorô, Iyabassê Iyakekerê e puxada pelo Babalorixá ou Iyalorixá é trazido do peji ao ile axé com um alguidá ou balaio coberto com pano branco e ornado com flores brancas e mariwô, contendo inumeros objetos, comida ritual e o cabelo rapado no inicio da obrigação. Este ritual é denominado pelo povo do santo de carrego de urupim e pode ser assistido por alguns membros da comunidade, mas não chega a ser uma festa pública, fechando um ciclo do rito de passagem de abiã "não nascido" para iaô "noviço ou recém nascido".
Passada a festa o Iaô ficará mais uns dias na roça dependendo do jogo de búzios e a confirmação no merindilogun, depois será levado para sua casa pela Iyalorixá que a entregará a sua família.
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