Entre os anos 2000 e 2013, 26 asteroides colidiram com a Terra
De acordo com a Fundação B612, a Terra é atingida por um
asteroide grande o bastante para destruir uma cidade a cada 100 anos
(Thinkstock)
Impactos de asteroides na Terra são mais frequentes do que
pensamos. Entre os anos 2000 e 2013, 26 deles causaram explosões em
escala nuclear na atmosfera terrestre. Para efeito de comparação, alguns
foram até mais fortes do que a bomba que atingiu a cidade japonesa de
Hiroshima, em 1945, com energia equivalente a 16 mil toneladas de
explosivos.
Na maior parte das vezes, esses impactos ocorrem em partes mais elevadas da atmosfera, não causando nenhum dano. E, quando chegam à superfície, muitos acabam caindo em oceanos ou regiões desabitadas e não são percebidos por nós. Um exemplo que fugiu a essa regra foi o meteorito que caiu na Rússia, em 2013.
Na maior parte das vezes, esses impactos ocorrem em partes mais elevadas da atmosfera, não causando nenhum dano. E, quando chegam à superfície, muitos acabam caindo em oceanos ou regiões desabitadas e não são percebidos por nós. Um exemplo que fugiu a essa regra foi o meteorito que caiu na Rússia, em 2013.
A Fundação B612, que pesquisa esses fenômenos, criou um vídeo que
ilustra esses impactos, com base em informações coletadas pela
Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization (CTBTO), instituição
que monitora explosões nucleares ao redor do mundo. A CTBTO conta com
uma rede de sensores que buscam identificar explosões clandestinas de
bombas caseiras, mas todas as 26 ocorrências captadas nos últimos anos
estavam relacionadas aos asteroides. A energia desses impactos variou de
1 a 600 kilotons (medida que corresponde a 1.000 toneladas de
explosivos).
De acordo com a B612, a Terra é atingida por um asteroide grande o
bastante para destruir uma cidade a cada 100 anos. "É parecido com os
terremotos. Em cidades que têm risco elevado, como Tóquio, Los Angeles e
São Francisco, eles sabem as chances de um terremoto grande acontecer
por meio da observação dos mais fracos, porque conhecem a distribuição
desses fenômenos. Assim, se você consegue medir os pequenos, você sabe
quantos grandes vão acontecer. É possível fazer o mesmo com asteroides",
disse Ed Lu, CEO da Fundação B612, à rede britânica BBC.
Dos 26 eventos registrados, apenas um deles foi detectado com
antecedência, e de apenas algumas horas. Com base nessa dificuldade, a
fundação projetou o telescópio Sentinela para melhorar a observação dos
asteroides e, assim, reduzir os riscos. Com o lançamento previsto para
2018, ele apresenta um custo de 250 milhões de dólares, que está sendo
financiado por meio de doações. O telescópio orbitaria a Terra, ajudando
a detectar também asteroides que não são vistos da Terra por estarem em
oposição à luz do Sol.
Fonte/Veja.com
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