Do versículo em questão, a Cabalá ensina que, do ponto de vista espiritual, toda humanidade funciona como as células de um organismo. Gerações podem morrer e serem substituídas por novas gerações, mas do ponto de vista espiritual, a humanidade continua intacta, pois somos uma única entidade contínua. Assim, do mesmo modo que a geração que andou pelo deserto fez um pacto com o Eterno, este pacto também foi feito conosco, enquanto humanidade. Assim, é como se nós também estivéssemos presentes naquele momento.
Mas desta pode surgir outra pergunta. Que diferença faz se somos pessoas isoladas ou conectadas entre si? O que me importa se a humanidade é um todo ou não? O Rambam explica que por sermos parte de uma única entidade, temos a obrigação de cuidar e de se preocupar com cada um dos que também fazem parte dela. A Cabalá vai mais longe ainda e diz que o mundo inteiro não pode ser um local melhor enquanto todos os seres humanos não evoluírem. Não adianta nada que eu evolua sozinho, atinja a iluminação e vá para o Mundo Vindouro se deixei para trás irmãos num estado de escuridão, confusão e trevas.
Para um verdadeiro cabalista, ou para todo aquele que deseja evoluir, não existe o viver de maneira isolada e individual, pois somos todos parte de um grupo. Não existe o conceito de uma pessoa evoluir sozinha, sossegadamente e isolada do resto do mundo, despreocupada com as dificuldades e a realidade do que os outros estão passando.
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