Uma estrela anã branca, que seria muito pequena para se ter formado de forma autônoma, foi encontrada pelo telescópio espacial Kepler.
Aparentemente, a estrela "impossível" estava escondida mas acabou por ser encontrada pela missão Kepler. A descoberta surpreendeu os cientistas, que afirmam que a pequena estrela "não deveria existir".
Essa estrela orbita outra semelhante ao Sol em um sistema binário, e é tão pequena que teria levado mais tempo que a idade do universo para se transformar no que é hoje.
Apesar da perplexidade dos especialistas, encontrar estrelas como essa pode permitir desvendar o enigma destes corpos celestes, conforme o Daily Mail.
O sistema estelar binário KIC 8145411 foi descoberto pelo astrofísico Kento Masuda, da Universidade de Princeton, e sua equipe através de dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, antes de sua desativação em outubro de 2018.
© FOTO: CENTRO DE ASTROFÍSICA | HARVARD & SMITHSONIAN
Sistema de duas anã brancas
As anãs brancas se formam quando estrelas como o Sol ficam sem combustível e perdem suas camadas externas, ficando apenas com seus núcleos, de diferentes tamanhos.
A massa de uma anã branca é aproximadamente 60% menor que o Sol, contudo, pode ser até quatro vezes mais leve, se inicialmente era uma estrela mais pequena.
"Já que as anãs brancas de massa extremamente pequena não podem se formar independentemente da idade da galáxia, acredita-se que sua formação envolva interações binárias que tenham bloqueado a evolução do 'progenitor' da anã branca", segundo um estudo publicado pela The Astrophysical Journal Letters.
Além disso, para as estrelas transferirem matéria, elas precisam de orbitar próximas umas das outras. No entanto, segundo os pesquisadores, a KIC 8145411 é ao menos 10 vezes maior do que o necessário para que isso funcione, ou seja, esta anã branca seria algo impossível de existir.
© FOTO: NASA/JPL-CALTECH
Representação de uma estrela anã branca
A equipe de pesquisa acredita que a anã branca atingiu seu tamanho atual através de interações com um terceiro corpo celeste, que teria alterado sua órbita, sendo ejetada do sistema ou engolida, posteriormente.
Perante a dificuldade, os pesquisadores podem utilizar o telescópio Gaia da Agência Espacial Europeia para encontrar outros sistemas e realizar novos estudos para tentar resolver o novo mistério estelar.
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