Astrofísicos teriam desvendado misterioso escurecimento da estrela de Tabby após levantarem hipótese de ação alienígena e de cometas. Trata-se da estrela mais estranha da Via Láctea.
Desde o fim do século XIX, a estrela de Tabby tem sido observada por astrônomos do mundo todo.
No entanto, em 2015, o corpo celeste, também conhecido como KIC 8462852, teve um de seus fenômenos testemunhado pela astrofísica Tabetha Boyajian, da Universidade Estatal de Luisiana, nos Estados Unidos.
De acordo com a astrofísica, a estrela se apaga por uns dias. Logo em seguida seu brilho reaparece. Além do mais, o fenômeno acontecia sem um padrão previsível. Também seu brilho não se desvanecia por completo, mas caía com diferentes intensidades.
A estrela, situada há mais de 1.000 anos-luz da Terra na constelação de Cisne, já teve seu brilho reduzido em até 22%.
Hipóteses
O fenômeno de escurecimento tem causado um grande debate entre cientistas. Para alguns, a razão seria a presença de poeira espacial. Outros acreditam que cometas poderiam impedir a visualização do brilho da estrela.
Enquanto isso, foi levantada a hipótese de que alguma civilização alienígena teria estacionado na estrela para consumir seus recursos.
© FOTO/ NASA/JPL-CALTECH
Ilustração da estrela de Tabby
No entanto, nenhuma destas versões seria plausível, segundo estudo feito por astrônomos da Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
Exolua
De acordo com astrônomos, o escurecimento seria provocado por uma exolua uma vez pertencente a algum exoplaneta que chegou ao seu fim, publicou o estudo a Oxford Academic Journals.
Tal corpo celeste seria gelado e poeirento, ao passo que sofrendo o efeito da forte radiação cósmica, ele estaria se desintegrando, criando um rastro que envolve a estrela.
"A exolua é como um cometa de gelo que se evapora e lança suas rochas no espaço", explicou Brian Metzger, líder do grupo de astrônomos.
Mistério resolvido?
Embora soe plausível, a teoria é possível somente em 10% dos casos quando exoplanetas são destruídos. Além disso, embora cerca de 4.000 exoplanetas já tenham sido identificados, nenhum aparenta ter uma exolua. Desta forma, o debate na comunidade científica deverá continuar.
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