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sábado, 26 de setembro de 2020

Níveis de radiação na Lua são 200 vezes maiores do que na Terra, segundo estudo

 


 

Cientistas relatam altos níveis de radiação na superfície do satélite natural da Terra. A agência espacial norte-americana NASA planeja enviar humanos de volta à Lua em 2024, incluindo a primeira mulher.

Em janeiro de 2019, a sonda espacial chinesa Chang'e 4 pousou no lado oculto da Lua e realizou uma das primeiras medições dos níveis de radiação na superfície lunar.

 


 

Primeiras medições da dose de radiação na Lua: na renomada revista Science Advances, cientistas chineses e alemães relatam pela primeira vez medições de radiação na Lua.

Cientistas chineses e alemães analisaram os dados que a sonda coletou e os resultados são impressionantes. Os níveis de radiação da Lua são mais de 200 vezes maiores do que na Terra. Os resultados foram publicados na sexta-feira (25) na revista científica Science Advances.

"Os níveis de radiação que medimos na Lua são cerca de 200 vezes maiores do que na superfície da Terra e de cinco a dez vezes maiores do que em um voo de Nova York a Frankfurt. Uma vez que os astronautas ficariam na Lua por muito mais tempo do que os passageiros de um voo, isso representa uma exposição considerável para os humanos", afirma em comunicado Robert Wimmer-Schweingruber, professor de física da Universidade de Kiel, na Alemanha, e coautor do estudo.

Presença 'sustentada' na Lua

Saber como a radiação na Lua afeta o corpo humano será fundamental para missões de longo prazo. A próxima geração de astronautas dos EUA deverá retornar à Lua em 2024, incluindo a primeira mulher. E em 2028, a NASA espera estabelecer uma "presença sustentada" no satélite natural.


 
 
 © AP Photo / NASA / Neil Armstrong
Astronauta Buzz Aldrin na Lua
"Nós, humanos, não fomos feitos para suportar a radiação espacial. No entanto, os astronautas podem e devem se proteger tanto quanto possível durante estadias mais longas na Lua", garante Wimmer-Schweingruber.

Uma missão ao Planeta Vermelho provavelmente levaria de dois a três anos e exporia os astronautas a níveis de radiação sem precedentes, mas os cientistas já estão calculando os perigos. "Por exemplo, se uma missão tripulada partir para Marte, as novas descobertas nos permitem estimar com antecedência a exposição à radiação prevista", explica o professor da Universidade de Kiel.

 

 

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