Uma pergunta que recebo muito de buscadores, umbandistas, espiritualistas, astrólogos e magos é sobre o que realmente traz de novo a Umbanda Astrológica e qual a diferença da Umbanda já conhecida. Bem, em primeiro lugar a filosofia de Umbanda Astrológica é a de não descartar os conhecimentos ancestrais, ou seja, assim como o Cristo disse sobre as Escrituras "eu não vim pra mudar a lei..." na concepção de Umbanda Astrológica, também decidi que não vim pra mudar a Umbanda Popular ou Tradicional, mas, trazer novos elementos que possa somar e facilitar aos buscadores que não querem se associar a grupos. Mas, confesso que discordo de muita coisa que vemos Brasil a fora inseridas na Umbanda o que na verdade não tem nada dos verdadeiros ensinamentos dos orixás. Uma dessas coisas se refere ao sufocamento do kardecismo sobre a Umbanda. Muita gente quando fala em espiritualismo mesmo se sentindo atraído pela Umbanda, acaba sempre confundindo os cultos afrobrasileiros com o Kardecismo. Mais uma vez afirmo que não tenho nada contra o ensinamento de Kardec, apenas repito que uma não tem nada haver com a outra.
Mas, deixando de lado o que eu não aprovo vamos ao que a Umbanda Astrológica traz de novo ou de diferente. Em primeiro lugar diz respeito a visão espiritualista do culto aos orixás. E no meu livro OS SENHORES DO DESTINO E A COROA ASTROLÓGICA DE ORUMILÁ, que já está nas livrarias, fui buscar num passado bem distante o inicio dos cultos aos ancestrais, aos deuses criadores e o uso da magia divinatória. Inclusive constatando que o homem tentando cumprir bem o seu destino, ele tenta usar ferramentas, como magia e os oráculos pra ter mais força e uma orientação mais abalizada de que caminhos seguir e quais atitudes tomar pra não sair da linha de sucesso de seu destino. E nesse contexto que o livro aborda, que é a importância dos oráculos para que o homem se sinta mais seguro pra seguir seu caminho, é que a Coroa Astrológica de Orumilá é citada. Primeiro porque Orumilá é o Orixá do Destino, o Grande Babalaô do Orun, o Grande Adivinho do Astral Superior e o senhor dos oráculos. E por isso a Coroa dele é citada, como sendo esta formada pelos signos e portais zodiacáis! Enfim, nessa filosofia astro-ancestral, vemos o orixá como um guia direcionador e não escravizador. Ou seja, o homem tem Destino, mas, também o livre-arbítrio. Assim não vemos ele como obrigado a seguir essa ou aquela religião pra poder se conectar aos seus ancestrais. Então esse é o maior diferencial entre a Umbanda Astrológica e a Umbanda Tradicional, ou seja, deixar o homem livre pra buscar de forma individual ou se quiser se associando a grupos, mas, sempre sem ter que se prender a obrigações que muitas vezes são apresentadas de forma insensata ou até esdrúxula as pessoas que buscam informações.
Quem comprar o livro OS SENHORES DO DESTINO E A COROA ASTROLÓGICA DE ORUMILÁ, perceberá que a mensagem é para alertar ao homem a importância dos ancestrais, mas, que ele é a principal porta para que seu destino se concretize da melhor forma. Ou seja, que seus orixás podem lhe mostrar os caminhos, mas, as escolhas pessoais é que ditarão os resultados dessas leis e missões passadas pelos Senhores do Destino.
Uma diferença importante também é que na Umbanda Astrológica vemos os orixás como seres de luz, que em termos elevados nunca encarnaram, distanciando-se assim dos conceitos, especialmente da Umbanda Kardecista, que costuma ver em grande parte os orixás ou guias, quase sempre como Eguns, ou seja, desencarnados atuando. Outra diferença, é que os cultos conhecidos, costumam limitar muito os orixás a atuação aqui na Terra, identificando um orixá a um rio, uma montanha, um elemento e assim por diante. Enquanto na Umbanda Astrológica, como eu já disse, vejo o orixá, como um ser elevado, em seu alto grau de Orixá Maior, um ser que não passou pela vida humana, assim como os Arcanjos ou Querubins. Apenas os Orixás Menores, como bem enxergou Pai Matta, que já encarnaram e passaram a militar nas legiões e linhas dos orixás. O mesmo acontecendo com Exus e Pombagiras.
Também vemos cada casa astrológica, signo ou portal zodiacal, como uma porta ou reino governado por um ser cósmico de luz, como por exemplo, Touro regido por Oxóssi e assim por diante. Além da regência de um orixá, a regência também dos anjos cabalísticos se dá nos portais do Zodíaco. Não citada no livro, por que a edição ficaria muito grande, mas, terá continuidade num livro futuro.
Em nossa filosofia também, não temos como na Umbanda Kardicista, uma visão da existência como se ela fosse fadada a um carma escravizante onde a pessoa tenha vindo pra sofrer ou penar durante toda sua existência. Na verdade, vemos uma interação entre Destino+Livre-arbítrio+Acaso e que dependendo dessa interação tudo pode modificar totalmente a rota ou os acontecimentos. Tanto que acredito que o Ifá é o grande livro da vida, a "Bíblia" dos oríxas. E que esse oráculo divinatório fantástico existe justamente pra ajudar o homem a mudar, aprimorar ou a cumprir com sucesso seu destino e missões, rumo a felicidade e não apenas que cumpra-se destinos cruéis.
Outra coisa que prego com os conceitos de Umbanda Astrológica é que vivemos ciclos, estamos inseridos em graus e hierarquias. E assim temos que ter códigos em mente, signos em ação e não apenas utilizar o conhecimento do orixá somente baseado na tradição oral, na vocação ou no dogmatismo. E sim que o homem tem que buscar cumprir, degraus iniciáticos, seguindo certos preceitos seus e só seus, sem copiar o que os outros vivem. Ou seja, cada um tem um destino, uma herarquia e uma força única. Ninguém é igual. Por isso, não é porque alguém cultura um orixá, é devoto de Ogum, por exemplo, e tem sucesso que outro fazendo o mesmo que terá o mesmo benefício. Ogum pode ser muito positivo e necessário pra uns e não pra outros. Obaluaê visto como ruim pra uns, pode ser maravilhoso pra outros - tudo depende da ancestralidade de cada um. Não serve a receita dada a um pra todo mundo da mesma forma. Além disso, esqueça essa história de que todo mundo tem um único orixá, pois temos a atuação do Astral e do Orun completo sobre todos, cada um com um código e de uma forma único. Mas, os orixás atuam em cada um de uma forma, mas, eles sempre estarão lá, como os signos do Zodíaco.
Carlinhos Lima
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