Posicionada a 13,4 bilhões de anos-luz de distância da Terra, a chamada GN-z11 se formou apenas 400 milhões de anos depois do Big Bang e do nascimento do Universo
Astrônomos
anunciaram nesta quinta-feira que o Telescópio Espacial Hubble, operado
pela Nasa, identificou a galáxia mais distante já vista, posicionada a
13,4 bilhões de anos-luz de distância da Terra. A chamada GN-z11 se
formou apenas 400 milhões de anos depois do Big Bang e do nascimento do
Universo. A descoberta, feita por especialistas americanos, será
publicada na semana que vem na revista científica The Astrophysical
Journal.
A galáxia, que foi avistada na direção da Ursa Maior, tem
cerca de 1 bilhão de vezes a massa do Sol. A análise foi feita com uma
das câmeras do Hubble. Ao dividir as cores que compõem a galáxia, os
pesquisadores conseguiram identificar que ela estava muito mais distante
do que se pensou, "bem no limite de distância que o Hubble consegue
ver", disse Grabriel Brammer, coautor da pesquisa.
Cor viajante - Astrônomos que medem a distância
percorrida por um raio de luz buscam algo chamado 'desvio para o
vermelho': quanto mais a luz viaja, mais o comprimento da onda se alonga
e se aproxima do vermelho no espectro visível. Assim, um desvio muito
grande (cor vermelha) indica objetos há bilhões de anos-luz de
distância.
A descoberta feita com o Hubble é uma surpresa para os pesquisadores,
uma vez que os cientistas acreditavam que apenas o novo Telescópio
Espacial James Webb, que será lançado em 2018, conseguiria realizar
medições de galáxias tão distantes. "Demos um grande passo para o
passado e fomos além de tudo que jamais pensamos fazer com o Hubble.
Conseguimos ver GN-z11 em um momento em que o universo só tinha 3% de
sua idade atual", disse um dos principais pesquisadores, Pascal Oesh, da
Universidade de Yale.
"Essa nova descoberta mostra que o telescópio Webb certamente vai
encontrar muitas dessas galáxias jovens que nos trazem novas informações
de quando as primeiras galáxias estavam se formando", disse Garth
Illingworth, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, coautor da
pesquisa
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