Foto: Reprodução / Vídeo da internet |
Religião e ganância
O emissário pessoal de Dalai Lama, Tenzin Dhonden, foi afastado do cargo de secretário e administrador do Dalai Lama Trust após ser acusado de extorsão. O crime teria ocorrido entre 2005 e 2008, conforme declaração de um empresário de Seattle do ramo de tecnologia. Um assessor de Dalai Lama afirmou que Dhonden foi afastado em 5 de outubro. A autoridade budista teria expressado "profundo desapontamento e preocupação" sobre as acusações. De acordo com O Globo, Dhonden exigia pagamentos em troca de garantia da presença do líder espiritual em evento para 150 mil pessoas em Washington. O emissário pessoal de Dalai Lama nega as acusações. A defesa, feita pelo escritório Patterson Belknap, alega que as acusações dizem respeito a eventos que aconteceram há quase uma década, são amplamente imprecisas. "E, de outra forma, se relacionam a conduta com uma conduta que não é ilegal, não anti-ética ou mesmo inapropriada", disse a defesa em e-mail. Os advogados sustentam também que as alegações foram "desenhadas para manchar falsamente e injustamente" a reputação do emissário. Segundo O Globo, o empresário Daniel Kranzler disse ter sofrido pressão por vários anos para executar pagamentos ao monge, incluindo cheques, depósitos bancários e outros em dinheiro vivo para evitar registros. Numa carta endereçada ao Dalai Lama em julho, o empresário diz que após reservar espaço para 150 mil pessoas e comprometer milhões de dólares no evento em Washington, o emissário ameaçou cancelar a viagem, caso não fossem feitos pagamentos extras. Os pagamentos somariam R$ 250 mil. Dhonden ainda teria pedido uma casa no valor de US$ 850 mil, mas fontes próximas disseram que ele nunca possuiu tal imóvel.
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