História da constelação:
A antiga história de Dragão diz respeito às Maçãs Douradas das Hesperides e ao 11º Trabalho de Héracles. O 11º trabalho de Héracles (alguns dizem que foi o 12º) era roubar as maçãs douradas da macieira que Gaia (Mãe Terra) havia dado a Hera, Rainha dos Céus, no seu casamento com Zeus. Hera tinha escolhido Ladon, um monstruoso dragão com 100 cabeças, para guardar a sua preciosa árvore. Ladon ficaria no seu jardim, enrolado à volta da árvore, e Hera não teria preocupações em relação ao roubo das maçãs. Héracles pesquisou informação sobre o dragão, descobrindo como o enganar e roubar as maçãs. Uma sugestão era a de ser acompanhado por Atlas, que poderia ajudá-lo. Por se ter oposto a Zeus, Atlas foi punido em ter de carregar o mundo nos seus ombros. Héracles pensou no plano perfeito; oferecia-se para aliviar Atlas do terrível fardo por mais ou menos uma hora, o suficiente para Atlas realizar um favor: ir buscar as maçãs ao jardim de Hesperides. Atlas concordou; tudo por um pequeno descanso. Mas havia um problema: o terrível dragão. Héracles disse para não se preocupar. Disparou uma flecha através do muro do jardim, matando Ladon instantaneamente. Enquanto Héracles segurava o globo, Atlas foi buscar três maçãs douradas. No seu regresso Atlas descobriu que poderia continuar a viver feliz sem o peso do mundo nos seus ombros, e disse a Héracles:"Só mais uns meses, e eu regresso", planeando deixar Héracles a carregar o globo. Héracles concordou mas perguntou a Atlas se podia ficar mais confortável. Pediu a Atlas para carregar o globo uns momentos enquanto acolchoava as suas costas e cabeça. Atlas pôs as maçãs no chão e pegou no globo. Héracles agradeceu-lhe muito e foi-se embora com as maçãs. Quando a Ladon, Hera sentiu-se triste pela sua perda e pô-lo nos céus, perto do pólo norte.
À medida que se enrola à volta do Hemisfério Norte, Dragão é
circumpolar, não muito longe do Pólo Norte. De facto Thuban (alpha
Draconis) foi antes a Estrela Polar. Mais ou menos na mesma altura em
que estas histórias estavam a ser contadas pela primeira vez. Uma muito
antiga e extensa constelação, Dragão antigamente ainda tinha mais
estrelas. Bem encaixado, Hércules fica a Este de Dragão. Na realidade,
alguns cartógrafos desenham a figura de Hércules
com um pé em cima da cabeça de Dragão. Dependendo da altura do ano em
que se estuda a constelação, a sua cabeça (formada por theta, gamma nu e
xi) desenvolve um aspecto diferente. Quando beta e gamma estão "no
topo", parecem dois olhos, ou talvez a testa. Noutras alturas do ano a
face não é muito distinta. Existem um número de estrelas de Bayer na
constelação. Enquanto existem muito poucos objectos de interesse (e
apenas um Messier), a constelação tem uma grande variedade de binários a
investigar. Thuban é o nome árabe para Dragão. Para encontrar Thuban
descubra o tamanho da Ursa Menor e desloque-se até à ponta da Ursa
Maior. No meio encontra-se uma estrela ténue, que é Thuban. Pensa-se que
a estrela era consideravelmente mais brilhante há alguns milhares de
anos atrás. Esta estrela era a estrela polar por volta de 2700 AC. A
mesma altura em que os Egípcios estavam construindo as pirâmides! Facto
que não escapou aos arqueólogos... O objecto principal no estudo dos
arqueólogos é a Grande Pirâmide de Khufu. Diz-se que uma certa passagem
na pirâmide foi construída para apontar a Thuban. No entanto, se este
argumento está certo, então a pirâmide deve ter sido construída por
volta de 2200 AC. O problema é que Khufu é cerca de 500 anos mais velho.
Existem muitos livros e artigos sobre o assunto (e sem dúvidas algumas
páginas na Internet) para quem deseja aprofundar o problema ou estudar o
alinhamento de outras estrelas com os artefactos antigos.
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