As interações dos arcanos do Tarô.
Procurando dar uma seqüência didática das expressões dos Arcanos Maiores do Tarô, seguindo uma lógica seqüencial de
Primeiramente temos que usar os arcanos considerando-os como forças com características próprias que assumem em si um determinado tipo de energia e a expressa de alguma forma. E logo depois se torna inevitável percebe-los como personalidades. Só não podemos confundir suas maneiras de interpretá-los, tanto em sua essência energética, quanto na sua personalidade individual. De qualquer modo um determinado arcano que possui uma energia marcadamente Rajas e induzindo um propósito definido em sua rede de atuação, como o Arcano 7, não pode ter a sua personalidade eleita sem marcadamente uma influência dos arcanos adjacentes e mesmo os opostos. Portanto não devemos nos limitar a uma seqüência narrativa. Além do mais temos que ver os arcanos como continuas correntes de energia e que tem uma personalidade complementar aos outros arcanos, como fazendo parte de uma mandala. Um Arcano 7 não incorpora energia para chegar ao 8, pois esta última energia já existe nele em termos de personalidade, assim como muito do 1 (iniciativa), mas ele é formado pela incorporação do 6 + 1 que é o que personifica sua essência primordial. Assim ele através da iniciativa inteligente do mago venceu a indecisão contida no 6 tornando-se mais ativo e equilibrado, tomando a partir daí uma direção. Mas para onde é essa direção? É para o 15 (apego à meta) e não para o 8 onde ela voltaria a ficar preso em círculos levando para dois caminhos como no arcano anterior. Pois se os arcanos apenas seguissem em seqüência ordenada eles simplesmente não conseguiriam coexistir como vemos no exemplo do 7. Vale dizer que os Arcanos tem sentido apenas se considerados dentro de um grupo. Por outro lado se considerarmos apenas a força, em termos abstratos, ela coexiste por si mesmo, sem uma relação direta com outro arcano, mas não esclarece ou define toda sua plenitude.
De qualquer modo, os dois aspectos devem ser considerados, porque eles criam um terceiro que nos revela a existência de uma entidade que quando invocada adequadamente induzirá à pessoa interessada um estado de ser podendo dar a ela mais compreensão e entendimento da verdadeira forma. É o terceiro aspecto, essencial para se usar o tarô não meramente como um livro para se ler algo, mas como instrumento de trabalho para induzir um estado de ser em vários aspectos. Mas esse terceiro aspecto não se revela ou manifesta apenas numa integração com os demais arcanos, mas consigo mesmo, ou seja, a com certeza uma diferença que deve ser compreendida através das posições dos arcanos. Isso é facilmente compreendido observando as tiragens numa leitura de tarô, ou seja, a posição se na frente ou atrás, e ainda se encima ou embaixo tem uma configuração importante. Mas cabe a cada um definir sua própria forma de ver e ler os arcanos.
Carlos Lima
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