“AS LINHAS DE UMBANDA” O estudo das Linhas de Umbanda,é deveras complexo e extremamente importante para a
“CONSOLIDAÇÃO DA UMBANDA”, e não dogmatização, pois a Umbanda não tem “Dogmas”e sim “Fundamentos Evolutivos”.
Alguém já disse :
“A UMBANDA MUITO SE DÁ OU TUDO SE LHE TIRA”. Eis, pois, a primeira dificuldade que parte de sua origem universal ou brasileira. A segunda, prende-se ao seu trino aspecto de filosofia, ciência e religião e a concordância destes aspectos na unidade de LINHAS.
Desde logo, devemos preterir aqueles que formulam arranjos hipotéticos fora da razão, da lógica e do conhecimento. Destas premissas, brota a compreensão que haverá muitas “Linhas”que vão depender de seu apoio conceitual, tomados em conjunto ou separadamente.
Desta forma, nascem as chamadas
“LINHAS PRÁTICAS DEVOCIONAIS, DE CABÔCLOS, AFRICANAS, DE SANTO CATÓLICO, DE ORIXÁ, MITOLÓGICAS OU HISTÓRICO- MITOLÓGICOS, ESOTÉRICAS ORIENTAIS OU OCIDENTAIS, DE “QUIMBANDA”, etc...
LINHAS PRÁTICAS OU DEVOCIONAIS: Quando se situa a Umbanda como, religião independente de suas origens, ressalta ao observador, seu sincretismo e suas fazes ecléticas. Assim, a Umbanda seria formada por fragmentos de cultos religiosos, onde, aqui e ali há a predominância deste ou aquele, por formação ou escolha eclética.
Estas “Linhas”são constituídas, por agrupamentos de regras ditadas por “Chefe de Cultos” ou por “Entidades Espirituais” responsáveis por eles. Daí, haver tantas “Linhas” quantas forem as idealizações ou necessidades, ambientais das reuniões.
As “Linhas Práticas Devocionais” são livres. Cada Chefe, possivelmente cria a sua “Linha”. Nelas podem ser enquadradas as de “Caboclos”, as de “Africanismo” ou de “Pretos Velhos”, as de “Santos Católicos”, as de “Orixás”e, assim, nada mais são do que “Sistemas de Trabalhos”.
Sobre estas modalidades de reuniões, nada há a criticar. Somente, somos de parecer que não constituem
“LINHAS DE UMBANDA”. São
“SISTEMAS DE TRABALHO”.
Cada um realiza dentro seu
“RITMO”, de,
“PROCESSO ESPIRITUAL”, ou na dependência da
“COLETIVIDADE” que comanda ou pertence, sua maneira de trabalho.
LINHAS HISTÓRICO – MITOLÓGICAS: A filosofia da história, a história, a “Cosmogonia”e a comparação dos “Mitos dos Povos”, trazem novas concepção de agregamento que vão constituir as
“LINHAS DE UMBANDA HISTÓRICO-MITOLÓGICAS”.
Enquanto que as
“LINHAS PRÁTICAS” ou
“DEVOCIONAIS” são formuladas sem regras fixas e variáveis no tempo, as
“LINHAS HISTÓRICO-MITOLÓGICAS” tem método distinto, pois seguem a conjuntos de conjuntos de conceitos universais em comparação lógica. Estas, naturalmente entram em choque com as primeiras, pois e de probabilidade mínima coincidirem: “vontade de acertar com cronologia histórica e crônica mitológica”.
LINHAS DE QUIMBANDA: Sobre esta, “lembramos”que são sete as cabeças da besta do apocalipse . Tais cabeças representam os sete instintos baixos do Homem, os sete vícios capitais da Igreja Católica : Soberba; Avareza; Luxúria; Ira; Gula; Inveja; Preguiça.
Logo, alguém que tenha juízo e queira fazer um quadro esquemático com as “sete linhas de quimbanda”, é melhor que aproveite os nomes acima e dêem aos seus respectivas Entidades da Quimbanda . As sete “Linhas da Quimbanda”, se existem, estão dentro dos vícios de cada Homem . É, lamentável, pela incapacidade de muitos “Chefes de Terreira”, hoje, substituindo certos fundamentos da Quimbanda, em troca por “Giras de Kiumbas”, onde possibilita a infiltração dos vícios como: Cachaça, cigarros, charutos, maconha, e outras.
Com a finalidade de conquistar novos adeptos e, fazer exploração através destes vícios, um meio lucrativo. Não desejando generalizar, ou seja, nem todas as Terreiras de Umbanda se utilizam deste expediente. Que, em, futuro próximo, a tendência é prejudicar aquém realmente não se utiliza destes rituais, que na verdade é um passo para “Magia Negra”.
LINHAS ESOTÉRICAS: As Linhas Esotéricas, ou mais precisamente, Linhas Esotérica Oriental, têm por base a constituição planetária: Sol, Mercúrio. Vênus, Júpiter, Marte, Saturno e Lua, onde estes planetas não são “Santos”, “Entidades” ou “Orixás”, ou não foram classificados como tais. Senão vejamos:
a) Não há matéria sem Espírito que a anime;
b) A Filosofia Oriental afirma a existência de “Raios”de personalidades encarnantes, os “Temperamentos”;
c) A Cabala dos Hebreus nos ensina que os planetas representam as forças físicas de seus “Anjos”, e que os “Sete Planetas”são símbolos hieroglíficos de nossas afeições.
Portanto, se pode estabelecer uma correspondência “Básica entre Orixá, Planeta e Raios”- Temperamentos. O Búzio dá o Orixá.
A Astrologia dá o Ascendente.
O Esoterismo Oriental dá o Raio.
Será uma mesma cousa ? Quem sabe o “Prisma”é o mesmo e vamos cores diversas da mesma “Luz Branca”.
LINHA MÁGICA: A Umbanda também é magia, por isso, melhor seria dizer “Linha Mágica de Umbanda”, linhas traçadas pelo raciocínio, através do Saber que é a “Magia da Ciência”, com os recursos da “Metafísica”, da “Tradição”, da “História”, das “Mitologias dos Povos”e das “Cosmogonias Religiosas”, e que se originam do “Uno”, “Olorun”, na sua restrição astrológica.
Como Hermes : “Assim como é em cima é em baixo”. Como Olorun é Uno, Trino e Septenário, assim, também, o nosso Universo, o Sistema Solar é Uno, Trino e Septenário.
OBATALÁ, o Orixá-Deus, é o Uno do nosso Sistema, cujo domínio é de todos os planos com permanência no primeiro, o “Ádico”o “Plano Divino”, e constitui-se nos aspectos: Oxalá – Xangô – Oxu, que por desdobramento, chegam até nós, por formação no Septenário constituindo os “Sete Orixás Criadores”, pertencentes aos Planos Nirvánico e Búdico, e que são, “As Sete Linhas Mágicas da Umbanda”:
OXALÁ – XANGÔ – YEMONJÁ – IBEIJE – OGUM – OKÊ – OXUM, que formam no “Plano Mental Superior”, o “Casual”, as “Doze Hierarquias Criadoras”, até chegarem aos “Planos Astral e Físico- Etéreo”, onde se passam os fatos comuns da Umbanda.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.