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Os Orixás regentes de 2025

domingo, 28 de agosto de 2022

Esoterismo: O duende nasceu como ‘dono de casa’





Não existe um consenso sobre a etimologia da palavra duende, “entidade das lendas europeias, de aspecto humano, orelhas pontudas e pequenina estatura, que geralmente usa seus poderes em travessuras noturnas para assustar os moradores das casas; trasgo, fradinho-da-mão-furada” (Houaiss). No entanto, a tese mais consistente – do filólogo catalão Joan Corominas – traça uma relação entre o duende, que em sua origem era um espírito basicamente caseiro, e a expressão “dono de casa” em espanhol, isto é, dueño de casa. Em seu Breve diccionario etimológico de la lengua castellana, Corominas afirma que duende, palavra existente em espanhol pelo menos desde 1221, “é a contração de duen de casa, locução cuja primeira palavra é a forma apocopada de dueño”. Mas esse “dono de” tinha a princípio sentido literal. A acepção de “espírito travesso que se acredita habitar uma casa” teria surgido no espanhol em torno de 1490, segundo o estudioso catalão. Em português, a palavra fez sua estreia oficial no dicionário do padre Rafael Bluteau, a primeira grande obra lexicográfica de nossa língua, em 1713. 

domingo, 21 de agosto de 2022

Pelo segundo portal do Tarô - a Papisa



 

O segundo Arcano associa-se ao signo Beth e tem como hieróglifo a boca do homem. O nome erudito é Gnosis ou porta do santuário, entrada sagrada ao conhecimento ou seja entrada para a série dos Arcanos seguintes. A lâmina apresenta num segundo plano duas colunas.


Uma coluna é preta ou azul, a outra é branca ou vermelha. A coluna branca é solar (conhecimento direto através do estudo dos fenómenos) e designada por Jaquim. A coluna preta titula-se Boaz e está sob domínio da Lua (conhecimento indireto ou intuitivo). A representação da meia lua que se encontra entre as colunas simboliza o Espaço Médio da linguagem maçônica.


Na lâmina da Papisa esse espaço está oculto por uma cortina. Os chifres da Isis e as colunas indicam o princípio binário. A Isis sentada em cima da pedra cúbica é sinónimo de passividade, sua postura demonstra um estado de expectativa, de meditação e de receptividade. Os chifres aqui substituiram o sinal do infinito patente no primeiro Arcano, dando um elemento mais tangível ao 2º Arcano.


O passivo é sempre mais concretizado que o ativo. O símbolo astrológica do Arcano é a Lua, revelando o conceito da maternidade, mãe universal ou divina substância e expressa claramente o princípio da fecundidade. Desde dos tempos primórdios a água e a lua simbolizam o Astral. A lua ou espelho por cima da cabeça da Isis indica a conexão do Arcano com o Mundo Astral. O plano astral por definição é adjacente aos planos mental e físico e deve possuir marcas ou reflexos dos elementos das regiões que lhe são próximos.


As colectividades de ideias já condensadas e agrupadas possuem um reflexo no plano astral. São as chamadas Astro-Ideias, isto é ideias que já estão a assumir uma forma e podem ser captadas por diversas mentes em simultâneo resultando em sistemas paralelos ou análogos, como aconteceu no caso do aparecimento do cálculo diferencial de Newton e do cálculo infinitesimal de Leibnitz (algo semelhante aconteceu com a descoberta da reação nuclear).


Concebendo através do desejo e esboçando um quadro astral, o indivíduo constroi um Ente segundo a lei de individualização das coagulações. O Ente criado é um astrosoma tipicamente formado, carece de corpo físico mas em vez disso possui algo semelhante a uma mônada mental (ideia do desejo concebido) e atua somente na esfera da ideia que o criou, estendendo a sua influencia sobre o seu criador.


O Ente, designado pelos Ocultistas como Larva Astral incentiva o seu criador para a renovação contínua do impulso que o criou e fortaleceu (encontramos aqui tambem o mistério do turbilhão astral).

No caso de um Ente criado por um grupo de pessoas, ou sociedades, falamos de uma Egrégora colectiva.  


sábado, 20 de agosto de 2022

O feminino no Tarô e o portal da Sacerdotisa!


A Papisa forma um quartenário, com a Imperatriz, o Imperador e o Papa, posteriormente denominado de Hierofante. Quando ela não é substituída , por um assunto completamente diferente, é denominada de La Papess (Papa feminino) , la Papessa em italiano e La Papesse em francês .

No tempo da Contra-Reforma, as autoridades da igreja se irritaram e tanto o Papa, como a Sacerdotisa eram considerados assuntos impróprios para permanecerem estampados em cartas de jogatina. Esta é provavelmente a mais enigmática carta do tarô e a mais difícil de analisar do ponto de vista histórico.

Nos tarôs mais antigos você não vai encontrar a lua crescente e nem os dois pilares brancos e pretos. As imagens mostram um véu pendurado atrás dela, o livro no colo e a tríplice coroa do papado. Em outros tarôs ela tem a chave papal em vez do livro. Todos esses símbolos, exceto o véu que pode ser meramente decorativo, são símbolos do papado e pode ser muito bem mostrada como um papa do sexo masculino. Há uma simetria agradável: dois governantes seculares, dois eclesiásticos, dois homens e duas mulheres. Os gugliomitas acreditavam que o mundo entraria numa nova era e que esta seria anunciada pelo Espírito Santo em forma feminina. Elegeram como um de seus membros a irmã Manfreda como papa. Manfreda tinha relação com a família Visconti que governou Milão e encomendou as cartas de tarô que chegaram até nós atualmente.

A dificuldade com essa idéia é que ela parece sectária. O tarô não era apenas popular em Milão, mas, em toda Itália, França e Suíça. Os símbolos do tarô são de propriedade comum da cultura européia, o que representa que eram universalmente compreendidos como as camadas sociais da época e os princípios cósmicos da mesma. A carta da Papisa do Tarô Visconti para mim é uma das mais assombrosas. Suas vestes são de uma freira, mas, ela veste a coroa papal. Sua expressão é serena, enigmática e pensativa e a inclinação da cabeça é uma reminiscência da Madona. Pode ser que o inventor do tarô se simpatizasse com esta seita e fez uma referência a parte feminina de Deus.

A face feminina da religião reapareceu na adoração popular da Virgem Maria, que agora, mais do que Jesus, tornou-se a mediadora através do qual os oprimidos possam comungar com Deus.. A Papisa do tarô não é a Virgem Maria, são substratos da mente humana como válvulas de escape já que as instituições eram hierárquicas e só prezavam os homens. O rosto feminino da religião tem uma permanência que persiste por muitas manifestações .High Priestess é realmente um nome muito apropriado para esta lamina, eu acho que, mesmo a partir de uma perspectiva histórica. É uma pena, porém, que o título análogo para o trunfo V, "Sumo Sacerdote", ficou perdido em algum lugar ao longo do caminho.

Para os gnósticos a polaridade macho – fêmea eram o símbolo para outras dualidades : o corpo e o espírito, a humanidade e Deus, a escuridão e a luz. Os escritores modernos, muitas vezes fazem o contraste com a Sacerdotisa e o Mago, uma vez, que rompem o paralelismo que foi incorporado inicialmente ao sistema do tarô. Na Umbanda Astrológica a Papisa representa Iemanjá, mas, também dependendo da configuração pode ser Oxum.
 
 
 
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