Cientistas japoneses descobriram na parte central da Via Láctea movimentos incomuns de nuvens de gás, que podem indicar a presença de um desconhecido buraco negro de classe intermediária.
Descobriu-se
que as nuvens de gás giram em torno de um objeto, que não dá para se
ver, cuja massa é dez mil vezes maior que a do Sol. Os pesquisadores
acreditam que no centro dessas nuvens em movimento está um buraco negro
incomum, pertencente à chamada classe intermediária.
Em busca desses objetos, os cientistas já usaram anteriormente o método de rastreamento de gás para determinar o horizonte de eventos (região esférica do espaço ao redor do buraco negro, onde a luz não passa). Agora eles aplicaram este método à nuvem de gás de alta velocidade, que é o tema desse estudo.
A nuvem HCN-0.085-0.094 consiste em três pequenos coágulos, um dos quais gira ao redor do centro, mas não aumenta de tamanho.
"Um dos três aglomerados tem uma estrutura semelhante a um anel com um gradiente de velocidade muito acentuado […] Esta estrutura cinemática assume uma órbita em torno de um objeto em forma de anel com uma massa de 100 mil massas solares. A ausência de homólogos estelares indica que o
objeto parecido com um ponto pode ser um buraco negro quiescente", escreveram os pesquisadores.
Os resultados do estudo mostram que os fluxos de gás vortex na parte central da Via Láctea
podem ser usados para procurar candidatos a buracos negros de massa
média, embora nenhum destes objetos tenha ainda sido confirmado.
Os autores acreditam que se forem desenvolvidos métodos para detecção confiável de buracos negros de massa intermediária, eles estarão no "coração" da nossa galáxia.
Os resultados da pesquisa foram publicados na Astrophysical Journal e estão disponíveis no portal arXiv.
Existem pequenos buracos negros conhecidos por pesar menos de 100 massas solares, sendo que o maior deles tem 62 massas solares. Também são bem conhecidos os buracos negros supermassivos (superior a 100 mil massas solares) que alimentam as galáxias e estão normalmente localizados no seu centro.Já a existência da classe intermediária de buracos negros de massa média (de 1.000 a 100 mil massas solares) é questionada por muitos pesquisadores, já que ainda não foi obtida nenhuma evidência confiável.
Ausência de homólogos
O objeto encontrado pelos cientistas japoneses já é o quinto candidato a buracos negros de massa média, localizado no centro galáctico.Em busca desses objetos, os cientistas já usaram anteriormente o método de rastreamento de gás para determinar o horizonte de eventos (região esférica do espaço ao redor do buraco negro, onde a luz não passa). Agora eles aplicaram este método à nuvem de gás de alta velocidade, que é o tema desse estudo.
A nuvem HCN-0.085-0.094 consiste em três pequenos coágulos, um dos quais gira ao redor do centro, mas não aumenta de tamanho.
"Um dos três aglomerados tem uma estrutura semelhante a um anel com um gradiente de velocidade muito acentuado […] Esta estrutura cinemática assume uma órbita em torno de um objeto em forma de anel com uma massa de 100 mil massas solares. A ausência de homólogos estelares indica que o
objeto parecido com um ponto pode ser um buraco negro quiescente", escreveram os pesquisadores.
ESO/L. Calçada
Buraco negro supermassivo
Os autores acreditam que se forem desenvolvidos métodos para detecção confiável de buracos negros de massa intermediária, eles estarão no "coração" da nossa galáxia.
Os resultados da pesquisa foram publicados na Astrophysical Journal e estão disponíveis no portal arXiv.
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