Pesquisadores encontraram uma galáxia que tem conseguido sobreviver à força da gravidade de um buraco negro, continuando a formar novos astros – cerca de 100 estrelas do tamanho do Sol por ano.
A descoberta, que foi feita usando o espectrômetro do Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA, na sigla em inglês) da NASA, pode ajudar a explicar como surgiram as galáxias maciças, tendo em conta que o Universo de hoje está dominado por galáxias que já não formam estrelas, segundo o estudo publicado na revista Astrophysical Journal.
"Isto nos mostra que o crescimento dos buracos negros ativos não interrompe instantaneamente o nascimento de estrelas, o que contraria todas as previsões científicas atuais", disse Allison Kirkpatrick, co-autora do estudo, professora assistente na Universidade do Kansas, EUA.
"Isso nos faz reconsiderar nossas teorias sobre a evolução das galáxias", disse.
O observatório SOFIA analisou a galáxia CQ4479, localizada a mais de 5,25 bilhões de anos-luz de distância. Em seu núcleo está um tipo especial de quasar, que foi recentemente descoberto por Kirkpatrick, denominado de "quasar frio".
Neste tipo de quasar o buraco negro ainda está se alimentando de material de sua galáxia hospedeira, mas a energia resultante do quasar não eliminou o gás frio da região. Por essa razão, as estrelas continuam nascendo – já que são feitas desse mesmo gás.
It’s #BlackHoleFriday and we found a galaxy that is surviving a black hole’s feast, at least for now. ✨
— SOFIAtelescope (@SOFIAtelescope) November 27, 2020
The discovery is causing scientists to rethink their theories of galactic evolution. Learn more: https://t.co/unoGxIu4pg pic.twitter.com/amfXOgXkxZ
Encontramos uma galáxia que sobrevive à devastação de um buraco negro, pelo menos por agora. A descoberta faz os cientistas repensarem as teorias da evolução das galáxias.
Esta é a primeira vez que os pesquisadores analisam detalhadamente um quasar frio, medindo diretamente o crescimento do buraco negro, a taxa de criação de estrelas e a quantidade de gás frio que resta para abastecer a galáxia.
"Ficamos surpresos ao ver outra galáxia fora do padrão que desafia as teorias atuais", ressaltou Kevin Cooke, autor principal do estudo e pesquisador de pós-doutorado da Universidade do Kansas.
"Se este crescimento em tandem continuar, tanto o buraco negro como as estrelas que o rodeiam vão triplicar sua massa antes de a galáxia deixar de existir".
Sendo uns dos objetos mais brilhantes e mais distantes do Universo, os quasares ou "fontes de rádio quase estelares" são extremamente difíceis de observar porque muitas vezes ofuscam tudo à sua volta.
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