O tempo tem que ser criado
Para o pensador africano John Mbiti, enquanto nas sociedades ocidentais o
tempo pode ser concebido como algo a ser consumido, podendo ser vendido
e comprado como se fosse mercadoria ou
serviço potenciais – tempo é dinheiro –, nas sociedades africanas
tradicionais o tempo tem que ser criado ou produzido. Mbiti afirma que
“o homem africano não é escravo do tempo, mas, em vez disso, ele faz
tanto tempo quanto queira”. Comenta que, por não conhecerem essa
concepção, muitos estrangeiros ocidentais não raro julgam que os
africanos estão sempre atrasados naquilo que fazem, enquanto outros
dizem: “Ah! Esses africanos ficam aí sentados desperdiçando seu tempo na
ociosidade” (Mbiti, 1990: 19).
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