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Planetas e Orixás regentes de 2023

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Salubá Bela Nanã

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A mais antiga das divindades e primeira esposa de Oxalá têm sua figura associada à maternidade. É que Nana teve três filhos: Iroko, Oxumaré e Obaluaiê. Surgiu junto com a criação do mundo, sendo também considerada deusa da água, ale, de estar associada a pessoas idosas. Seu elemento principal é a lama, principalmente dos rios e dos mares. No Brasil, é associada a Sant’Anna. Nos cultos da umbanda é chamada carinhosamente de vovó. Tem temperamento rígido e não tolera desobediência. Assim, é capaz de castigar, com a intenção de educar, os que são contra seus princípios. Seus filhos são sérios, introvertidos e calmos também gostam de ajudar a todos, sempre agindo com bastante gentileza e dignidade.

CONHECENDO MAIS SOBRE NANÃ

Naná Buruku é conhecida no Brasil como a mãe de Obaluayé - Xapanan. É sincretizada com Santana. Os colares de contas de vidro usados por aqueles que lhe são consagrados são das cores branca, vermelha e azul. Segundo uns, o seu dia é a segunda-feira, juntamente com seu filho Obaluayé; segundo outros, é o sábado, ao lado das divindades das águas. Seus adeptos dançam com a dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável. Seus movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num bastão imaginário que os dançarinos, curvados para a frente, parecem puxar para si. Em certos momentos, viram-se para o centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, num gesto que vimos em Tchetti, na África, e do qual falaremos a seguir. Quando Nanan Buruku se manifesta numa de suas iniciadas é saudada pelos gritos de Salúba! Fazem-lhe sacrifícios de cabras e galinhas de angola, sem utilizar facas, e oferecem-lhe pratos preparados com camarões, sem azeite, mas bem temperados. Na Umbanda-Astrologica podemos identificar essa orixá nas posições de Plutão e Saturno, como tambem pelos signos de Escorpião e Peixes. Mas, qualquer nativo pode ser filho dessa orixá tudo depende da configuração do mapa. Tambem da casa, do decanato e dos aspectos.

Nanã é considerada a mais antiga das divindades das águas - não das ondas turbulentas do mar, como Yemanjá, ou das águas calmas dos rios, domínio de Oxun - mas das águas paradas dos lagos lamacentas dos pântanos. Estas lembram as águas primordiais que Odudúa ou Oranmiyan ( segundo a tradição de Ifé ou de Oyó) encontrou no mundo quando criou a terra. Na verdade Odudwa é o orixá Ancestral de Nanã.

Este muito simbolizaria a existência de uma primeira civilização, representada por Nana Buruku, civilização que existia antes da chegada de Odudúa e de Ogum que trouxeram com ele o conhecimento do ferro e de suas utilizações. Nana Buruku teria, aqui, o mesmo papel que Yeyemowo, a mulher de Oxalá - rei dos Igbos estabelecido perto de Ifé, antes da chegada de Odudúa - aproximando-se, assim, da lenda conhecida no Brasil, da existência de um casal Oxalá - Nanan Buruku. Nana Buruku é uma divindade muito antiga na África. A área de influência de seu culto é bastante vasta e aparece se estender à leste, para além do Niger, palos menos até o país Tapa-Nupé; a oeste, ultrapassando o Volta, tinge a região dos Guangs e da nação Gomba.

Se o culto de Nanan Brukung tem tendência a se confundir com o de Xapanan-Obaluayê -Omulu, na direção do leste, ele se apresenta bem diferenciado, no oeste, onde seu nome se pronuncia Nanan Burukung. O local da demarcação entre as duas espécies de Nana parece Zumé, Tchetti e Atakpamé, dão, de maneira unânime Siadi ou Schiari ( na região de Adelé, no Gana atual, próximo à fronteira de Togo) como meta de peregrinação ao lugar de origem de Nana Buruku ou Brukung, Em Savé, há também indicações de ligação entre Nanan Brukung e o país Bariba. Tive a ocasião de assistir em Tchetti, no Daomé, próximo de Atakpamé, no Togo, ( ponto de partida para a peregrinação ao Adelé ), a uma série de danças dedicadas a Nana Brukung. Na verdade, ela as avezes se mescha com Obaluaê, porque é o par primordial de Yorima.

As dançarinas, de de idade avançada, evoluíam aos sons de tambores, Apinti, e de sinos de percussão. Todas elas traziam na mão um cajado salpicado de vermelho, como os usado pelos peregrinos. A dança consistia num lento desfile das iniciadas de Brukung e parecia rememorar a peregrinação por elas realizadas. Iam apoiadas em seus bastões, andando um pouco de lado, com passo lentos e circunspetos. Sua atitude imitava a fadiga de uma longa viagem. Paravam de vez em quando, inclinavam-se para frente e estreitavam o seu bastão, entre suas mão fechadas, uma sobre a outra, num gesto que lembrava o dos iniciados de Nana Buruku, no Brasil.

As saudações feitas a essa divindade resumem bem as suas diversas características: "Proprietária de um cajado. Salpicada de vermelho, sua roupa parece coberta de sangue. Orixá que obriga os Fon a falar Nagô. Minha mãe foi inicialmente ao país Baribe. Água para que mata de repente. Ela mata uma cabra sem utilizar a faca" Nana Buruku é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos, e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres. Elas gostam de crianças e educam-nas, talvez, com excesso de mansidão pois têm tendências a se comportar com a indulgência de avós. Agem com tal segurança, e tão majestosamente, que desviam os enganadores, inspirando-lhes um saudável terror, o que os impede de envolvê-las em seus projetos maldosos. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões as mantêm sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

A maioria das falhas na definição de qual é o Pai e Mãe de Cabeça dos adeptos, acontece, porque nem sempre se leva em conta a personificação do orixá. Ou seja, Nanão costuma ser confundida com Oxum, Iemanja e até Iansão, porque ela é muito oculta e antiga e nem sempre é percebida. A personificação de Nanã Oluwo, por exemplo, é ligada ao ouro, é jovial e tem a faceirice igual a de Oxum. E assim muitos filhos dessa orixá as vezes são tidos como filhos de Oxum. E assim por diate. Por isso a nalise do mapa como um todo é fundamental.

Outra coisa erronea é ver sempre um orixá com a vestes apresentadas como no Candomblé os orixas ancestrais, não são de exclusividade da Africa, tem uma origem muito mais antiga. Muitas são de aparencia branca, amarela, negra e de pele vermelha. Ou seja, tem orixá das quatro raças. Os arquetipos demonstrados de cada orixá é bom pra se embasar um estudo, mas, cada pessoa tem suas caracteristicas proprias. Nem todo filho de Nanã é sem sorte no amor; Nem todo filho de Ogum é valente e assim por diate.

Algumas pessoas por exemplo acha que toda filha de Oxum tem que ser bonita, mas, conheço algumaas que não são. Outros acham que toda filha de Iansã tem o genio de cão, mas, conheço algums muito pacificas. Outras pessoas acham que filhos de orixas velhos tendem a ser feios e não é verdade tem muitos que além de beleza tem enorme elegancia, charme e carisma. Tudo depende de cada configuração.

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Nanã Oluwó.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador. Informações extraidas: DO LIVRO ORIXÁS - PIERRE FANTUMBI VERGER - EDITORA CORRUPIO E Adapatadas a Umbanda-Astrologica.
 
11/8/2010
 
 
 

sábado, 27 de novembro de 2021

Exu e sua parte feminina.

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Para entendermos a forma como se processam as relações entre o masculino e feminino no Brasil, é fundamental que consideremos a tradição patriarcal historicamente dominante nos sistemas social, econômico e cultural. Segundo Parker (1991), a diferenciação entre homens e mulheres poderia, sob determinado aspecto, ser considerada, na sociedade brasileira, como formada por pólos atividade-passividade, dominância-submissão, força-fragilidade. Essa polarização não se dá, entretanto, de forma absoluta, devendo ser consideradas posições intermediárias marcadas pela presença de papéis como o da prostituta. Contudo, esses papéis, valorizados negativamente, funcionam mais como um fator de referência a ser considerado para ser evitado, do que como um lugar com importância estrutural para o funcionamento do próprio sistema. 
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Os valores sociais relacionados ao feminino referem-se tradicionalmente à virgindade, submissão e procriação, enquanto os masculinos relacionam-se à força, autoridade e realização sexual. Ao se pesquisar dados sobre o tema nota-se a presença desses valores. Exu é caracterizado principalmente pelas suas funções. Fundem-se na sua caracterização o homem da noite e o trabalhador, papéis historicamente associados ao masculino. O trabalho de Exu, entretanto, é o que podemos designar como braçal; aqui se apresenta a primeira característica de classe. A sua identificação com a noite apresenta aspectos que também podem ser considerados indicadores de classe. 
 
Os lugares que freqüenta comumente não são os destinados às camadas mais privilegiadas; seu local é a rua, onde acontecem tradicionalmente as manifestações do povo. Também é o lugar atribuído às desordens, ao permissível e ao potencialmente perigoso (DaMatta, 1991). Há vários Exus para diversas funções/interesses. Sua atuação se refere às esferas da saúde, financeira, afetiva (motivos pelos quais mais são procurados) e sexual. Os Exus e Pombas-Giras são definidos principalmente pelo seu caráter sexual, relacionado à sua amoralidade, e, podemos dizer, provavelmente, aos lugares que freqüentam. Mas, nunca devemos nos esquecer que essas entidades mais presentes dos centros e mediuns, são os de grau mais baixos sendo que acima deles tem outros muito mais evoluidos. Tem os Exus Ancestrais e Cosmicos que não militam no plano fisico e muito mais no plano Astral. 
 
Os Exus Cosmicos, por exemplo nunca encarnaram e vivem num plano mais evoluido que os mensageiros que militam nas encruzilhadas. Pomba-Gira desempenha, por sua vez, funções, segundo os dados, muito semelhantes às dos Exus. Também é uma mulher da rua e do trabalho. Entretanto, o lugar da rua não é aquele esperado socialmente para a mulher, segundo a tradição patriarcal, podendo promover a sua identificação com as características atribuídas à prostituta. Montero (1985) também identificou semelhanças entre as características atribuídas à Pomba-Gira e o estereótipo da prostituta, em oposição aos estereótipos da jovem virgem associado às caboclas, da mãe a Iemanjá e da mãe preta às pretas-velhas. 
 
Apesar das semelhanças porventura encontradas, não constatamos referências explícitas à Pomba-Gira como prostituta nos pontos analisados. Sua identificação com essa figura, como dito, está baseada sobretudo nos lugares que freqüenta. Aqui, deve-se recordar que a categoria por nós definida como Morada não inclui os lugares onde as entidades transitam. Associação de Exus e Pombas-Giras com ruas e cemitérios são quase uma constante nos pontos analisados, o que não quer dizer que habitem nesses locais, e sim que mais provavelmente nele permaneçam por afinidade ou pelas características dos trabalhos que realizam ali. Ex: Existe um Exu mulher/ Que não trabalha à toa/ Quando passa pela encruza/ Maria Padilha não vacila/ Ela não faz coisa boa. Sobre a relação entre as Pombas-Giras e a prostituição, Como é mulher, sua associação ao Mal, sua demonização passa pela imemorial marca infamante da feminilidade: a luxúria. Encarnada noutro antigo estereótipo: a prostituta. 
 
Uma 'mulher da vida, com 'sete maridos', bem marcada, me parece, pelo tempo em que se constituía a Umbanda no espaço urbano: vários dos seus pontos cantados que ouvi, remetem a um espaço escuso da cidade, que já foi sinônimo de devassidão e 'mulher perdida': a Pomba-Gira é de cabaré .Segundo Prandi (1996), a Pomba-Gira "trata dos casos de amor, protege as mulheres que a procuram, é capaz de propiciar qualquer tipo de união amorosa e sexual" (p. 148). Eu em particular vejo a pombagira, não só como um Egun, como se prega em todos os tempos, o que existe na verdade, são eguns que militam nessa falange pra poder evoluir e se libertar da luxuria. Porque na Hierarquia mais elevada, a Senhora Bombogirá, é chefe de um raio muito importante e militam junto com Exu no trabalho através da Quimbada auxiliando os orixas. A ela estão associados os trabalhos de feitiçaria, principalmente amorosa, o que nos permite fazer um paralelo com o espaço tradicionalmente relacionado à mulher, ou seja, o quintal, lugar das ervas e dos segredos mágicos e terapêuticos (Del Priore, 1993). Suas atividades situam-se nos espaços exteriores à casa (a rua e o quintal), o que pode indicar a sua não-pertença ao núcleo familiar, uma vez que não se ajusta aos papéis tradicionais de esposa, mãe ou filha. 
 
Os dados revelam a entidade como dotada de uma beleza "física" e uma vaidade, que bem correspondem à expectativa em relação ao papel feminino, no qual a mulher deve se conservar sempre bonita, pois esse é o seu maior bem, a fim de satisfazer o homem. Conforme nos mostram os pontos de relação, esse é o papel da Pomba-Gira, em presença dos Exus. Se considerarmos também as marcas de raça e classe que estão a eles relacionadas na literatura, seu papel se torna duplamente estereotipado, uma vez que mulher e negra (Montero, 1985; Ortiz, 1991). Como pode ser visto, a identificação tradicional de Exu com o diabo cristão não está relacionada somente a sua aparência original, africana. Componentes outros se somam a essa aparência e remetem a uma caracterização de ações também próxima. 
 
Talvez o principal desses componentes seja a sexualidade exacerbada. Mas, um segredo importante que nem mesmo muitos sacerdotes notam é que Pombagira não milita apenas na area sexual, ela milita na area financeira, de saude e até politica. E assim, pode ter por certo que nem toda Pombagira em especial as mais evoluidas, terá aparencia vulgar. As mais exageradas são as que militam exclusivamente na area da evolução sexual. Saiba que tudo depende das necessidades carmicas e das Linhas Vibracionais que cada uma milita. Historicamente, o diabo no ocidente utiliza o sexo dos humanos para tentá-los (Nogueira, 2000). 
 
Há referências diversas na história do Brasil sobre a proximidade entre o diabo e a luxúria, as práticas mágicas, a busca da resolução de problemas cotidianos, por fim, sua proximidade com o próprio homem (Souza, 1989). Até mesmo o caráter ambíguo da sexualidade esteve a ele relacionado, na figura de íncubos e súcubos (Mott, 1988). Nesse ponto, há um aspecto particularmente importante: o diabo formou, desde o nosso período colonial, uma tríade bastante constante com a prostituição e a magia sexual. Note no entanto, que na Wica e em religiões primitivas o sexo não era visto tão fortemente como demoniaco. Mas, na verdade nós não podemos negar realmente que sexo degenere a alma, quando usado de forma desordenada. Na verdade tudo depende de como e quando se ultrapassa os limites do bom senso e da prudencia. 
 
No Brasil colonial, dentre os que se ocuparam da magia, talvez a categoria mais estigmatizada com a prostituição tenha sido a das mulheres que vendiam filtros de amor, ensinavam orações para prender homens, receitavam beberagens e lavatórios de ervas. Magia sexual e prostituição pareciam andar sempre juntas (1989, p. 241). Companheiro da prostituta, o malandro é figura recorrente no imaginário brasileiro. Sua avaliação, entretanto, tende a ser menos negativa do que a dela. Segundo DaMatta (1997), sua caracterização está relacionada à sua aversão pelo trabalho e à individualização da sua figura e de seus costumes. Contudo, é inegável em nosso meio social a valorização da sua desenvoltura para resolver problemas e quase sempre levar vantagem, inclusive nas situações francamente adversas. Uma estrutura marcada pela hierarquia, como é o caso da Umbanda, certamente deve refletir em si aspectos da ordem social que a comporta. A relação de dominação-subordinação encontrada no Candomblé entre os orixás e Exu (Trindade, 1982) também pode ser percebida na Umbanda. 
 
Outro fator relevante na identificação do lugar ocupado por Pomba-Gira e Exu na prática umbandista é a consideração das delimitações provenientes dos conceitos de linha e falange que "... Constituem divisões que agrupam as entidades de acordo com afinidades intelectuais e morais, origem étnica e, principalmente, segundo o estágio de evolução espiritual em que se apresentam, no astral" (Magnani, 1986, p. 33). Essas divisões implicam uma hierarquia que indica, mais do que uma simples divisão entre o bem e o mal, esse caracterizado como inferior àquele, a necessidade de que "... o simbolismo dos ritos exprima a subordinação do princípio espiritual inferior ao princípio superior" (Ortiz, 1991, p. 141). Essa hierarquia está presente de forma significativa nos dados apresentados acima, nos quais o reconhecimento de diferentes poderes se constitui em um princípio organizador que impede o caos. Na hierarquia identificada pode-se notar claramente a superioridade dos Exus. A eles estão subordinadas as Pombas-Giras, menos numerosas, fato que se refletiu inclusive na quantidade geral de pontos coletados. 
 
 O caráter moralmente ambíguo das entidades, evidenciado pela costumeira associação entre os Exus e a figura do trickster (Augras, 1983; Queiroz, 1991), sugere ser este um aspecto relacionado ao lugar que lhe é designado na hierarquia da umbanda. As categorias denominadas "personalidade", "proteção" e "advertência" referem-se a essa ambiguidade. Aqui encontramos Exu e Pomba-Gira como seres capazes de fazer tanto o bem quanto o mal, e por isso merecedores dos maiores cuidados e respeito. A moralidade das ações da entidade vai ser, entretanto, determinada pelo pedido do "consulente", pois é esse quem vai fazer a sua oferenda, o seu pagamento. Em última instância a responsabilidade moral é daquele que faz o pedido. 
 
A labilidade dessas entidades possibilita a solicitação de determinados favores somente a elas, não a outras consideradas mais evoluídas, pois poderia causar negativas ou repreensões. Além desse fato, a percepção de Exu como alguém que já passou por condições adversas, em vida, pode caracterizá-lo como um interlocutor capaz de melhor entender os motivos daquele que pede, sendo, em determinado sentido, um igual. Dois eixos de submissão podem ser então considerados como centrais na análise. O primeiro se relaciona à posição da figura feminina, localizada à margem pelo sexo e pela condição social. Seus atributos concedem-lhe a aparência desejada pelo masculino ao mesmo tempo em que sua caracterização como ser com sexualidade extremada a relega a uma situação em que sua inserção na rede social não pode se dar através do papel de mãe/esposa, sendo associada à prostituta na trama dos personagens cotidianos. Suas funções estarão relacionadas aos pedidos de caráter sexual e afetivo, localizando-a então, conforme a moral cristã, no campo do pecado, ou seja, das trevas. 
 
O segundo eixo diz respeito à condição de Exu. Dado como amoral, só pode ser admitido para ele o local das trevas, a noite. É ali que pode expressar seu caráter sinuoso, escondido do convívio dos que trabalham normalmente. Aqui também podemos considerar a sua inaptidão para o papel de pai/esposo, sendo considerado inadequado para as funções reprodutivas. Deve-se observar que não são encontradas referências familiares para os Exus e Pombas-Giras, o que é comum para os Pretos e Pretas-Velhas, geralmente chamados de tio/tia, avô/avó ou pai/mãe. 
 
 A relação que se estabelece com Exu é muitas vezes a de compadrio (Verger, 1999), reforçando a possibilidade de sua identificação, por parte de quem o consulta, como um igual. À medida que admitimos a entidade como um molde a ser preenchido pelo médium, podemos também admitir que os estereótipos a ela historicamente relacionados encontram nele possibilidade de se atualizarem e por isso sobreviverem. 
 
Não nos estamos referindo a uma simples incorporação do papel, mas sim a um mecanismo que permite a construção de um campo de significados que estão de acordo com a própria percepção do mundo pelo médium e pelos fiéis. Pombas-Giras e Exus são representações de personagens presentes na vida cotidiana, que apresentam tanto características individuais distintivas quanto traços coletivos de classe, o que proporciona a manutenção do estereótipo. 
 
Vistas como a própria ambivalência, as caracterizações não poderiam ser diferentes: as entidades que possuem como função primeira o trabalho, são percebidas como malandro e prostituta. Como perigosas, necessitam de outras entidades mais elevadas para que sejam controladas e exerçam de forma adequada suas funções. Segundo a descrição das moradas, são imigrantes que aportam num contexto que os considera inaptos para o desenvolvimento de funções que não estejam relacionadas ao trabalho braçal. 
 
Exu e Pomba-Gira podem ser, em última instância, alguns dos personagens pertencentes às camadas empobrecidas da sociedade, submetidas a toda sorte de preconceitos raciais, sociais, econômicos e culturais, que acabam por ser assumidos e propagados pela própria classe. Máscaras que permanecem como modelo e reflexo das próprias contradições do sistema social do nosso país. E na verdade, a maioria das buscas nos terreiros, tem sempre haver com a atuação dos Compadres, ou disturbios sexuais, vicios ou porque se está passando por confusões mentais e num estado de carencia onde a pessoa deixa um vazio dentro da alma deixando a natureza oculta dominar a personalidade. Nestes casos Exu e Pombagira são os melhores psicologos do Terreiro, pois, conhecem a personalidade oculta do ser humano como nenhum outro orixa.

CARLINHOS LIMA PESQUISAS Dados EXTRAÍDO DO ARTIGO DE: Adriano R. Afonso do N.I; Lídio de SouzaII; Zeidi A.TrindadeII - IDoutorando no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo - Professor doutor do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo - Professorara doutora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo
11/8/2010
 
 
 
 

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Hipocrisia Religiosa

[O]
 
A Umbanda é uma religião tipicamente brasileira. Mas, ao contrario do que muitos pensam, suas origens são muito remotas. Além do sincretismo clássico entre a herança religiosa africana e o Catolicismo, a Umbanda absorveu elementos do Espiritismo kardecista, de modo que, no decorrer dos rituais, o fiel se comunica com espíritos desencarnados. Isso tudo, só prejudicou a Umbanda, pois o kardecismo imprimiu na alma do umbandista muito sectarismo e preconceitos descabidos. 
 
O Catolicismo também prejudicou muito, principalmente a parte ritualística da Umbanda. Esse negocio de umbandista ter preconceito do Candomblé além de ridículo é absurdo! Os umbandista que tem muitos pais de santo homossexuais, (nada contra), quero lembrar que a sexualidade está presente em qualquer grau que ele ocupe, são cheios de preconceitos. Dizem que fotos de mulher nua, é sombrio! Não me façam rir! 
 
As capelas do Vaticano estão cheias de imagens de pessoas nuas, mas, só porque são artes sacras, tudo mundo engole goela a baixo, com a maior facilidade. TambÉm pode se usar imagens de orixás nuas, mas, de pessoas comuns não! Até que ponto vai a hipocrisia das pessoas. Nunca o ser humano conseguirá evoluir sem trabalhar seu lado esquerdo que nunca conseguira nega-lo. As pessoas mais criticas de sexualidade, sõ as que mais se envolvem em casos secretos e traições, e são as que mais gostam de praticar o sexo. 
 
Ridículo tanta hipocrisia. Recebi um comentário de uma mulher que dizia que o blog que tenho não fica bom com fotos de mulher nua. No entanto, queria saber como fazia pra tomar o marido da irmã! Vê se pode! Bem eu nem vou relatar o tanto de baboseira hipócrita que ja conheci nesse últimos meses, pois, no fundo todo mundo sabe. Mas, hipócrita ou não a mulher fruta, seja que nome tiver, não pode mostrar o rabo que todo mundo quer ver! E a Play Boy, cada vez vende mais! Além do mais, o Brasil vive com fama, por causa do carnaval e das bundas das brasileiras. 
 
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Ai alguém vem me falar que religião é diferente. Bem a origem da Umbanda e Candomblé vem de nativos, que dançavam nus, e faziam muito sexo, admitam vocês ou não! É só ir ver o costume de varias tribos. Bem, mas, cada um é cada um. E pra finalizar a questão é só darem uma olhadinha em todas as lendas dos orixás, quanta traição, troca de parceiros etc. Chega de hipocrisia! Acorda pra vida. Muitos desses hipócritas se fosse em Roma tirariam logo uma foto ao lado de um estátua nua, achando que ta abafando. 
 
 As práticas existentes dentro dos terreiros de Umbanda variam muito. Alguns demonstram uma ligação mais forte com o Espiritismo, outros se aproximam mais do Candomblé. Em comum, têm a força dos rituais, denominados giras, em que os filhos e filhas-de-santo entoam cânticos e dançam ao som dos atabaques. As cerimônias geralmente acontecem à noite e se estendem madrugada adentro. Os espíritos que "descem" incorporam-se nos fiéis que estão participando da gira. Aqueles que "recebem" os espíritos são chamados de cavalos. 
 
Durante a incorporação, o "cavalo" permanece inconsciente, e quem fala através dele é seu "guia", ou seja, a entidade espiritual a ele associada. Para auxiliar os cavalos, existem os cambonos, que ocupam papel relevante na hierarquia do terreiro. Mas a posição mais elevada cabe à mãe ou ao pai-de-santo, que é a pessoa responsável pelos trabalhos espirituais. Nos terreiros umbandistas, o ponto focal é o congá, altar profusamente enfeitado com flores, velas acesas e colares de contas coloridas, que simbolizam os diferentes santos e orixás. No congá, imagens de Jesus, 
 
Nossa Senhora e santos católicos dividem espaço com estatuetas de pretos-velhos, caboclos, ciganos, marinheiros e outras entidades espirituais. Essa historia de querer sincronizar os santos católicos com orixas além de ser uma imposição da Igreja é muito ultrapassado. E desafio a qualquer pessoa que possa evoluir sem equilibrar sua esquerda. Até mesmo os grandes mestres tiveram que enfrentar seus medos, e o Diabo no deserto pra poder evoluir. Não se vence o pecado fugindo dele, mas, conhecendo e evitando que ele se concretize. 
 
 A HIERARQUIA DO TERREIRO Babalorixás (Babalaô, quando homem, e Ialorixá, quando mulher) - São os dirigentes. Zeladores (jibonã e sidagã) - Auxiliam os dirigentes. Ogã e Sambas - Tocam os atabaques e observam a disciplina. Pais e Mães-Pequenas (Baba Mindim) - Assistentes do dirigente. Em geral, ajudam no trabalho de desenvolvimento da mediunidade dos filhos de fé. Cambonos e coroados (feitos e / ou confirmados) - Prestam assistência aos cavalos, durante a gira. Filhos de fé (aceitos) - São aqueles que se preparam para entrar em desenvolvimento. Filhos de fé (em observação) - Frequentam os trabalhos para o desenvolvimento de seus dons mediúnicos. 
 
 Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador. 
17/10/2010
 
 
 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Mediunidade tem que ser trabalhada

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Não é fácil ser médium e mais difícil ainda é ser médium de Umbanda. A mediunidade é o elo de ligação, o caminho e a meta das pessoas possuidoras desse dom. E longe de ser um instrumento passivo, o médium, como mediador que é, tem o dever de buscar o auto-aprimoramento e a reta conduta pois, esses são os sintonizadores maiores da mediunidade. É como disse o mestre: "Uma árvore má não pode dar bons frutos"… e é plantando que se colhe, ou seja, nossas afinidades refletem o nível e o tipo de espíritos que atraímos para nosso campo mediúnico. Sabemos o quanto é penoso o caminho da matéria, quantos pseudo-atalhos existem no caminho da evolução, incontáveis atalhos que não levam a lugar nenhum e, para conseguirmos uma sintonia fina com "canais" superiores precisamos de três coisas básicas: humildade, simplicidade, e pureza de pensamentos, sentimentos e ações. A primeira vista parece simples, mas quando pisamos no chão, nos damos conta de nossa fraqueza que, nos atira a caminhos escuros e incertos. Então, só apelando para o Astral superior é que conseguiremos trilhar o verdadeiro caminho da espiritualidade pois, se estamos fracos, nossa fé verdadeira pautada pela razão nos libertará. E gradativamente conquistaremos e domaremos o nosso pior inimigo que, está em nosso íntimo. Ainda, em termos científicos podemos definir a mediunidade como um aumento variável da percepção extra-física ( PES ), causada por modificações e acréscimos energéticos nos chacras de determinadas pessoas, e ressaltamos que esse processo ocorre antes de encarne ou seja, a nível Astral. Essas pessoas, os médiuns, possuem o dom mediúnico por terem missões kármicas dentro do movimento espiritualista. A palavra mediunidade significa modo, meio de manifestação, ou intermediação. E partindo do fato de que a mediunidade está vinculada a missões definidas, não é correto afirmarmos que todas as pessoas são médiuns; Podemos dizer que todos são suceptiveis à influências espirituais mas, isso não é mediunidade. Saibam também que existem diversas formas de mediunidade, tais como: a clarividência, a clariaudiência, vidência etc. E existe uma forma de mediunidade mais acentuda, a mais utilizada na Umbanda, que é a mediunidade de incorporação. O médium de incorporação é aquele que além da ligação e proteção da corrente espiritual de sua vibração original ( Orixá ), possui uma forte ligação com determinadas entidades espirituais. Essa ligação vem de ligações kármicas e do acordo firmado no plano Astral, pelo próprio médium antes de seu reencarne, onde o mesmo se compromete a trabalhar pela causa espiritualista em determinado movimento ou culto. Por essa razão que ouvimos pessoas dizerem que foram falar com a entidade tal, e ela lhe aconselhou para que vestisse a roupa branca, ou seja, que assumisse sua missão mediúnica. Vocês que passaram por isso, se conversaram com "entidades de fato" e foram chamados para o trabalho, não percam tempo. Procurem um templo que mais se afinize com suas idéias e assumam seu compromisso que, certamente serão mais felizes e realizados. Dentro da mediúnidade de incorporação existem três tipos básicos de atuação que carcterizam graus kármicos e de consciência, expressos nos médiuns de karma: probatório, evolutivo, ou missionário. 
 
Os médiuns de karma probatória se afinizam e trabalham com entidades no grau de protetores. A maioria de nós está nessa condição e utiliza o caminho da mediunidade como apaziguador para débitos kármicos antigos. Há também, os médiuns de karma evolutivo se afinizam e trabalham com entidades no grau guia, eles possuem um mediunismo mais apurado com possibilidades de desenvolver a clarividência e a clariaudiência, na depêndencia da função desenpenhada, a qual lhe foi confiada no astral. Por fim, existem raros médiuns no grau de missionários, eles são mestres com grandes missões junto a coletividade a qual pertencem, e se mediunizados podem contactar e manifestar entidades no grau de Orixás Menores; Eles possuem vários dons mediúnicos, associados a um grande conhecimento, adquirido em encarnações pretéritas, e alicerciados pela luz do amor e da sabedoria que só raras pessoas possuem. Enfim, independente do grau ou atividade mediúnica, todas as entidades espirituais trabalham e todos os médiuns estão aptos a desenvolver também, importantes trabalhos que contribuirão para evolução mundial. 
 
Se cada um fizer sua pequena parte, por amor, teremos um mundo bem melhor porque o futuro realmente depende de nós ! O IMPORTANTE É SABER QUE SÃO MUITOS OS TIPOS DE MEDIUNIDADE É QUE NEM TODOS DEVEM INCORPORAR. 
 
 Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
17/8/2010
 
 
 

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

REENCARNAÇÃO E NOSSA EVOLUÇÃO

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Reencarnação Por que a ideia da reencarnação têm encontrado tão granítica rejeição no mundo cristão, apesar da sua profunda lógica, já que os seus mecanismos refletem a mais perfeita sabedoria e justiça de quem a instituiu? Sabe-se que nos primórdios do cristianismo essa ideia, talvez de forma não muito clara, era aceita, e chegou a ser ensinada por alguns “pais da Igreja” como Origenes, Plotino e Clemente de Alexandria. Até mesmo Santo Agostinho, em (Confissões, I, cap. VI), escreveu: “Não teria eu vivido em outro corpo, ou em outra parte qualquer, antes de entrar para o ventre de minha mãe?” Mas quando o cristianismo instituiu-se, assumindo o formato da Igreja Católica, acomodando-se ao paganismo de Roma, adotando e adaptando algumas das suas práticas, tais como os rituais, a hierarquia, as imagens, etc., afastando-se do modelo ensinado por Jesus que era o da simplicidade, da pobreza e do amor acima de tudo, precisou eliminar aquela ideia. Se não o fizesse, acabaria desestruturando seu edifício e perdendo o bastão do próprio poder, porque a reencarnação é um conhecimento que liberta. Já não seria a Igreja a detentora das chaves do Céu. 
 
Seu poder se esvairia como fumaça se os fiéis não mais pudessem ser atemorizados com as ameaças das chamas do inferno, ou atraídos pelas glórias e delícias do Céu. Então, todos os cristão, sob pena de serem tachados de hereges, foram forçados a acreditar no dogma que afirma ser o espírito criado na concepção. Tal crença, incutida no psiquismo dos fiéis ao longo dos séculos (sempre acompanhada do medo de pecar e sofrer por isso terríveis castigos e consequências) criou poderosas algemas do pensamento, que foram se cristalizando mais e mais a cada nova encarnação ocorrida num meio cristão. Tanto que, hoje, o simples fato de tentar questionar algum dogma da Igreja católica ou das evangélicas deixa o fiel apavorado, pelo medo de estar cometendo terrível pecado e ter de pagar por ele. Mas Jesus disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.” A qual verdade estaria o Mestre se referindo? Certamente a nada que Ele ensinara, porque disse “conhecereis”, ou seja, no futuro. E nem Ele, nem seus seguidores apresentaram algum novo conhecimento que poderia representar tal verdade. Isto está cristalinamente claro. 
 
Quando disse “A verdade vos libertará”, deixou claro que seus seguidores se encontravam e continuariam se encontrando prisioneiros de algum engano, até que o conhecimento da verdade, no futuro, viesse libertá-los. Não há qualquer arranjo teológico que possa mostrar outra verdade libertadora que veio depois de Jesus, a não ser o conhecimento da reencarnação e da lei de causa e efeito, trazida pelo espírito que se assinou como A Verdade, apresentando na sequência todo um universo de informações que foram magnificamente codificadas por Allan Kardec. (V. O Livro dos Espíritos) Convém observar também que as verdades que o Mestre ensinou não eram de molde a libertar alguém. Uns dirão que elas libertam do pecado, mas o mundo cristão continua tão “pecador” como sempre. Portanto, se alguém analisar estas questões em profundidade e sem as amarras do condicionamento psicológico a que nos referimos anteriormente, acaba ficando maravilhado com tamanha lógica e tal demonstração da sabedoria e de amor do nosso Criador, ao criar a lei que determina a evolução dos seres através das vidas sucessivas. Essa sim é uma verdade realmente libertadora. 
 
Quem acredita na reencarnação e na lei de causa e efeito sente-se realmente livre, dono de si mesmo e único responsável pelos próprios passos, sabendo, no entanto, que tudo que semear, terá de colher. Outra questão perturbadora é o fato de cada uma das centenas de religiões cristãs afirmar que é a única, a verdadeira, a legítima representante de Deus. Então, se sou da religião X e acredito firmemente que a minha é a verdadeira, como fica a situação das pessoas das outras religiões que também acreditam, com toda firmeza e sinceridade que as suas religiões são as verdadeiras? Se a linha demarcadora entre elas é tão tênue, como pode alguém saber qual é a legítima? No entanto Jesus não criou qualquer religião. Ele apenas ensinou uma ética de vida, afirmando em várias oportunidades que a cada um será dado de acordo com suas obras. Ele nunca disse que alguém vai para o inferno porque acredita nisso ou naquilo, mas sempre ensinou a vivência dos valores da alma. Quanto à ideia da reencarnação, é muito antiga. 
 
É encontrada em quase todos os sistemas religiosos do mundo, mesmo entre as tribos selvagens mais afastadas umas das outras; em todos os continentes da Terra e desde os povos mais antigos. Isto mostra que essa ideia não foi inventada. É como se ela tivesse surgido junto com o ser humano, um conhecimento do próprio espírito. Grandes pensadores como Pitágoras, Sócrates e Platão, tinham-na como fundamento filosófico. Mas as ideias da reencarnação e da lei de causa e efeito (carma) também estão expressas em vários momentos na própria Bíblia. No episódio da transfiguração, depois que Jesus conversou com Moisés e Elias na presença de Pedro, Tiago e João, estes lhe perguntaram: “Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Ao que o Mestre respondeu dizendo que Elias já viera, mas não o reconheceram. Então os discípulos entenderam que Ele falava de João Batista” (Mateus 17:12 e 13). Ora, se Elias foi também João Batista, isto só pode ter se dado mediante a reencarnação, porque diante de Jesus ele apresentou-se em sua antiga forma, quando fora profeta do Velho Testamento. Em Mateus.11:14, essa assertiva é confirmada por Jesus, quando, referindo-se a João Batista, diz: “Se puderdes compreender, ele mesmo é Elias que devia vir”. Observe-se que o Mestre tinha dúvidas sobre a capacidade de entendimento dos discípulos, porque disse: “Se puderdes compreender...” A ideia da reencarnação também aparece em outros textos: 
 
Em Mateus. 16:13 e 14 se diz: “E Jesus perguntou aos seus discípulos: Quem dizem os homens que eu sou? E responderam: uns, João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou algum dos profetas”. Ora, como poderia ser Jesus algum desses profetas do Antigo Testamento, a não ser pela reencarnação? Já com Nicodemus, que era doutor da lei, o Mestre foi mais explícito: “O que é nascido da carne, é carne; o que é nascido do espírito é espírito; não te admires de eu dizer: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3:6). 
 
Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
17/8/2010
 
 

domingo, 21 de novembro de 2021

A fé nasce do coração e da alma. Não nasce do marketing e nem do medo!

Fé e religião na nossa Era

"Cuidado com os falsos profetas! (...) lobos que se disfarçam com peles de cordeiros... Por seus frutos vocês podem conhece-los" (cf. Mt 7,15-20). Isso é o que nos revela o Evangelho. E todos nós, sonhamos com uma vida eterna, queremos perseverar na fé, buscar uma religião confiável e por isso, que somos sempre presas fáceis de falsos líderes, pregadores demagogos e gananciosos em busca de poder, usando as massas. Mas, no passado, definia-se de uma forma, tanto o Diabo, quanto os seus emissários na terra. Hoje em dia não é fácil reconhecê-los e por isso o Cristo nos fez este alerta. Ele achou que seria realmente difícil reconhecer. E é por isso, que o marketing da fé, é cada dia mais forte, mais incisivo, mais persistente e repetitivo. 
 
Demonstrando milagres, sucesso e prosperidade. E nos dias de hoje, quem não quer um milagre em sua vida? Quem não quer prosperar? E porque temos religiões gastando mais de 30 milhões de reais por mês, pra ter programas diários na TV, nas rádios, na internet e em outras mídias? Justamente, para o convencimento das pessoas. Mas, a palavra que antes nos era dada de graça, agora é vendida de todas as formas. São lucros bilionários que esses seguimentos tem num ano. Milhões em lucros de livros, cds, palestras, doações, dízimos e muito mais. Vendem até dvds com palestras, que mais parecem stand-up comedy! Enfim, o mal está sempre se adaptando, tornando-se mais difícil de reconhecer. Justamente, porque o mal ele se adapta, assim como um vírus se adapta num organismo, até dominá-lo! Isso porque ele observa tudo. 

Então se o Cristo disse que pelo fruto se reconhece a árvore, vemos que hoje em dia, assim como no campo político, o que mais tem no marketing da fé, são pessoas querendo demonstrar "frutos e milagres". Pois, isso encanta as pessoas, gera inveja, gera desejo de querer um pra sua vida também! Mas, assim como o fruto dado pela Bruxa a Branca de Neve tinha veneno dentro, nem sempre os frutos que vemos colocados no nosso caminho, são realmente "vitaminas pra alma", pode em muitos casos, representar venenos que confundem nossa fé e matam dons especiais. Por isso, muita gente renega a espiritualidade, pra viver  uma falsa liturgia, onde a pessoa é induzida a pensar que somente ler, orar, frequentar templos e pagar dízimos, resolve tudo! Mas, não resolve. Como eu já disse várias vezes, cada pessoa tem uma missão na vida. Então, se pra uns uma religião é a receita perfeita, para outros não vai ter o mesmo efeito.

Assim, se para uns pagar dízimo, ler o Evangelho, mudar o vestuário, passando a vestir apenas social e ter uma rotina de frequência no tempo, vai cair bem, mas, pra outros não! Da mesma forma que muitos são do terreiro e sentem falta de algo mais em sua vida. Nem todo filho de uma ancestralidade de terreiro, vai se sentir bem seguindo a tradição dos pais. Muitos saem pra estudar e seguir uma vida diferente. E nem todo mundo nasce pra ser fiel, pra ser sectário ou pra ser religioso. Tem boa parcela de pessoas, que nasce pra ser cético, ser um cientista, ser alguém sem contato com o espiritual. Cada um tem uma missão. Então esse marketing que vemos nas hashtag do Twitter, sobre Jesus, sobre religião e pessoas pregando praticamente um fanatismo, é apenas merchan. 
 
Cada pessoa tem um caminho. E ela vai seguir esse caminho independente de sua religião. E se não seguir, é porque se frustrou e se podou, afogado no fanatismo ou extremismo religioso. Parece piada, nos tempos atuais, ver pessoas matando por religião, criando guerras, como vemos no Oriente Médio, mas, não se engane, pois mesmo na era da tecnologia, o tradicionalismo, fundamentalismo e fanatismo, continua intacto e fazendo vitimas. Tudo porque o mal é ardiloso e os líderes que querem poder se especializam em manipular e convencer. Mas, eles não convencem mostrando todas as verdades, mas, manipulado-a. Nem sempre eles usam a mentira, mas, usam a verdade, contando de forma programada a parecer uma outra teoria.

Ouça o que nos advertiu o Cristo: nos útlimos tempos, aparecerão falsos profetas profetizando em nome d'Ele, expulsando os demônios, fazendo milagres. Advertência semelhante temos nos escritos de Paulo Apóstolo: surgirão pessoas pregando outro Jesus, dando aos fiéis outro Éspirito, pregando outro Evangelho. Alguma semelhança com o que acontece no mundo hoje? O aviso do Apóstolo é claro: Satanás se disfarça em anjo de luz, para enganar os efeitos (cf 2 Cor 11, 14). Cuidado! Prestem atenção! Não se deixem iludir! Não pensem que o mal vem matando criancinhas, fazendo sacrifícios, fazendo patacoadas ou pregando coisas sombrias. Na verdade, ele vem operando milagres, pregando tudo de bom, a prosperidade, o sucesso e a glória. Mas, tudo falso. E como se dá esse falso espírito e falso evangelho? Se dá dentro de um marketing poderoso, onde mostra um Cristo que gera riquezas e fama, quando na verdade, ele nos disse "juntai tesouros no céu". 
 
Quando e onde há escrito que era pra ser refeito o Templo de Salomão ou a Arca da Aliança ou qualquer outro objeto sagrado dos hebreus? Quando e onde, o Cristo deixou anunciado que faria um reino na Terra? Todos nós sabemos que ele sempre disse, "meu Reino não é deste mundo" e deixou bem claro mais ainda, quando disse, que tinha exércitos no céu, mas, na Terra era apenas o Filho do Homem. Portanto, atacar a religião dos outros, usando o poder midiático é fácil, o difícil é pregar uma teologia verdadeira.

Carlinhos Lima.
27/2/2016


sábado, 20 de novembro de 2021

O uso da Magia em todos os tempos

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A prática da magia requer o aprendizado (pelo iniciado, pelo xamã, pelo sacerdote, Babalorixá, etc.) de diversas técnicas de autocontrole mental, como a meditação e a visualização. Franz Bardon, proeminente mago do séc. XX, afirmava que tais exercícios tem como objetivo equilibrar os quatro elementos presentes na psique do mago, condição indispensável para que o praticante pudesse se envolver com energias mais sutis, como a evocação e a invocação de entidades, espíritos e elementais (seres da Natureza), dentro de seu círculo mágico de proteção. Outras práticas mágicas incluem rituais como o de iniciação, o de consagração das armas mágicas, a projeção astral, rituais festivos pagãos de celebração, manipulação de símbolos e outros com objetivos particulares . 
 
 Antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada pelos Magos, a Magia é uma ciência oculta que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o dominio total sobre si mesmo e sobre a natureza. A magia tem características ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em contato com os aspectos ocultos do Universo e da Divindade. A etimologia da palavra Magia, provém da Lingua Persa, magus ou magi, significando tanto imagem quanto um homem sábio. Também pode significar algo que exerce fascínio, como por exemplo quando se fala da magia do cinema. Há registros de práticas mágicas em diversas épocas e civilizações. 
 
Supõe-se que o caçador primitivo, entre outras motivações, desenhava a presa na parede da caverna antevendo o sucesso da caça. Adquiriu o ritual de enterrar os mortos. Nomeou as forças da natureza que (provisoriamente) desconhecia, dando origem à primeira tentativa de compreensão da realidade, o que chamamos de mito. Segundo o Novo Testamento bíblico, por exemplo, são três Magos os primeiros a dar as boas vindas ao Messias recém-nascido. No Velho Testamento, há a disputa mágica entre Moisés e os Magos Egípcios. Nos Vedas, no Bhagavad Gita, no Alcorão, nos diversos textos sagrados existem relatos similares. Durante o período da Inquisição, os magos foram perseguidos, julgados e queimados vivos pela Igreja Católica, pois esta acreditava que a magia estava relacionada com o diabo e suas manifestações. 
 
É claro que tambem uma das causas pra essa perseguição sempre foi o uso indevido da magia, por individuos, sensacionalistas e sem nenhum codigo de Etica, o que chamou mais atenção ainda para esse campo que de certa forma, se tornou banal e alvo de preconceito, justamente por estes motivos. Mas, mesmo assim os grandes e prudentes iniciados, mantiveram a magia viva e ela persiste sem perder o seu brilho. itualísticas, que se confundem com a própria prática religiosa - a celebração da Comunhão pelos católicos, a incorporação de entidades pelos médiuns espíritas, a prece diária do muçulmano voltado para Meca ou ainda o sigilo (símbolo) do Orixá riscado no chão pelo umbandista. 
 
 Os antigos acreditavam no poder dos homens e que através de magia eles poderiam comandar os deuses. Assim, os deuses são, na verdade, os poderes ocultos e latentes na natureza. A magia seria também a ciência de simpatia e similaridade mútua, como a ciência da comunicação direta com as potências supernaturais, um conhecimento prático dos mistérios ocultos na natureza, intimamente relacionada as disciplinas ditas ocultas, como o hermetismo do antigo Egito, como a Alquimia, a Gnose, a Astrologia. Para Aleister Crowley, "a arte de provocar mudanças a partirr da vontade" No final do século XIX ressurgiu, principalmente após a publicação do livro 
 
A Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky e pela atuação da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (Hermetic Order of the Golden Dawn), na Inglaterra, que reviveu a magia ritualística e cerimonial. Na Umabanda, o uso da Magia tambem em todo seu cerimonial, tanto de iniciação quanto de culto, é de suma importancia. Mas, tambem passou por crises, perseguições e ridicularizações, por causa da falta de escrupulos e prudencia de boa parte de seus adeptos. A magia contemporânea encontra raízes no trabalho de iniciados como Eliphas Levi e Papus. A Teosofia, ou a moderna Teosofia, tem como um de seus fundadores Helena Petrovna Blavatsky, que foi buscar no oriente a fonte de seu importante sistema filosófico. 
 
Este sistema não se apresenta exatamente como os sistemas utilizados pelos estudiosos de magia, mas, antes, pretende transmitir o conhecimento esotérico universal que estaria contido em toda e qualquer tradição filosófica ou religiosa. Blavatsky considera, por exemplo, que todos os homens são magos no sentido último da palavra, pois todos podem utilizar o divino poder criador, seja através do pensamento, palavra ou ação. Mas, nunca se deve buscar a magia, por vaidade, egoismo ou simplesmente por curiosidade, pois como diz o ditado popula: "A curiosidade matou o gato". Isso porque, a magia, é bela, mas, tambem é perigosa e atua como uma faca de dois gumes. Podemos destacar que a Magia Sexual é uma das mais usadas e buscados em todos os tempos, sendo ela uma das grandes causadoras de tantos desequilibrios no carma da humanidade. Agrupam-se neste item diversos sistemas (Thelemita, gnóstico, etc.) que representam uma versão ocidental da Tantra. A base destes sistemas é a concepção que o sémen do homem e a vulva da mulher são sagrados. 
 
A magia sexual divide-se em diversos sistemas diferentes e conflitantes, a maioria deles derivados do sistema originalmente desenvolvido por Paschal Beverly Randolph e depois por Theodore Reuss na Ordo Templi Orientis (O.T.O.) Citamos entre os diversos sistemas de magia sexual: • Ansariético: Criado pelos Ansarichs ou Aluítas (em inglês: Ansaireth ou ainda Nusairis) na Síria antiga • Eulis: Criado por Pascal Beverly Randolph, um iniciado entre os Aluítas • Sistema da 0. T. 0.: Sistema de magia sexual que foi a base da Tantra ocidental • Sistema da Fraternitas Saturni: É derivado da O.T.O. • Sistema Maatiano: Criado por dissidentes da O.T.O. • Sistema da 0. T. O. A.: Derivado da O.T.O., faz uso de práticas astrais de magia sexual • Caos: Sistema mágico baseado em "auto-magia sexual" • Movimento Gnóstico Cristão Universal: Sistema de magia sexual acentuadamente ascético fundado pelo neo-gnóstico Samael Aun Weor. 
 
 Candomblé 
 
Sistema semelhante ao Vodu e popular no Brasil. Consiste na invocação de certos espíritos chamados de Orixás. Usa-se muitas matanças e rituais pesados nos cultos de candomblé, mas, quando se tem bons sacerdotes, não há perigo, somente sendo prejudicial, quando pessoas que não tem escrupulos fazem uso dos sistemas de magia. Samael Aun Weor Samael Aun Weor, fundador do Movimento Gnóstico Cristão Universal, ensinou a magia sexual como um dos pilares fundamentais do que chamou Revolução da Consciência. Sua principal característica é o que o próprio autor chama de "ascética revolucionária da Era de Aquário". Ainda de acordo com o autor, metafisicamente, seu processo consiste na "mescla inteligente da ânsia sexual com o entusiasmo espiritual". Contudo, em termos que se atêm somente à fisiologia desta classe de magia sexual, esta consiste, em suma, na conexão dos órgão genitais masculinos e femininos (chamados pelos termos orientais Lingam e Yoni) evitando-se o orgasmo, tanto masculino quanto feminino, e a perda do sêmem.  
 
O.T.O. 
 
A Ordo Templi Orientis, fundada por Theodore Reuss e Karl Kellner no princípio do Séc. XX baseou-se inicialmente na aplicação dos conhecimentos do Tantra sobre o sistema da Maçonaria. Quando o ocultista inglês Aleister Crowley, passou a ter o controle da ordem seus rituais e filosofia básica foram reformulados para serem interpretados e trabalhados sob a chamada Lei de Thelema. A O.T.O. acabou sendo a origem de diversas dissidências que adotaram diferentes visões sobre a magia. Dentre as dissidências que realizam um trabalho considerado sério podemos citar a Ordo Templi Orientis Antiqua (O.T.O.-A.) e a Tiphonian Ordo Templi Orientis (T.O.T.O.).  
 
Magia Enoquiana 
 
Magia Enoquiana é um sistema simbolicamente complexo, que consiste na evocação de energias (também chamadas de entidades), e foi proposto pelo astrólogo e alquimista John Dee e por Edward Kelley. O sistema foi posteriormente estudado pela Golden Dawn e por Aleister Crowley. Magia Musical Criado por uma renomada ocultista, Juanita Wescott, estudiosa do Sistema de Franz Bardon. O Sistema de Magia Musical faz uso dos mais elevados ensinamentos do Hermetismo e da Cabala, do ponto de vista de Franz Bardon.  
 
Xamanismo 
 
Sistema que deu origem a diversos cultos e religiões e cuja origem remonta à Idade da Pedra. O Xamã é uma espécie de curandeiro, com poderes mágicos especiais. O Vodu, Sistema popular no Haiti. Assemelha-se ao Candomblé. Já a Umbanda, fusão das religiões afro-brasileiras, notadamente o Candomblé, com o espiritismo kardecista, com predominância deste último. Difere do Candomblé, também, por considerar vários tipos de orixás como espíritos de pessoas mortas. A Quimbanda, é um Sistema de magia que trata da invocação de entidades chamadas Exus, podendo-se com a ajuda dessas entidades, fazer tanto o bem quanto o mal.  
 
Wicca 
 
É uma religião (propagada por Gerald Gardner) que possui, em sua base, a prática da magia no auxílio da evolução humana. Thelema, Sistema criado por Aleister Crowley a partir do recebimento "Liber AI Vel Legis" ("O Livro da Lei"). Trata-se do início de uma Nova Era (Aeon) de Aquário, onde o ser humano percebe-se como centro de seu próprio universo, assim divino. Thelema, em grego, significa vontade. 
 
Os axiomas mais importantes para os Thelemitas, constantes no "Livro da Lei" são: "Faze o que tu queres que há de ser tudo da Lei" (Do what thou wilt shall be the whole of the Law") e "Amor é a lei, amor sob vontade" (Love is the law, love under will"), que diferentemente do que muitos interpretam não significa "fazer o que quiser", mas sim a realização daquilo que chamam de "Verdadeira Vontade", sempre lembrando que isso é um ato de amor perante a humanidade, mas esse amor sob vontade. 
 
 O importante, seja qual for o sistema que você busque, deve ter em mente, que é necessario ir de encontro a evolução, saber que o mestre é uma pessoa sensata, etica e prudente, sem sensacionalismo, egoismo ou vulgaridade. E acima de tudo que não jogue voce nos abismos das sombras do reino maligno do Dragão Feroz. 
 
 Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
 17/8/2010
 
 
 

A Mão de Orumila

 

 
kofá apropriadamente chamada (para mulheres) ou Awofakan (para homens), o Mão de Orula é uma iniciação no mundo do Ifá. Esta iniciação coloca a pessoa sob a proteção e o cuidado de Orula (Orunmila) e é uma cerimônia muito grave que dura três dias. 

Mulheres que receberam Ikofá são consideradas Apetebís ou Esposas de Orula e são consideradas como os anciãos daqueles homens que têm Awofakan uma vez que passaram por cerimônias mais e são mais plenamente iniciados do que os homens. A razão para isto é que alguns homens podem depois passar a ser totalmente iniciado como Babalawôs. 

Durante esta cerimônia, a mais profunda forma de adivinhação é feita utilizando a Tabela de Ifá e os Odu ou Registros que vai acompanhar a pessoa durante toda a vida. Este Odu, uma das 256 possíveis, revela o trajeto inicia na vida e dá conselhos pelos quais eles podem realizar-se e prevenir dificuldades. Pode-se dizer que é uma espécie de Manual do Usuário Individual para a sua vida e aponta os padrões e eventos que certamente se desenrolam durante a sua existência aqui na terra. 

Saiba mais sobre Orumila, Ifá e os ritos yorubás no Climazem 
19/12/2011
 
 
 

O Astral e ciclo de vida de Sérgio Moro

 


Um Juiz que ficou famoso e que virou teve reviravoltas no campo político e jurídico

O Juiz Sergio Moro que conduziu a Operação Lava Jato, até que a esquerda caiu de vez e a extrema direita ascendeu ao poder, vinha sendo uma enorme surpresa para a sociedade, como um juíz que representava a esperança no combate a corrupção, denotando destemor e capacidade. Porém, sua atitude de largar a magistratura acabou surpreendendo ainda mais, pois deixou uma carreira de grande projeção para escancarar seu lado político e entrar num terreno tão pantanoso como é a política. Após muita luta o ex-presidente LULA conseguiu reverter o jogo, saiu da prisão, partiu pra cima da Lava Jato, MORO, DELTAN e MPF, conseguindo tornar o famoso juiz MORO num simples ex-juiz parcial. PARCIALIDADE esta, decretada pela Suprema Corte brasileira.

Moro, é filho de Oxalá, mais precisamente Oxaguiã. Pra completar, Sergio também é filho de Iansã, formando um par de astutos defensores da lei e da disciplina. Assim como filho de Oxalá com Iansã, tendo Xangô de Frente e Oxóssi como adjuntó, Moro tem muita força espiritual e coragem. Um homem que passa um ar de guerreiro da justiça, com predominância do elemento fogo e natureza mutável. Assim está sempre se moldando e se preparando pra superar qualquer barreira. Porém, temos que observar que ele tem Júpiter retrógrado na casa 1, o que quer dizer que ele é teimoso, sendo assim, alguém obstinado a mostrar seus pontos de vistas. Vimos assim, uma sentença que ele proferiu contra Lula e outros acusados, totalmente sem provas e sem nexo com o Petrolão. Essa configuração ancestral, espiritual e astrológica do hoje advogado MORO, fala-nos claramente, inclusive pelos Odus ou Signos de Ifá, que ele veio a este mundo para se destacar pela justiça, no entanto, isso, sempre de forma justa e verdadeira. E ao extrapolar os limites da lei e das decisões, por isso o carma pesou-se sobre ele e seu destino.

Moro tem muita proteção espiritual, tanto dos orixás de direita, quanto de esquerda, um Exu muito poderoso guarda suas costas e outros abrem seus caminhos. O Exu das 7 Encruzilhadas, como também o Senhor Giramundo, que são escudeiros da luz pela sombras. Enquanto que os Caboclos agem pela luz. Enquanto que do lado angelical, sua proteção vem de Anauel, Ieratel e Vehuiah, uma trinca ou trindade de anjos poderosos, que desmascara a calúnia, contra os inocentes e zela pela justiça. Além de influenciar na busca da verdade, a harmonia e a paz, favorecendo ainda carreiras diplomáticas, militares e para o fim de conflitos. Também esses anjos, propicia disposição para viver intensamente e para expor-se a riscos. Zela pela integridade física e estimula o lado espiritual. Ou seja, força pra cumprir sua missão de vida e proteção espiritual.

Moro é regido por odus poderosos e destaco em especial o orixá da personalidade e de frente. Este odú é muito importante na vida de Moro, pois fala o seguinte: Em Ogbè Yeku Odu que foram aconselhados a usar a inteligência, em vez de força ou confronto resulta quando obstáculos ou inimigos. Não importa o quão importante um, ele ou ela deve obter e seguir o conselho de mestre. Acreditar em sua força espiritual pra seus protetores sempre trazerem benefícios. E normalmente desperdiçado uma grande quantidade de energia em benefícios temporários e precisa para avançar mais abrir-se espiritualmente e emocionalmente... 
 
 
O TABULEIRO ASTROLÓGICO DE ORUMILÁ, nos mostra ÒBÀRÀ MÉJI, o sétimo ODÚ dos dezesseis principais na ordem de ORUNMILÁ. Por isso, mostra o sucesso na área jurídica, a projeção nacional e todo sucesso popular. Porém este odu detesta falsidade e juízos enganosos. Então, se ele condenou o Lula com total consciência, estaria tudo bem, mas, se mesmo achando que não tinha elementos suficientes e fez apenas para agradar a direita ou a seu próprio Ego, ele ficou na mira do arma e punições chegando em seu momento atual e possivelmente no futuro.


Ele quer se destacar (Leão) por meio de seus julgamentos (Casa 9): sua autoestima (Sol) e sua vitalidade (Sol +Marte) vêm muito daí. Porém, na progressão este Leão passa a atuar na oitava casa, sobre a cauda do Dragão, reavivando essa história que citei anteriormente de ele ter sido um executor em vidas passadas. Então o que vemos é ele criando agora uma lei onde dá clara permissão para matar, num suposto ato de autodefesa. Além disso ele tem Plutão dentro da casa 11, sendo o regente das sombras de MORO, e mal configurado, mostra claramente que a política é um território pantanoso para ele, mesmo tendo URANO FORTE, também dentro dessa casa, pois Plutão rege seu inferno astral. Ou seja, ele acabará sendo engolido pela política e enrolado pelos políticos trapaceiros. 
 
Em sua fase de vida atual Moro vive um momento de transformação, pois Plutão estão revisando o portal do Dharma, junto a Cabeça do Dragão. Lembrando que Plutão faz quadratura na carta natal, a Vênus e JÚPITER, dois planetas ligados a justiça. Então, é o momento de redenção ou queda profunda. Se conseguir vencer as sombras que pairam o próprio ser e conseguir reencontrar o caminho da verdade e da justiça, poderá crescer e progredir como seu destino exige. 

E Plutão também estará desafiando a Lua Natal de Moro, durante todo o ano de 2022, o que é uma grande dificuldade para quem precisa de popularidade para avançar na carreira política. A Lua de Moro é muito bem posicionada, se relacionando muito bem com os demais planetas, no entanto, a Lua Progredida e Saturno por trânsito, inclusive desafiando a Lilith da carta natal, deixa um alerta muito grande quanto a mais sombras vindo a luz, tramas cruéis dos inimigos e risco de punições cármicas. Inclusive Urano ALERTA para ter muito cuidado ao trilhar esse caminho político, pois ataques inesperados e traições estarão com muito vigor, especialmente até agosto de 2022.

Já que para Moro visão e intuição são tantas vezes tão reais quanto os objetos concretos, é possível que ache certas experiências e percepções em ação ao longo do próximo ano profundamente inspiradoras. Os sentimentos místicos ou religiosos estarão em alta, fazendo-o sentir-se profundamente ligado ao resto da humanidade e integrado à vida maior do planeta ou do cosmo. As circunstâncias externas ratificarão seu idealismo nato, trazendo-lhe oportunidades para trabalhar com a criatividade ou um compromisso aos ideais de muitas pessoas importantes. É possível também que ocorram profundas mudanças em suas atitudes e visão de mundo, principalmente em sua maneira de definir seu papel social e profissional. Embora o processo pelo qual a mudança se verifique possa envolver uma certa luta, essa transformação de atitude, vem pela pressão de Júpiter em Saturno, fazendo com que Moro reveja muitos de seus conceitos.

Saturno dá até fevereiro de 2022, a chance para que Moro promova em sua vida, mudanças construtivas, caso saiba aproveitar, poderá conseguir abrir portas e avançar projetos ambiciosos com ajuda de pessoas poderosas. Agora as visões de mudança e progresso estão em harmonia com a avaliação realista de seus próprios limites e dos limites dos outros, e isso significa que Moro está apto a promover mudanças importantes e necessárias em sua vida pessoal sem abalar nem destruir a estabilidade da família e de outras pessoas. Procure utilizar esta fase de lucidez mental para aperfeiçoar as habilidades de que já dispõe, aprender novas ou colocar as questões domésticas em ordem. Vale a pena tentar viajar, conhecer novas culturas e visões de mundo e explorar questões religiosas, espirituais ou ampliar seu saber filosófico. É hora de conhecer mestres, orientadores, experientes na arte de ensinar e se comunicar. Exu, Iansã e Ibêjis, estarão favorecendo MORO até agosto. Portanto, o campo da juventude, da educação, comunicação e tecnologia, serão campos que poderiam e deveriam ser explorados por ele.
 
Moro está mudando e, embora possam surgir novas ideias e novas visões, por enquanto nada terá uma forma muito nítida. Analise as áreas em que precisa ter horizontes mais amplos e promissores. Viajar pode ser muito bom para você agora, não só pela diversão, mas também para conhecer mais o Brasil e ser melhor conhecido pelo povo.. No entanto, a partir de abril de 2022, as artilharias ficam mais potentes, os inimigos mais cruéis e a justiça mais ouriçada. Será um período até setembro onde o ataque poderá vir de todos os lados e inesperadamente. Xangô estará negativo em 2022, portanto, todo cuidado é pouco. É provável que no momento Moro esteja muito inquieto e insatisfeito, especialmente em relação a si mesmo. Você está ansiando por mudanças, principalmente no estilo de vida e na imagem, e talvez ache o ambiente imediato restritivo e sem graça. Mas você provavelmente encontrará essas respostas até abril de 2022. 

Apoiadores de Moro, sonham com um nome, que eles insistem em chamar de Terceira Via, mas, se o ex-juiz sonha em um dia ser presidente, deveria subir degraus. Poderá por exemplo, tentar o senado, um governo de estado ou um cargo de vice... o marketing da tal Nova POLÍTICA, não terá mais tanto impacto em 2022, além de oportunismos, como o que elegeu o presidente atual, está muito mais difícil. No entanto, sabemos bem que a política brasileira é imprevisível e dinâmica, tudo pode acontecer. Mas, astrológicamente, não parece ser o momento para Sérgio Moro buscar uma posição tão alta. Não apenas por sua trajetória, mas, pelos adversários que ele encontrará nesse campo em 2022. 
 
Desejo  - que desenvolva mais o sentido real da consciência e da justiça de Xangô... Shalom

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