Mishpatim
- Moisés enumera os famosos Dez Mandamentos ao povo hebreu. Na energia,
Mishpatim, Moisés começa a passar uma série de regras complementares
aos Dez Mandamentos para que o povo hebreu cumpra. A primeira regra dada
é: “Quando comprares um escravo hebreu, ele servirá por seis anos e no
sétimo sairá livre, de graça [...] Mas se o escravo disser: Eu amei a
meu senhor [...] e não sairei livre;
então seu senhor o fará chegar aos juízes [...] e seu senhor furará sua
orelha com a sovela, e o servirá para sempre” (Êxodo 21:2-6).
O povo hebreu tinha acabado de sair da escravidão no Egito, e a primeira regra que Moisés lhes dá depois de enunciados os Dez Mandamentos é justamente uma regra relacionada à escravidão; mais especificamente, a proibição de se ter um escravo por mais de seis anos. Podemos imaginar que de todas as regras esta é a escolhida para vir em primeiro lugar pois a experiência e a memória da escravidão estavam frescas e vivas na mente do povo. Eles tinham acabado de passar por uma situação amarga e árdua e agora recebiam a incumbência de usar esta experiência de vida como meio de se tornar um povo que defendia a liberdade.
A preocupação bíblica com a liberdade ultrapassa e muito o conceito de não exercer um trabalho forçado. Ser livre, do ponto de vista da Cabalá, é muito mais do que trabalhar no que se quer e seguindo as leis da CLT. O chamado da Torá é para que desfrutemos de uma liberdade do ponto de vista existencial e essencial, e que também permitamos aos outros viver com essa liberdade.
No entanto, a liberdade não é algo fácil. Muitas vezes defendemos a liberdade para nós mesmos; e usurpamos a liberdade dos outros quando ela entra em conflito com os nossos valores. Como então podemos viver num estado de liberdade pessoal, desfrutando deste conceito, mas também fornecendo a liberdade aos outros?
O segredo está no direito de escolha. A liberdade que temos que dar ao próximo é o poder de escolher, e é isso que o versículo vem nos ensinar. Se tivermos um escravo em nossas mãos – não no sentido físico, mas “psicológico” do termo – devemos libertá-lo depois do sétimo ano, a não ser que ele mesmo escolha continuar a viver daquele jeito, por gostar daquele modo de vida. O que o texto pede é que depois de seis anos de trabalho demos ao escravo o direito de escolha, para que ele defina o que quer fazer da sua vida: se ver livre ou continuar servindo para sempre? Daqui podemos aprender que a escravidão do próximo surge quando privamos o outro do direito de escolher por si só. Quando impomos as nossas ideias e visões forçosamente sobre o próximo, forçando que ele aja segundo o que eu quero e vislumbro, estamos adquirindo um escravo. Y. A. Cabalista
O povo hebreu tinha acabado de sair da escravidão no Egito, e a primeira regra que Moisés lhes dá depois de enunciados os Dez Mandamentos é justamente uma regra relacionada à escravidão; mais especificamente, a proibição de se ter um escravo por mais de seis anos. Podemos imaginar que de todas as regras esta é a escolhida para vir em primeiro lugar pois a experiência e a memória da escravidão estavam frescas e vivas na mente do povo. Eles tinham acabado de passar por uma situação amarga e árdua e agora recebiam a incumbência de usar esta experiência de vida como meio de se tornar um povo que defendia a liberdade.
A preocupação bíblica com a liberdade ultrapassa e muito o conceito de não exercer um trabalho forçado. Ser livre, do ponto de vista da Cabalá, é muito mais do que trabalhar no que se quer e seguindo as leis da CLT. O chamado da Torá é para que desfrutemos de uma liberdade do ponto de vista existencial e essencial, e que também permitamos aos outros viver com essa liberdade.
No entanto, a liberdade não é algo fácil. Muitas vezes defendemos a liberdade para nós mesmos; e usurpamos a liberdade dos outros quando ela entra em conflito com os nossos valores. Como então podemos viver num estado de liberdade pessoal, desfrutando deste conceito, mas também fornecendo a liberdade aos outros?
O segredo está no direito de escolha. A liberdade que temos que dar ao próximo é o poder de escolher, e é isso que o versículo vem nos ensinar. Se tivermos um escravo em nossas mãos – não no sentido físico, mas “psicológico” do termo – devemos libertá-lo depois do sétimo ano, a não ser que ele mesmo escolha continuar a viver daquele jeito, por gostar daquele modo de vida. O que o texto pede é que depois de seis anos de trabalho demos ao escravo o direito de escolha, para que ele defina o que quer fazer da sua vida: se ver livre ou continuar servindo para sempre? Daqui podemos aprender que a escravidão do próximo surge quando privamos o outro do direito de escolher por si só. Quando impomos as nossas ideias e visões forçosamente sobre o próximo, forçando que ele aja segundo o que eu quero e vislumbro, estamos adquirindo um escravo. Y. A. Cabalista
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